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23/07/2002
-
14h28
GUSTAVO HENRIQUE RUFFO
da Folha Online
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PPS), durante sua palestra a empresários na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), disse hoje que "não tem necessidade de apelar às massas de forma messiânica" para empreender as mudanças que considera necessárias ao país.
Ciro se referiu ao fato de um trecho de seu programa de governo ter sido interpretado como possível tentativa de desprestigiar o Congresso em um eventual governo seu, ameaçando a democracia.
O trecho, chamado de "Reforma da política", proporia um sistema que permite antecipar eleições em caso de crise e dá ao presidente e ao Congresso poder de convocar uma eleição de forma unilateral.
O candidato do PPS, que apresentou novo crescimento nas últimas pesquisas, considera essa interpretação uma perseguição dos "jornalões". Ontem, o candidato acusou a Folha de estar "a serviço" do tucano José Serra.
"Eu tenho um histórico de respeito às instituições democráticas, tenho formação parlamentarista", disse Ciro. "Essa é outra tentativa de intriga. Está dito lá que é necessária uma reforma política. Quem admira o Chávez é outro, não eu", completou, referindo-se a Hugo Chávez, presidente da Venezuela, que utiliza plebiscitos e consultas populares com frequência.
Durante a palestra ao empresários, Ciro criticou um fotógrafo que tirou uma foto sua enquanto coçava o olho.
"Foi só eu coçar o olho que ele tirou a foto. Assim é a imprensa brasileira. Aí vai parecer no jornal que eu estou chorando", disse Ciro, sob aplausos dos empresários. "Pelo menos eu denuncio para inibir a próxima, quando eu coçar o nariz."
Veja também o especial Eleições 2002
Ciro vê perseguição da imprensa e diz ter tradição democrática
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da Folha Online
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PPS), durante sua palestra a empresários na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), disse hoje que "não tem necessidade de apelar às massas de forma messiânica" para empreender as mudanças que considera necessárias ao país.
Ciro se referiu ao fato de um trecho de seu programa de governo ter sido interpretado como possível tentativa de desprestigiar o Congresso em um eventual governo seu, ameaçando a democracia.
O trecho, chamado de "Reforma da política", proporia um sistema que permite antecipar eleições em caso de crise e dá ao presidente e ao Congresso poder de convocar uma eleição de forma unilateral.
O candidato do PPS, que apresentou novo crescimento nas últimas pesquisas, considera essa interpretação uma perseguição dos "jornalões". Ontem, o candidato acusou a Folha de estar "a serviço" do tucano José Serra.
"Eu tenho um histórico de respeito às instituições democráticas, tenho formação parlamentarista", disse Ciro. "Essa é outra tentativa de intriga. Está dito lá que é necessária uma reforma política. Quem admira o Chávez é outro, não eu", completou, referindo-se a Hugo Chávez, presidente da Venezuela, que utiliza plebiscitos e consultas populares com frequência.
Durante a palestra ao empresários, Ciro criticou um fotógrafo que tirou uma foto sua enquanto coçava o olho.
"Foi só eu coçar o olho que ele tirou a foto. Assim é a imprensa brasileira. Aí vai parecer no jornal que eu estou chorando", disse Ciro, sob aplausos dos empresários. "Pelo menos eu denuncio para inibir a próxima, quando eu coçar o nariz."
Veja também o especial Eleições 2002
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