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25/07/2002 - 14h53

Serra nega que ação de FHC em mercado de combustível seja eleitoral

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GUSTAVO HENRIQUE RUFFO
da Folha Online

O candidato a presidente José Serra (PSDB) negou hoje que a intervenção do presidente Fernando Henrique Cardoso no mercado de derivados de petróleo tenha finalidade eleitoreira.

"O gás acabou de subir antes da eleição. Quando subiu o gás antes da eleição, a população reclamou com razão. Se essa medida [o aumento de preços] puder ser corrigida, será muito bom para a população. Não tem nada a ver com eleição", afirmou. "Agora tudo o que se faz para beneficiar ou deixar de prejudicar a população vai ser encarado como questão eleitoral?"

Serra criticou o monopólio da Petrobras no setor. "No caso do gás e do petróleo, eu sou a favor de que não haja abuso de preço. A Petrobras é monopolista. Quando tem monopólio puro, como é o caso da Petrobras, tem de haver administração, tem de haver controle de preços tanto da gasolina, como do gás doméstico", afirmou.

O candidato tucano também disse que a maior preocupação das pessoas com quem conversou durante caminhada no bairro do Bom Retiro (centro de São Paulo) foi com a segurança pública. Ele caminhou acompanhado do governador do Estado Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição estadual, e dos candidatos ao Senado José Aníbal (PSDB) e Romeu Tuma (PFL).

Serra ainda atacou o código penal e processual penal brasileiro e prometeu que, se eleito, colocará em andamento todas mudanças que disse estarem paradas no Congresso. "Você sabia que hoje quem é condenado a mais de 20 anos tem direito a um novo julgamento?", afirmou, referindo-se a um dos benefícios previstos no Código de Processo Penal brasileiro.

O tucano também se disse "revoltado" com a "decisão do Judiciário de só dar 16 anos de cadeia para os sequestradores" do publicitário Washington Olivetto. "Gente perigosa, mantiveram o Washington preso num cubículo por 53 dias. Com essa legislação que favorece o criminoso, eles podem ser soltos daqui dois ou três anos. Como presidente, eu vou mudar essa legislação que favorece a impunidade do crime", disse Serra.

O fato de Guilherme de Pádua ter recebido indulto após cumprir sete anos de detenção pelo assassinato da atriz Daniela Perez também foi comentado pelo presidenciável.

"Coisas como essa condenação de apenas 16 anos dos sequestradores do Olivetto ou aquela liberdade para o assassino da Daniela Peres são um absurdo. Imagine só se a Glória Peres [autora de novelas] encontrar o assassino da filha dela [Daniela] almoçando em um restaurante numa boa depois daquele assassinato cruel?", afirmou.

"Sequestrador tem de ficar, no mínimo, 30 anos preso e não tem de ter essa regalia de poder ser solto por um suposto bom omportamento até fazer o próximo sequestro", completou o candidato.

Veja também o especial Eleições 2002
 

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