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30/07/2002 - 08h24

Lula não obtém apoio de grandes do PIB

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FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu ontem um manifesto de apoio de empresários, mas não conseguiu a adesão de praticamente nenhum peso-pesado do segmento.

O manifesto é assinado por dez empresários, a maioria simpatizantes de longa data de Lula, que disseram representar outros cem colegas em vários Estados. A lista completa não foi divulgada.

Entre os signatários estão Antoninho Marmo Trevisan (consultor), José Pessoa de Queiroz Bisneto (11º maior empresário do setor sucro-alcooleiro do país), Lawrence Pih (dono da Moinho Pacífico, que diz ser a maior fabricante de farinha de trigo do país), Michael Haradom (da Fersol, produtora de defensivos agrícolas), Hélio Cerqueira (estacionamentos Estapar) e Paulo Feldman (vice-presidente da auditoria Ernst & Young no Brasil).

"Boa parte dos empresários brasileiros tem profunda admiração pelas idéias, propostas e capacidade de liderança do candidato do PT", diz o manifesto. Lula não participou do evento.

Discreta ou explicitamente, no entanto, os principais nomes do empresariado nacional estão apoiando José Serra, caso de Antônio Ermírio de Moraes (Votorantim). Em maio, participaram de um jantar de arrecadação de recursos para o tucano nomes como Paulo Cunha (Ultra), Pedro Moreira Salles (Unibanco), Paulo Setubal (Itaú), Fernão Bracher (BBA), Eugênio Staub (Gradiente) e Carlos Alberto Vieira (Safra).

Os empresários também têm passado a se interessar mais por Ciro Gomes (PPS), que poderia ser uma alternativa no caso do fracasso da candidatura do governo. Quanto a Lula, muitos, apesar de não temê-lo como antes, claramente ainda não confiam no petista o suficiente para apoiá-lo.

Segundo Oded Grajew, um dos organizadores do manifesto, muitos empresários têm declarado apoio a Lula, mas preferem não se apresentar publicamente. Comitês para recolher assinaturas estão sendo montados nos Estados, o que poderá elevar as adesões.

"Lula está comprometido com a produção. O Serra é a manutenção do status quo e o Ciro é uma incógnita", disse Lawrence Pih, que tem 270 funcionários.

Apesar do alcance limitado da iniciativa, o PT comemorou o manifesto, que espera usar como demonstração de que Lula não está isolado junto ao setor. "É um indicativo interessante de que há empresários que querem uma mudança no projeto do país", disse o deputado Arlindo Chinaglia, da coordenação de Lula.

Veja também o especial Eleições 2002
 

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