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10/12/2007 - 12h32

Tuma descarta negociar voto pró-CPMF em troca de cargo na Caixa para o filho

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Irritado com as especulações de que votaria a favor da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) para acomodar um de seus filhos na diretoria da CEF (Caixa Econômica Federal), o senador Romeu Tuma (PTB-SP) disse nesta segunda-feira que vai votar contra a manutenção do "imposto do cheque". Por meio de assessores, o senador garantiu que não negocia a indicação do ex-deputado Robson Tuma para a diretoria da CEF em troca do apoio à CPMF.

"Uma forma de saber quem está falando a verdade é mandar publicar essa nomeação e ver se meu filho assume. Só assim vai se saber quem tem razão", disse o senador por meio de assessores.

Tuma afirmou que seus filhos têm "autonomia" para buscar suas próprias atribuições, sem a necessidade de sua interferência. Além disso, Tuma disse não querer acreditar na versão de que o governo usaria barganhas políticas para assegurar a prorrogação da CPMF.

Sem os 49 votos suficientes para garantir a manutenção do "imposto do cheque", o governo deflagrou uma operação para conseguir adesões à prorrogação da CPMF. O ministro José Múcio (Relações Institucionais) fez um apelo para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorne o mais rápido possível de sua viagem à Argentina para negociar pessoalmente votos favoráveis ao "imposto do cheque".

Segundo reportagem da Folha, entre os senadores com os quais Lula falará, estão dois congressistas do DEM e um do PTB --Tuma, Jonas Pinheiro (DEM-MT) e Jayme Campos (DEM-MT). Publicamente, a direção do DEM ameaça punir os rebeldes que votem a favor da CPMF.

O partido pretende pedir na Justiça que fosse dado ao partido o mandato deles, mas o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), tem insistido com o presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), para aplicar uma punição mais branda (como advertência partidária).

Os três votos seriam decisivos para o governo manter a vigência da CPMF. Além de dissidências na oposição, o Palácio do Planalto acredita que governistas contrários ao "imposto do cheque" vão mudar de idéia até amanhã --quando está prevista a votação da proposta que prorroga a CPMF no plenário do Senado.

Voto aberto

Em meio à busca de votos, a oposição aposta que não haverá dissidências favoráveis à CPMF porque a votação será aberta. O DEM afirma com convicção que os 14 senadores do partido vão votar contra a manutenção do imposto do cheque. O PSDB, por sua vez, também dá como certa a adesão dos 13 parlamentares à bancada para o voto contrário à CPMF --mesmo com a pressão de governadores tucanos para que a contribuição seja mantida.

"O PSDB está fechado, o voto será aberto. Além do PSDB, alguns aliados do governo já se posicionaram contra a CPMF. Eles não vão voltar atrás e jogar a palavra longe da credibilidade", avaliou o senador Papaléo Paes (PSDB-AP).

O tucano não acredita, também, que a "cooptação" do governo em busca de votos da base aliada e da oposição será capaz de conquistar adesões à manutenção do "imposto do cheque". "Eu não acredito que um senador seja levado por essas manobras abomináveis. O governo não pode fazer manobras na tentativa de subornar votos. Aqui no Senado não existe isso", afirmou Papaléo.

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Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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