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Tuma descarta negociar voto pró-CPMF em troca de cargo na Caixa para o filho
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Irritado com as especulações de que votaria a favor da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) para acomodar um de seus filhos na diretoria da CEF (Caixa Econômica Federal), o senador Romeu Tuma (PTB-SP) disse nesta segunda-feira que vai votar contra a manutenção do "imposto do cheque". Por meio de assessores, o senador garantiu que não negocia a indicação do ex-deputado Robson Tuma para a diretoria da CEF em troca do apoio à CPMF.
"Uma forma de saber quem está falando a verdade é mandar publicar essa nomeação e ver se meu filho assume. Só assim vai se saber quem tem razão", disse o senador por meio de assessores.
Tuma afirmou que seus filhos têm "autonomia" para buscar suas próprias atribuições, sem a necessidade de sua interferência. Além disso, Tuma disse não querer acreditar na versão de que o governo usaria barganhas políticas para assegurar a prorrogação da CPMF.
Sem os 49 votos suficientes para garantir a manutenção do "imposto do cheque", o governo deflagrou uma operação para conseguir adesões à prorrogação da CPMF. O ministro José Múcio (Relações Institucionais) fez um apelo para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorne o mais rápido possível de sua viagem à Argentina para negociar pessoalmente votos favoráveis ao "imposto do cheque".
Segundo reportagem da Folha, entre os senadores com os quais Lula falará, estão dois congressistas do DEM e um do PTB --Tuma, Jonas Pinheiro (DEM-MT) e Jayme Campos (DEM-MT). Publicamente, a direção do DEM ameaça punir os rebeldes que votem a favor da CPMF.
O partido pretende pedir na Justiça que fosse dado ao partido o mandato deles, mas o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), tem insistido com o presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), para aplicar uma punição mais branda (como advertência partidária).
Os três votos seriam decisivos para o governo manter a vigência da CPMF. Além de dissidências na oposição, o Palácio do Planalto acredita que governistas contrários ao "imposto do cheque" vão mudar de idéia até amanhã --quando está prevista a votação da proposta que prorroga a CPMF no plenário do Senado.
Voto aberto
Em meio à busca de votos, a oposição aposta que não haverá dissidências favoráveis à CPMF porque a votação será aberta. O DEM afirma com convicção que os 14 senadores do partido vão votar contra a manutenção do imposto do cheque. O PSDB, por sua vez, também dá como certa a adesão dos 13 parlamentares à bancada para o voto contrário à CPMF --mesmo com a pressão de governadores tucanos para que a contribuição seja mantida.
"O PSDB está fechado, o voto será aberto. Além do PSDB, alguns aliados do governo já se posicionaram contra a CPMF. Eles não vão voltar atrás e jogar a palavra longe da credibilidade", avaliou o senador Papaléo Paes (PSDB-AP).
O tucano não acredita, também, que a "cooptação" do governo em busca de votos da base aliada e da oposição será capaz de conquistar adesões à manutenção do "imposto do cheque". "Eu não acredito que um senador seja levado por essas manobras abomináveis. O governo não pode fazer manobras na tentativa de subornar votos. Aqui no Senado não existe isso", afirmou Papaléo.
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Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
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