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11/08/2002
-
08h00
MURILO FIUZA DE MELO
da Folha de S.Paulo
Ela nasceu em plena campanha eleitoral de 1982. O então petista Anthony Garotinho disputava uma vaga para a Câmara de Vereadores de Campos (norte fluminense), sua cidade natal. O hoje candidato do PSB à Presidência perdeu a eleição, mas a partir daquele ano ganhou uma de suas mais fiéis partidárias: Clarissa Matheus, 20.
Mais velha dos quatro filhos naturais do casal Garotinho e Rosinha, que ainda são pais adotivos de cinco crianças, Clarissa tem sido a mais importante figura familiar de Garotinho na atual campanha.
Com a distância da mulher, que disputa o governo do Estado, a jovem assumiu o papel de amiga fiel. "Uma coisa é estar cercado só de assessores, outra é estar do lado de alguém que te ama. Estou fazendo o papel que no passado era feito pela minha mãe."
No papel de filha, ela entrega: "Meu pai é carinhoso, mas também muito ciumento. Quando vê alguém se aproximando de mim, faz um monte de perguntas".
De olho nos boletins
Segundo Clarissa, Garotinho é um pai dedicado. Na quinta-feira de manhã, por exemplo, o presidenciável chegou a suspender as gravações dos programas eleitorais para ir à festa de Dia dos Pais na escola de David, 3.
Amanda, 16, que ajuda Clarissa na campanha, concorda. "Ele passa o dia todo fora, mas quando chega em casa faz questão de beijar todos os filhos antes de dormir", diz.
Amanda conta que ele também é exigente com o desempenho escolar dos filhos. Pede para ver os boletins e cobra quando alguém tira nota baixa.
Garotinho não esconde o xodó por Clarissa e Clara, 7. Na sessão de fotos para a Folha, ficou o tempo todo abraçando as meninas. Ele contou que pretende adotar mais dois filhos, para cumprir uma promessa a Rosinha dos tempos de namoro.
Principal cabo eleitoral do pai, Clarissa ganhou o nome de uma poesia que Garotinho fez ainda jovem, que depois virou música e ganhou um festival universitário em 1979.
"A música falava sobre a repressão na América Latina", diz a menina, que trancou a matrícula na faculdade de jornalismo para mergulhar na campanha.
Ela e a irmã Amanda organizam palestras para jovens do país inteiro para falar da candidatura do pai. É Clarissa quem dá as palestras.
Articulada, ela também já substitui a mãe em comícios de campanha. Apesar do gosto pela profissão dos pais, Clarissa afirma que, por enquanto, não pretende se candidatar a nada.
Veja também o especial Eleições 2002
Garotinho "é carinhoso, mas ciumento", diz filha
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da Folha de S.Paulo
Ela nasceu em plena campanha eleitoral de 1982. O então petista Anthony Garotinho disputava uma vaga para a Câmara de Vereadores de Campos (norte fluminense), sua cidade natal. O hoje candidato do PSB à Presidência perdeu a eleição, mas a partir daquele ano ganhou uma de suas mais fiéis partidárias: Clarissa Matheus, 20.
Mais velha dos quatro filhos naturais do casal Garotinho e Rosinha, que ainda são pais adotivos de cinco crianças, Clarissa tem sido a mais importante figura familiar de Garotinho na atual campanha.
Com a distância da mulher, que disputa o governo do Estado, a jovem assumiu o papel de amiga fiel. "Uma coisa é estar cercado só de assessores, outra é estar do lado de alguém que te ama. Estou fazendo o papel que no passado era feito pela minha mãe."
No papel de filha, ela entrega: "Meu pai é carinhoso, mas também muito ciumento. Quando vê alguém se aproximando de mim, faz um monte de perguntas".
De olho nos boletins
Segundo Clarissa, Garotinho é um pai dedicado. Na quinta-feira de manhã, por exemplo, o presidenciável chegou a suspender as gravações dos programas eleitorais para ir à festa de Dia dos Pais na escola de David, 3.
Amanda, 16, que ajuda Clarissa na campanha, concorda. "Ele passa o dia todo fora, mas quando chega em casa faz questão de beijar todos os filhos antes de dormir", diz.
Amanda conta que ele também é exigente com o desempenho escolar dos filhos. Pede para ver os boletins e cobra quando alguém tira nota baixa.
Garotinho não esconde o xodó por Clarissa e Clara, 7. Na sessão de fotos para a Folha, ficou o tempo todo abraçando as meninas. Ele contou que pretende adotar mais dois filhos, para cumprir uma promessa a Rosinha dos tempos de namoro.
Principal cabo eleitoral do pai, Clarissa ganhou o nome de uma poesia que Garotinho fez ainda jovem, que depois virou música e ganhou um festival universitário em 1979.
"A música falava sobre a repressão na América Latina", diz a menina, que trancou a matrícula na faculdade de jornalismo para mergulhar na campanha.
Ela e a irmã Amanda organizam palestras para jovens do país inteiro para falar da candidatura do pai. É Clarissa quem dá as palestras.
Articulada, ela também já substitui a mãe em comícios de campanha. Apesar do gosto pela profissão dos pais, Clarissa afirma que, por enquanto, não pretende se candidatar a nada.
Veja também o especial Eleições 2002
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