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11/08/2002
-
21h40
RANIER BRAGON
da Agência Folha, em São Luís
Cerca de 5.000 estudantes secundaristas e universitários protestaram hoje pela manhã na orla marítima de Maceió (AL) contra a volta do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PRTB), candidato ao governo do Estado em sua primeira disputa eleitoral depois de cumprir oito anos de inelegibilidade.
Com caras pintadas, um caixão simbolizando o enterro de Collor e portando faixas com frases do tipo "não melle seu voto", "câncer de Collor mata" e "cadeia nelle", os estudantes fizeram caminhada e cruzaram, em frente ao comitê de campanha do ex-presidente, com cerca de 300 estudantes pró-Collor recrutados para fazer frente à manifestação.
O número dos participantes é o estimado pela Polícia Militar, que não registrou incidentes.
A manifestação contra o ex-presidente foi organizada por estudantes ligados a partidos de esquerda e entidades sociais que criaram o "Movimento Carapintadas", que vem fazendo piquetes e panfletagem anti-Collor em escolas e universidades de Alagoas.
Eles usam como mote um dos símbolos do processo de impeachment que culminou com a renúncia de Collor em 1992, os protestos dos "carapintadas". O atual candidato do PRTB renunciou em meio a acusações de que ele e seu ex-tesoureiro, Paulo César Farias, morto em 1996, comandavam um esquema de corrupção em Brasília. Condenado pelo Senado a oito anos de inelegibilidade, o ex-presidente foi absolvido das acusações feitas ao Supremo Tribunal Federal.
No protesto de hoje, vários candidatos e integrantes da principal chapa de oposição a Collor, a do governador Ronaldo Lessa (PSB), foram vistos entre os manifestantes.
O ex-presidente não estava em Maceió e não quis comentar a manifestação. Ele passou a manhã visitando povoados de Arapiraca, a segunda maior cidade de Alagoas.
Segundo os assessores de Collor, sua posição é a de que o movimento não tem legitimidade nem seria espontâneo, já que integrantes das candidaturas adversárias estariam por trás da articulação.
Na semana passada, alguns estudantes simpáticos a Collor acusaram a campanha de Lessa de estar pagando R$ 30, transporte e alimentação para cada estudante que participasse da manifestação. A assessoria de Lessa negou, mas a Polícia Federal vai investigar o caso.
Segundo pesquisas encomendadas pelos candidatos de Alagoas, Collor estaria liderando a disputa com mais de dez pontos percentuais à frente de Lessa.
A vantagem levou o ex-presidente a faltar anteontem ao primeiro debate entre os candidatos, realizado pela "TV Pajuçara", retransmissora do SBT no Estado. Na ocasião, Lessa aproveitou para fazer várias críticas a Collor, se referindo sempre ao ex-presidente como o "candidato fujão".
Veja também o especial Eleições 2002
Estudantes protestam contra candidatura de Collor em Alagoas
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da Agência Folha, em São Luís
Cerca de 5.000 estudantes secundaristas e universitários protestaram hoje pela manhã na orla marítima de Maceió (AL) contra a volta do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PRTB), candidato ao governo do Estado em sua primeira disputa eleitoral depois de cumprir oito anos de inelegibilidade.
Com caras pintadas, um caixão simbolizando o enterro de Collor e portando faixas com frases do tipo "não melle seu voto", "câncer de Collor mata" e "cadeia nelle", os estudantes fizeram caminhada e cruzaram, em frente ao comitê de campanha do ex-presidente, com cerca de 300 estudantes pró-Collor recrutados para fazer frente à manifestação.
O número dos participantes é o estimado pela Polícia Militar, que não registrou incidentes.
A manifestação contra o ex-presidente foi organizada por estudantes ligados a partidos de esquerda e entidades sociais que criaram o "Movimento Carapintadas", que vem fazendo piquetes e panfletagem anti-Collor em escolas e universidades de Alagoas.
Eles usam como mote um dos símbolos do processo de impeachment que culminou com a renúncia de Collor em 1992, os protestos dos "carapintadas". O atual candidato do PRTB renunciou em meio a acusações de que ele e seu ex-tesoureiro, Paulo César Farias, morto em 1996, comandavam um esquema de corrupção em Brasília. Condenado pelo Senado a oito anos de inelegibilidade, o ex-presidente foi absolvido das acusações feitas ao Supremo Tribunal Federal.
No protesto de hoje, vários candidatos e integrantes da principal chapa de oposição a Collor, a do governador Ronaldo Lessa (PSB), foram vistos entre os manifestantes.
O ex-presidente não estava em Maceió e não quis comentar a manifestação. Ele passou a manhã visitando povoados de Arapiraca, a segunda maior cidade de Alagoas.
Segundo os assessores de Collor, sua posição é a de que o movimento não tem legitimidade nem seria espontâneo, já que integrantes das candidaturas adversárias estariam por trás da articulação.
Na semana passada, alguns estudantes simpáticos a Collor acusaram a campanha de Lessa de estar pagando R$ 30, transporte e alimentação para cada estudante que participasse da manifestação. A assessoria de Lessa negou, mas a Polícia Federal vai investigar o caso.
Segundo pesquisas encomendadas pelos candidatos de Alagoas, Collor estaria liderando a disputa com mais de dez pontos percentuais à frente de Lessa.
A vantagem levou o ex-presidente a faltar anteontem ao primeiro debate entre os candidatos, realizado pela "TV Pajuçara", retransmissora do SBT no Estado. Na ocasião, Lessa aproveitou para fazer várias críticas a Collor, se referindo sempre ao ex-presidente como o "candidato fujão".
Veja também o especial Eleições 2002
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