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Aliados avisam Planalto que corte em emendas vai acirrar disputa no Congresso
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Com o diagnóstico pronto sobre a situação da base aliada no Congresso depois do anúncio das medidas que buscam compensar a perda de arrecadação causada pelo fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai reunir a coordenação política, na quinta-feira. A idéia é partir desta reunião traçar a estratégia a ser implementada pelo governo para garantir a execução das medidas e a aprovação do texto do Orçamento Geral da União.
Antes, os assessores diretos de Lula receberam mensagens dos aliados de que o governo deverá evitar cortes de emendas parlamentares na tentativa de impedir o acirramento do clima no Senado e na Câmara.
Nesta segunda-feira, os ministros José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e Paulo Bernardo (Planejamento) receberam por meio do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), um recado de vários integrantes da base aliada.
A Folha Online apurou que na mensagem, os deputados e senadores afirmaram que o clima político no Congresso pode se deteriorar, se a equipe econômica orientar pelo corte das emendas parlamentares de bancada e também individuais.
Apesar de os eventuais cortes terem de ser discutidos pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso, a recomendação do governo pesa sobre a posição assumida pelos partidos. Amanhã, Múcio deverá fazer uma nova rodada de reuniões com Bernardo e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência).
Na quinta-feira, Lula faz a reunião de coordenação --que inclui o vice-presidente, José Alencar, e os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Dulci, Múcio, Bernardo e um representante do ministro da Fazenda, uma vez que Guido Mantega está em férias.
Nomeações
Durante a reunião, segundo interlocutores, Jucá teria dito a Bernardo e Múcio que o descontentamento da base aliada aumentou também em decorrência da demora na nomeação de cargos para presidências e diretorias em várias estatais.
Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve jantar com o comando do PMDB. Os peemedebistas apelarão para que Lula nomeie logo o senador Edison Lobão (PMDB-MA) para o Ministério de Minas e Energia. A nomeação seria uma demanda a menos para o governo.
Na conversa desta segunda-feira, interlocutores da aliados afirmaram que Múcio disse ser necessário recompor a base aliada para garantir a execução das medidas compensatórias, que inclui a elevação das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), além do corte de R$ 20 bilhões do Orçamento.
Aliada às medidas, o governo quer também conseguir aprovar o texto do Orçamento Geral da União de 2008. O PSDB avisou que pretende obstruir a votações da MP (medida provisória) que aumenta a alíquota da CSLL, enquanto os democratas ameaçam dificultar a votação da proposta orçamentária.
Recém-chegado de um recesso prolongado, Múcio se determinou a passar o dia conversando com deputados e senadores, além dos presidentes e líderes dos 14 partidos que apóiam o governo.
Ainda hoje Jucá pretende se reunir com Lula para fazer um diagnóstico sobre a situação no Congresso.
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Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
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GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
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