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07/01/2008 - 17h39

Aliados avisam Planalto que corte em emendas vai acirrar disputa no Congresso

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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

Com o diagnóstico pronto sobre a situação da base aliada no Congresso depois do anúncio das medidas que buscam compensar a perda de arrecadação causada pelo fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai reunir a coordenação política, na quinta-feira. A idéia é partir desta reunião traçar a estratégia a ser implementada pelo governo para garantir a execução das medidas e a aprovação do texto do Orçamento Geral da União.

Antes, os assessores diretos de Lula receberam mensagens dos aliados de que o governo deverá evitar cortes de emendas parlamentares na tentativa de impedir o acirramento do clima no Senado e na Câmara.

Nesta segunda-feira, os ministros José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e Paulo Bernardo (Planejamento) receberam por meio do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), um recado de vários integrantes da base aliada.

A Folha Online apurou que na mensagem, os deputados e senadores afirmaram que o clima político no Congresso pode se deteriorar, se a equipe econômica orientar pelo corte das emendas parlamentares de bancada e também individuais.

Apesar de os eventuais cortes terem de ser discutidos pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso, a recomendação do governo pesa sobre a posição assumida pelos partidos. Amanhã, Múcio deverá fazer uma nova rodada de reuniões com Bernardo e Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência).

Na quinta-feira, Lula faz a reunião de coordenação --que inclui o vice-presidente, José Alencar, e os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Dulci, Múcio, Bernardo e um representante do ministro da Fazenda, uma vez que Guido Mantega está em férias.

Nomeações

Durante a reunião, segundo interlocutores, Jucá teria dito a Bernardo e Múcio que o descontentamento da base aliada aumentou também em decorrência da demora na nomeação de cargos para presidências e diretorias em várias estatais.

Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve jantar com o comando do PMDB. Os peemedebistas apelarão para que Lula nomeie logo o senador Edison Lobão (PMDB-MA) para o Ministério de Minas e Energia. A nomeação seria uma demanda a menos para o governo.

Na conversa desta segunda-feira, interlocutores da aliados afirmaram que Múcio disse ser necessário recompor a base aliada para garantir a execução das medidas compensatórias, que inclui a elevação das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), além do corte de R$ 20 bilhões do Orçamento.

Aliada às medidas, o governo quer também conseguir aprovar o texto do Orçamento Geral da União de 2008. O PSDB avisou que pretende obstruir a votações da MP (medida provisória) que aumenta a alíquota da CSLL, enquanto os democratas ameaçam dificultar a votação da proposta orçamentária.

Recém-chegado de um recesso prolongado, Múcio se determinou a passar o dia conversando com deputados e senadores, além dos presidentes e líderes dos 14 partidos que apóiam o governo.

Ainda hoje Jucá pretende se reunir com Lula para fazer um diagnóstico sobre a situação no Congresso.

Comentários dos leitores
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Eduardo Giorgini (488) 27/01/2010 11h27
Fim da estabilidade de servidores públicos seria uma saída respeitosa ao gargalo de crescimentoe diminuição de gastos.
Herança do Brasil colonial, serviço público fica refem de sindicatos que defendem, obviamente, somente aumentos de salarios e regalias e estão nem ai para a sociedade privada, que os sustentam.
Mas se pensar, precisamos de uma reforma generalizada, ou seja, um "Nascer de novo" que o torna totalmente inviavel.
Complicado a situação do Brasil.
[]s
Eduardo.
sem opinião
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Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
Pedro Carvalho (2) 28/09/2009 13h40
É errado fazer essa divisão de quem merece mais ou quem merece menos, pois, a princípio, todos os partidos são iguais. No entanto, nós sabemos disso, que, se o DEM ou o PSDB estivesse no poder, ele também iriam fazer a mesma coisa. Isso sempre existirá nessa política pobre que é a brasileira. 1 opinião
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Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
Hilton Leonel (6) 08/09/2009 18h15
VIVA O PMDB: ESTÁ SEMPRE PRONTO PARA PREJUDICAR O POVO. QUE SAUDADE DE ULISSES
GUIMARÃES. O povo Brasileiro não aguenta mais.
sem opinião
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