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19/08/2002
-
08h38
HUMBERTO MEDINA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Cortes no orçamento atrasam a conclusão de linhas de transmissão de energia que o próprio governo definiu como emergenciais durante o racionamento, suspenso em fevereiro.
O governo cortou R$ 1 bilhão no orçamento da Eletrobrás. Por atraso devido aos cortes, duas hidrelétricas, a de Jauru e a de Guaporé, ficarão prontas, mas não poderão transmitir toda a quantidade de energia que podem gerar.
O envio de energia deveria ser feito pela linha de transmissão Coxipó-Jauru, com custo estimado em R$ 176 milhões e que ficaria pronta em outubro. A nova previsão é março de 2003.
Os cortes no orçamento da Eletrobrás também atingiram outra obra tocada pela Eletronorte, a linha de transmissão Presidente Dutra-Peritoró, atrasada de outubro para dezembro. A linha aumenta a quantidade de energia transmitida da hidrelétrica de Tucuruí (PA) para o Nordeste.
Outras hidrelétricas também deixarão de produzir toda a energia possível por causa de atrasos em obras de linhas de transmissão. A Norte-Sul 2, que deveria ficar pronta em abril de 2003, só ficará completa em fevereiro de 2004. O atraso ocorre porque o grupo argentino Civilia teve que abandonar o projeto, assumido pelo grupo italiano Enel Power.
O atraso na obra, orçada em R$ 550 milhões, fará com que não seja possível, no período de maior disponibilidade na hidrelétrica de Tucuruí, utilizar toda a potência instalada ali e nas usinas de Lajeado, Canabrava e Serra da Mesa. Além das obras atrasadas devido aos cortes no Orçamento feitos pelo governo federal, outras duas estatais -Furnas e Chesf- estão com obras emergenciais de linhas de transmissão atrasadas.
O atraso nas linhas de transmissão de Furnas, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, pode aumentar o risco de falta de energia no Rio de Janeiro e Espírito Santo, durante emergência, em caso de baixa geração no Rio.
Furnas alega que suas obras estão atrasadas por problemas de obtenção de licenciamento ambiental. Já a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) afirma que os fornecedores estavam cobrando preços muito altos para a construção da linha Presidente Dutra-Teresina 2, com custo estimado de R$ 123 milhões.
Corte de recursos atrasa obras de energia
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Cortes no orçamento atrasam a conclusão de linhas de transmissão de energia que o próprio governo definiu como emergenciais durante o racionamento, suspenso em fevereiro.
O governo cortou R$ 1 bilhão no orçamento da Eletrobrás. Por atraso devido aos cortes, duas hidrelétricas, a de Jauru e a de Guaporé, ficarão prontas, mas não poderão transmitir toda a quantidade de energia que podem gerar.
O envio de energia deveria ser feito pela linha de transmissão Coxipó-Jauru, com custo estimado em R$ 176 milhões e que ficaria pronta em outubro. A nova previsão é março de 2003.
Os cortes no orçamento da Eletrobrás também atingiram outra obra tocada pela Eletronorte, a linha de transmissão Presidente Dutra-Peritoró, atrasada de outubro para dezembro. A linha aumenta a quantidade de energia transmitida da hidrelétrica de Tucuruí (PA) para o Nordeste.
Outras hidrelétricas também deixarão de produzir toda a energia possível por causa de atrasos em obras de linhas de transmissão. A Norte-Sul 2, que deveria ficar pronta em abril de 2003, só ficará completa em fevereiro de 2004. O atraso ocorre porque o grupo argentino Civilia teve que abandonar o projeto, assumido pelo grupo italiano Enel Power.
O atraso na obra, orçada em R$ 550 milhões, fará com que não seja possível, no período de maior disponibilidade na hidrelétrica de Tucuruí, utilizar toda a potência instalada ali e nas usinas de Lajeado, Canabrava e Serra da Mesa. Além das obras atrasadas devido aos cortes no Orçamento feitos pelo governo federal, outras duas estatais -Furnas e Chesf- estão com obras emergenciais de linhas de transmissão atrasadas.
O atraso nas linhas de transmissão de Furnas, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, pode aumentar o risco de falta de energia no Rio de Janeiro e Espírito Santo, durante emergência, em caso de baixa geração no Rio.
Furnas alega que suas obras estão atrasadas por problemas de obtenção de licenciamento ambiental. Já a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) afirma que os fornecedores estavam cobrando preços muito altos para a construção da linha Presidente Dutra-Teresina 2, com custo estimado de R$ 123 milhões.
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