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12/01/2008 - 22h34

Ex-sócia acusa Lobão Filho de utilizar documento falso

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SÍLVIA FREIRE
da Agência Folha, em São Luís

A ex-sócia de Edison Lobão Filho na distribuidora de bebidas Bemar, Maria Luiza Thiago de Almeida, disse neste sábado que a parte do suplente e filho do futuro ministro de Minas e Energia na empresa foi transferida para a empregada dela, Maria Lúcia Martins, em 1999, com o uso de procuração e documentos falsos.

Almeida disse ter laudos técnicos que confirmam que as procurações de sua empregada usadas para a mudança de sócio na Bemar eram falsas. Segundo ela, a empregada disse nunca ter assinado documento para sua entrada na empresa. Martins não quis conversar com a reportagem.

Segundo Almeida, ela só descobriu que a empresa estava ativa há cerca de três anos, quando recebeu uma intimação da Receita para explicar as dívidas da Bemar. Ela disse nunca ter atuado na empresa e que apenas assinou documentos a pedido do marido, Marco Antônio Pires Costa, de quem está separada. Para ela, a Bemar havia sido encerrada em 1999.

"Para mim, havia assinado [documentos para] o fim da empresa. Tudo isso está sendo péssimo pra mim porque estou devendo para Receita e o Edinho [Lobão Filho] conseguiu sair da empresa", disse Almeida.

De acordo com Almeida, a dívida da Bemar com o Fisco federal e estadual é de cerca de R$ 7 milhões. Existe ainda, disse, um empréstimo de R$ 5 milhões no Banco do Nordeste, ainda não quitado. Para o Ministério Público do Maranhão, a Bemar integra uma rede de empresas de distribuição de bebidas comandadas por sócios em comum.

A principal empresa do grupo, a Itumar, considerada a "empresa-mãe", chegou a ser três vezes denunciada por sonegação fiscal de tributos estaduais, como o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). A Itumar, no entanto, obteve a suspensão dos processos após pagar ou parcelar as dívidas.

Segundo a Promotoria da Fazenda Pública em São Luís, a Bemar não é investigada atualmente. Almeida prestou depoimento ao Ministério Público sobre o assunto.

A reportagem não conseguiu contato com Lobão Filho.

 

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