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21/08/2002
-
04h23
da Folha de S.Paulo
Item que aparece no topo das preocupações do eleitorado em nove entre dez pesquisas de opinião, emprego foi o principal tema dos programas dos presidenciáveis na abertura do horário gratuito de televisão e rádio.
No primeiro dos dois blocos de TV, exibido a partir de 13h, a necessidade de criar postos de trabalho dominou as propagandas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de José Serra (PSDB) e esteve presente na de Ciro Gomes (PPS).
Anthony Garotinho (PSB), ainda que não tenha tratado do assunto diretamente, cuidou de apresentar-se, na cena inicial de seus 2min13s, como "o candidato que vai elevar o salário mínimo para R$ 280 em maio de 2003".
Lula estreou com um programa monotemático, no qual a geração de empregos foi discutida a partir do caso das novas plataformas contratadas pela Petrobras.
Como vem fazendo em comícios e aparições televisivas, o petista criticou a estatal e o governo pelo fato de uma das três plataformas estar sendo construída em Cingapura, não no Brasil.
Com quase o dobro do tempo de Lula (10min23s contra 5min19s), Serra mencionou assuntos como segurança e realizações suas quando ministro da Saúde, mas a questão do emprego pontuou todo o programa.
Se Lula mostrou depoimentos de pessoas que se declararam sem emprego ou com medo de perdê-lo, Serra contra-atacou exibindo um portador do vírus HIV que elogiou sua gestão na Saúde.
Atrás de Lula e à frente de Serra na disputa, Ciro foi, dos três, o que apresentou o programa mais parecido com os que exibira na pré-campanha. Seus 4min17s chegaram a incluir cenas que já haviam sido levadas ao ar.
Ciro, assim como Patrícia Pillar, não abriu a boca no horário vespertino. À noite, ele falou durante boa parte do programa, e a namorada não apareceu.
Não houve imagem de Roberto Freire, presidente do PPS e frequente alvo de críticas por parte de outros setores da campanha.
Já o presidente do PDT, Leonel Brizola, surgiu várias vezes. Não faltou espaço para o PFL -com Jorge Bornhausen e ACM. Nem para menção ao tucano Tasso Jereissati, padrinho político de Ciro e articulador cada vez mais explícito da candidatura.
Quanto a Garotinho, rebateu as acusações de populismo e demagogia comparando-se a Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.
Mais conhecido do eleitorado, Lula fez o menos biográfico dos programas. E Serra tratou de lembrar que já esteve ao lado do candidato petista, no movimento Diretas-Já.
Veja também o especial Eleições 2002
Emprego domina estréia do horário eleitoral gratuito
RENATA LO PRETEda Folha de S.Paulo
Item que aparece no topo das preocupações do eleitorado em nove entre dez pesquisas de opinião, emprego foi o principal tema dos programas dos presidenciáveis na abertura do horário gratuito de televisão e rádio.
No primeiro dos dois blocos de TV, exibido a partir de 13h, a necessidade de criar postos de trabalho dominou as propagandas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de José Serra (PSDB) e esteve presente na de Ciro Gomes (PPS).
Anthony Garotinho (PSB), ainda que não tenha tratado do assunto diretamente, cuidou de apresentar-se, na cena inicial de seus 2min13s, como "o candidato que vai elevar o salário mínimo para R$ 280 em maio de 2003".
Lula estreou com um programa monotemático, no qual a geração de empregos foi discutida a partir do caso das novas plataformas contratadas pela Petrobras.
Como vem fazendo em comícios e aparições televisivas, o petista criticou a estatal e o governo pelo fato de uma das três plataformas estar sendo construída em Cingapura, não no Brasil.
Com quase o dobro do tempo de Lula (10min23s contra 5min19s), Serra mencionou assuntos como segurança e realizações suas quando ministro da Saúde, mas a questão do emprego pontuou todo o programa.
Se Lula mostrou depoimentos de pessoas que se declararam sem emprego ou com medo de perdê-lo, Serra contra-atacou exibindo um portador do vírus HIV que elogiou sua gestão na Saúde.
Atrás de Lula e à frente de Serra na disputa, Ciro foi, dos três, o que apresentou o programa mais parecido com os que exibira na pré-campanha. Seus 4min17s chegaram a incluir cenas que já haviam sido levadas ao ar.
Ciro, assim como Patrícia Pillar, não abriu a boca no horário vespertino. À noite, ele falou durante boa parte do programa, e a namorada não apareceu.
Não houve imagem de Roberto Freire, presidente do PPS e frequente alvo de críticas por parte de outros setores da campanha.
Já o presidente do PDT, Leonel Brizola, surgiu várias vezes. Não faltou espaço para o PFL -com Jorge Bornhausen e ACM. Nem para menção ao tucano Tasso Jereissati, padrinho político de Ciro e articulador cada vez mais explícito da candidatura.
Quanto a Garotinho, rebateu as acusações de populismo e demagogia comparando-se a Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.
Mais conhecido do eleitorado, Lula fez o menos biográfico dos programas. E Serra tratou de lembrar que já esteve ao lado do candidato petista, no movimento Diretas-Já.
Veja também o especial Eleições 2002
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