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01/08/2000
-
03h59
FÁBIO ZANINI, da Folha de S.Paulo
O governador do Acre, o petista Jorge Viana, afirmou ontem que assinou carta de apoio ao presidente Fernando Henrique Cardoso porque acha que o Brasil "não pode viver de escândalos".
A assinatura de Viana no documento ocorreu em reunião de 11 governadores com FHC na última sexta-feira e abriu crise no PT.
"O presidente faz-se merecedor desta manifestação como um gesto daqueles que, conhecedores da sua ilibada trajetória, sabem-no digno do respeito de todos os brasileiros", afirma a moção.
"O apoio foi à pessoa do presidente. Não há nada que o incrimine neste momento. Ao mesmo tempo, defendo a investigação das denúncias, que são gravíssimas. Não acho que haja contradição", declarou o governador, que governa em aliança com o PSDB, partido do presidente.
A presença de Viana em plenária do PT ontem no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, causou momentos de constrangimento.
Ao subir ao palco, o governador recebeu um forte abraço de José Dirceu, presidente nacional do PT -o mesmo que, na sexta, disse que discordava "em gênero, número e grau" da moção apoiada por Viana.
O senador Eduardo Suplicy deu um "puxão de orelha" na atitude do governador, em frente de uma platéia de 300 pessoas.
"Entendo que sua situação deve ter sido bastante delicada, Jorge, mas acho que a posição que você adotou poderia ter sido explicada melhor. Talvez você pudesse ter feito uma declaração à parte", declarou ele.
Em resposta, Viana disse que estava ali para "esclarecer as dúvidas dos companheiros".
"Não tenho desconfiança da pessoa do presidente. FHC é refém de uma elite política atrasada", afirmou.
O governador, que negou ser pivô de uma crise interna, disse que tem "receio de carimbar as pessoas".
A senadora Heloísa Helena, que no fim-de-semana disse que ia protocolar reclamação contra Viana na comissão de ética do partido, cancelou a participação na plenária no último momento. Ela ficou em Alagoas, seu Estado, fazendo campanha.
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"Não podemos viver de escândalo", diz petista que deu apoio a FHC
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O governador do Acre, o petista Jorge Viana, afirmou ontem que assinou carta de apoio ao presidente Fernando Henrique Cardoso porque acha que o Brasil "não pode viver de escândalos".
A assinatura de Viana no documento ocorreu em reunião de 11 governadores com FHC na última sexta-feira e abriu crise no PT.
"O presidente faz-se merecedor desta manifestação como um gesto daqueles que, conhecedores da sua ilibada trajetória, sabem-no digno do respeito de todos os brasileiros", afirma a moção.
"O apoio foi à pessoa do presidente. Não há nada que o incrimine neste momento. Ao mesmo tempo, defendo a investigação das denúncias, que são gravíssimas. Não acho que haja contradição", declarou o governador, que governa em aliança com o PSDB, partido do presidente.
A presença de Viana em plenária do PT ontem no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, causou momentos de constrangimento.
Ao subir ao palco, o governador recebeu um forte abraço de José Dirceu, presidente nacional do PT -o mesmo que, na sexta, disse que discordava "em gênero, número e grau" da moção apoiada por Viana.
O senador Eduardo Suplicy deu um "puxão de orelha" na atitude do governador, em frente de uma platéia de 300 pessoas.
"Entendo que sua situação deve ter sido bastante delicada, Jorge, mas acho que a posição que você adotou poderia ter sido explicada melhor. Talvez você pudesse ter feito uma declaração à parte", declarou ele.
Em resposta, Viana disse que estava ali para "esclarecer as dúvidas dos companheiros".
"Não tenho desconfiança da pessoa do presidente. FHC é refém de uma elite política atrasada", afirmou.
O governador, que negou ser pivô de uma crise interna, disse que tem "receio de carimbar as pessoas".
A senadora Heloísa Helena, que no fim-de-semana disse que ia protocolar reclamação contra Viana na comissão de ética do partido, cancelou a participação na plenária no último momento. Ela ficou em Alagoas, seu Estado, fazendo campanha.
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