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22/08/2002 - 18h19

Sabatina Maluf: leia 2ª parte das perguntas dos leitores

da Folha Online

Leia íntegra da última parte das perguntas dos leitores para o candidato ao governo de SP Paulo Maluf durante evento da Folha de S.Paulo com candidatos.

Neste trecho, Maluf fala sobre violência, transporte público, promessas e mentiras, pedágios e reserva de vagas nas universidades.

Fernando Canzian: Candidato, vamos voltar à pergunta dos leitores. Queria avisar a quem está enviando as perguntas que se as perguntas não forem lidas aqui, a organização vai encaminhar depois ao senhor, todas as perguntas por escrito, e muitas delas têm o nome, telefone, e-mail.

Paulo Maluf: Eu respondo a todos.

Fernando Canzian: Pediria ao senhor que....

Paulo Maluf: Respondo a todos, já que vocês não me dão mais duas horas nem uma edição extra.

Fernando Canzian: A Marina pergunta.

Pergunta da platéia: Com todo o respeito ainda não entendi como o senhor pretende acabar com a violência em apenas seis meses, visto que o senhor só apresentou dados que já são sabidos pelos leitores da Folha de S.Paulo?

Paulo Maluf: A violência não acaba em seis meses para zero, mas ela tem uma curva ascendente então, como ela vem vindo ascendente então nos últimos 8 anos, de maneira escancarada. O que eu posso lhe garantir que em seis meses não só eu breco, como eu acabo baixando o nível. Tal como aconteceu em Nova York. Eu vou lhe contar uma história, dez anos atrás eu estava em Nova York e, num jantar, com pessoas lá da sociedade local, eu perguntei, até de uma maneira inocente. Eu gostaria de visitar o Harlem. Bairro dos negros. Se eu for lá à noite, para visitar os costumes deles, os bares, os restaurantes, as lojas, os supermercados e, se eu pegar uma limusine, vou até numa limusine fechada. Essa senhora me disse... Mister Maluf... é uma boa forma de cometer suicídio. Hoje, eu perguntei a mesma coisa para William que esteve aqui, ele disse: Paulo Maluf você pode ir lá porque com tolerância zero nós acabamos com a mal em Nova York. O crime violento diminuiu quase 100%. Enquanto nós aqui temos cerca de 100 assassinatos por fim de semana, 1.200 assassinatos, 400, 500 assassinatos na cidade de São Paulo por mês, agora mês, ele agora tem 2. Os crimes violentos não existem. Eu mesmo em Nova York não pego mais táxi. Então esta curva, em seis meses nós começamos a baixá-la, eu espero que daqui quatro anos o senhor possa, a senhora possa votar na minha reeleição.

Fernando Canzian: O governador Geraldo Alckmin respondeu a pergunta de um leitor ontem que perguntou se ele iria sozinho à noite no Jardim Irene. Eu perguntaria ao senhor, seis meses após as eleições, se o senhor vencer as eleições, o senhor iria sozinho à noite ao Jardim Irene?

Paulo Maluf: Vou para o Jardim Irene e para ter testemunha eu quero a companhia dos repórteres.

Fernando Canzian: Sozinho. (risos).

Paulo Maluf: Quero a companhia dos repórteres e quero fotógrafo também para provar. (aplausos).

Paulo Maluf: Vocês têm que testemunhar que eu fui, eu foi, daqui seis meses eu vou, está feito, 1º de junho de 2003.

Paulo Maluf: Eles vão comigo para ver que vai estar tudo em ordem. (risos).

Fernando Canzian: O engenheiro aposentado.

Pergunta da platéia: Pessoalmente sou contra a cota de reserva para negros frequentarem a universidade. Além de ferir a constituição e tal. Agora o que o senhor acha sobre o assunto?

Paulo Maluf: Eu não tenho, honestamente, nenhuma rejeição. Porque eu conheço bem a USP, é a minha escola, se você entrar despreparado, não interessa a cor da sua pele, você entra e você não sai. Então o problema não é só a cota, não tenho nada contra a cota. Eu acho que o que nós não podemos deixar de ter em conta, a qualidade do ensino das escolas públicas. Quer dizer, a USP não pode cair de padrão, a Unicamp, que eu conheço bem, não pode cair de padrão, nem Unesp, agora não tenho nada, pode botar uma cota de 20, 30% para negro, para japonês, para libanês... (risos).

Paulo Maluf: Tem que entrar e tem que sair, difícil eu posso lhe dizer. Entrar na escola politécnica não é tão difícil, o difícil foi cursar os 5 anos, isso foi difícil.

Fernando Canzian: Célio Martins, estudante pergunta:

Pergunta da platéia: Qual a posição do senhor em relação ao transporte público, especialmente o metrô?

Paulo Maluf: Bom, o metrô de São Paulo, fazendo um pouquinho de história, começou em 13 de dezembro de 68, pelo grande prefeito Faria Lima, meu antecessor, ele saiu no dia 8 de abril, 4 meses depois, e quem viabilizou o metrô de São Paulo foi o prefeito Paulo Maluf, com a ajuda dos ministros Delfim Netto, Mário Andreazza, onde eles viabilizaram o primeiro empréstimo de US$ 110 milhões para o metrô. Foi assim que começou o trecho 10, no Jabaquara, o trecho 9, no Jabaquara, o 8 no Jabaquara, 7 no Jabaquara, 6 aqui na vila Mariana, 5 no Paraíso, depois o meu sucessor, Figueiredo Ferraz continuou, aí quando eu fui governador. O metrô que era da prefeitura passou para o governo do Estado, fiz estações como a estação dom Pedro, a praça da República, Bresser, Belém, Tatuapé, deixei viabilizado toda a região leste. Outros governadores foram fazendo. Eu acho o metrô uma obra fundamental, nenhum governador pode deixar de investir, no mínimo, o equivalente a US$ 300 milhões por ano no metrô. Acho fundamental. Eu deixei o metrô com 1,3 milhão de passageiros dia, hoje, graças a Deus, está com mais de 2 milhões. Eu espero que chegue nos níveis de Paris, que são milhões de passageiros.

Fernando Canzian: A leitora Leila Fernandes pergunta.

Pergunta da platéia: Por que a imprensa escrita e falada gosta tanto de bater e sobre a sua pessoa?

Paulo Maluf: Quem sabe esses quatro possam responder mais do que eu. (aplausos).

Paulo Maluf: Agora, eu quero dizer para vocês o seguinte. Eu não fico triste quando batem, não. Porque eu quero aqui dizer que a Folha tem uma vantagem, como ela tem um Manual da Redação, ela põe o outro lado. Põe o outro lado. Então ela põe um lado e outro. Tem jornais que infelizmente não só não aceitam o outro lado, mas você manda carta de leitor, eles põem a carta no lixo. Então quanto à Folha, não tem problema. Agora, quero dizer para vocês que eu tenho a minha consciência mais do que tranqüila. Ninguém trabalhou por São Paulo mais do que eu. Não tem pequena cidade, não tem a menor cidade do Estado onde não tenha dez obras minhas. E as grandes cidades tem uma centenas de obras minhas, não tem outro homem público, que não tem um grande partido, como é o meu caso, que não é votado majoritariamente como eu sou. Em todas as cidades do Estado. Então eu não fico bravo quando batem em mim porque o Maluf é como bolo, quanto mais bate mais cresce. (aplausos).

Fernando Canzian: O leitor Lucas pergunta.

Pergunta da platéia: O senhor se considera um político populista? Ele comenta inclusive que os populistas no Brasil cometeram suicídio ou sofreram impeachment.

Paulo Maluf: Eu posso dizer o seguinte, eu sou muito forte, graças a Deus, de temperamento. Suicídio jamais. Isso não existe para mim. Impeachment também jamais, porque eu não vou fazer nenhum ato falho. Não fiz até agora. Quer dizer, não é com 70 anos de idade, onde eu quero deixar uma biografia para os meus 13 netos, eu só tenho hoje um interesse na minha vida, que os meus netos vão para o colégio e possam dizer com orgulho: o avô Paulo Maluf é muito bom governador. Só o que eu quero, eu podia estar aposentado, o senhor sabe disso. Sou, quem sabe, o único homem público desse país que paga para ficar na política. Eu adoro isso. Então, quer dizer para vocês muito claro, política para uma votação, uma vocação de ser engenheiro, ser médico, ser padre, ser pastor tem uma vocação. Eu adoro a política, vou continuar na vida pública. Impeachment não existe, o que existe é a vontade de, de novo, ser o melhor governador que São Paulo já teve. Quero que você se orgulhe de mim.

Fernando Canzian: O senhor se considera populista?

Paulo Maluf: Ah, populista, bom. O populismo, em português, em português é um pouco depreciativo. Engraçado, que populismo em francês é um bruto elogio quando dizem que lá na França você é populista, é um bruta elogio, não é defeito nenhum. Então o que é populismo? Eu fiz obra para pobre, fiz casa para pobre, fiz apoio a agricultura para pobre, fiz irrigação com a energia elétrica mais barata para pobre, fiz a energia elétrica para pobre, eu fiz leve-leite para pobre, fiz Cingapura para pobre, fiz o PAS para pobre. Sou votado pelos pobres. Estou feliz. (aplausos).

Fernando Canzian: Rodolfo José Lopes Silva.

Pergunta da platéia: Gostaria, como adolescente, pois tenho 15 anos, que o senhor me respondesse como uma criança de 14 anos poderia ser condenada, visto que nem a base da vida pública o pessoal lá o teria?

Paulo Maluf: Lá na Califórnia vou tentar encontrar notícias, se encontrar deixa seu endereço, por favor, aí o Hélio que está aí, lá no Estado norte-americano da Califórnia foi condenado sim à prisão perpétua uma criança de 15 anos por ter assassinado uma criança de 6. Agora, na Inglaterra, é outro problema. É outro. Mas esse de prisão perpétua na Inglaterra não foi prisão perpétua, foi condenado. Mas se você tivesse uma irmã de 6 anos, e ela fosse assassinada e estuprada por um menino de 15, quem sabe você era a favor da prisão perpétua, disso queira que isso nunca te aconteça. Vou te mandar a notícia. Na Inglaterra, foi diferente. Na Inglaterra, um menino de 11, 12 anos, estupraram e mataram uma menina de 10. E aí, para esconder o crime, pegaram o cadáver e colocaram nos trilhos do trem. O trem veio, passou por cima da menina já morta, mas lá, a Scotland Yard tem uma polícia bem científica e mesmo com cadáver delas errado, verificaram que ela tinha sido estuprada e que tinha sido assassinada por asfixia. E os meninos de 11 e 12 anos foram condenados à prisão. Quer dizer, eu não posso dizer que isso é bom ou que é ruim. Mas se alguém me disser que na Inglaterra e nos Estados Unidos não tem democracia, eu também não posso acreditar.

Fernando Canzian: O Emiliano.

Pergunta da platéia: Assim como muitos jovens, essa é a primeira vez que voto. Um quadro de promessas e de mentiras. O senhor mesmo é acusado de uma série de coisas e em vez de responder faz mais promessas. Que esperança nós jovens temos diante desse quadro de mentiras?

Paulo Maluf: Você tem 18 anos. Eu tenho 35 anos de vida pública. Poderia aqui gastar mais duas horas de vocês sobre o que fiz como presidente da Caixa Econômica Federal que foi o melhor plano de habitação da história de São Paulo, o que fiz como prefeito de São Paulo, o que fiz como secretário de Estado, o que fiz como governador, quer dizer, todos os cargos públicos que eu ocupei, eu poderia aqui dar para você uma soma de coisas que eu fiz que você, evidentemente, com a sua idade não conhece. Agora eu quero que você saiba o seguinte, não existe um compromisso meu que eu assumi que não foi cumprido. Quer dizer, comigo não tem mentira. Quando eu digo que eu vou fazer eu faço. E quando eu faço um cronograma de trabalho como engenheiro, olha lá se eles atrasam a obra um dia. Acabou neste Estado as obras que eram feitas em 12 meses, em 18 meses, hoje fazem obras em 15 anos. Vou dar um exemplo. Trabalhadores, hoje Ayrton Senna. Eu comecei a obra em janeiro de 80 e terminei no dia primeiro de maio de 82. A estrada que vai São Paulo, Guarulhos, acesso ao aeroporto, Porto Alegre, Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes, até Guararema. Fiz isto aqui em 2 anos e 5 meses. E por isso que recebeu o nome de rodovia dos Trabalhadores, inaugurada dia primeiro de maio. Está lá na placa que está lá. Pois bem, deixo o projeto pronto e contratado e os governos que vieram depois entregaram a estrada em 98. Quer dizer, eu fiz em 2 anos, os outros demoraram para fazer, o mesmo trecho, 16 anos. E o governador que se diz do Vale do Paraíba, tem a estrada parada em Taubaté. Nem se dignou a levar para a sua cidade que é Pindamonhangaba. Nem para Aparecida, nem para Guaratinguetá, nem para Lorena, nem para Cachoeira Paulista, nem Cruzeiro. Então, quer dizer para você, você pode ter certeza, eu quero que você vote em mim, estou aqui para disputar seu voto sim. E venha cobrar, eu vou te receber. Você vai cobrar o que eu assumir de compromisso de fazer. Eu vou fazer porque nunca deixei de fazer. (aplausos).

Fernando Canzian: O leitor Martin Salgueiro. Pequeno industrial e professor universitário.

Pergunta da platéia: Qual é o plano para, um eventual segundo turno com o governador Alckmin, vencer a rejeição e ultrapassar os 45%?

Paulo Maluf: Bem, eu já estou com mais de 45% porque o Datafolha me deu 40 pontos, 40 pontos tirando branco e nulo dá 48%. Pois bem. Muita gente põe lá: rejeição. Mas o meu amigo Carlos Caldeira Filho, me dizia Maluf: o que vale é voto positivo, ninguém ganha eleição com voto negativo. Tem gente aí que tem 0% de rejeição. E tem 0% de voto. (risos).

Paulo Maluf: Então eu sim, o último Datafolha, eu estou com 33% de rejeição. Mas tenho 40 pontos, o que vem a ser quase 48%. Agora o atual governador, desconhecido, no último Datafolha, se a minha memória não me falha, estava com 12, agora está com 18, a medida que começa a ser conhecido e põe a cara, a rejeição também aparece em cima dele.

Fernando Canzian: A assistente social Leonilda pergunta.

Pergunta da platéia: Candidato, o senhor pretende rever as privatizações do Estado além das concessões de pedágio que o senhor já citou? ?

Paulo Maluf: É impossível rever as privatizações, se fosse... desapropriar o Banespa, não tem dinheiro para pagar, o dinheiro sumiu, vou desapropriar a Eletropaulo, sumiu o dinheiro, vou desapropriar a empresa Paulista de Força e Luz, sumiu. No caso das estradas, não houve uma privatização, houve uma doação, porque eu entendo concessão quando por exemplo você dá a concessão e quem faz o investimento é o concessionário. Mas estão cobrando o IGPM de 12% este ano sobre os pontilhões construídos na década de 40 pelo Adhemar de Barros. Então, é isso que eu me revolto. Quer dizer, se colocasse IGPM em cima do cobrador do pedágio, que representa 8, 9% do total desse pesa. Então aumenta 1% o pedágio. Mas aumentar 10, 20% de pedágio sobre estradas que estão construídas há 20, 30, 40, 50 anos, isso é um assalto. Quer dizer, alguém tem que ter sangue nas veias para ferver contra essa injustiça. Quer dizer, quem quiser pagar pedágio tem quem votar. Quem não quiser pagar pedágio de noite pode votar em mim que eu topo essa briga.

Pergunta da platéia: Como podemos confiar o governo do Estado mais importante do país baseado somente num plano de governo? Não podemos saber a sua história? Gostaria de saber por que a sua presença na Câmara dos Deputados em Brasília, enquanto deputado, foi quase nula? Estando presente quase nenhuma das sessões. Eu lembraria aqui que durante o seu mandato, como deputado federal, o senhor apresentou oito projetos e duas emendas à Constituição. Nenhuma das oito e dos dois projetos foi aprovado.

Paulo Maluf: Olha, como deputado eu não nego a ninguém, eu fui para Câmara como deputado federal mais votado da história do Brasil, pela aprovação que eu tive como governador. Quer dizer, a minha aprovação como governador não foi só o Datafolha, foi o povo de São Paulo. Segundo lugar, eu me lembro muito bem do falecido Tancredo Neves, quando disse que o pilar da democracia, os dois pilares eram Tancredo e o Paulo Maluf. Se eu, naquela ocasião, não tivesse sido duro, severo, e o ministro Delfim pode prestar o testemunho e quem pode prestar o testemunho é o Ministro, o Francisco Dornelles, que era sobrinho do Tancredo. Se eu não fosse duro e fosse até o fim, vinha um militar. Então Tancredo Neves venceu a eleição no colégio eleitoral porque eu não renunciei, eu não fiz acordo, eu não aceitei três ministérios ou cinco ministérios para fazer acordo com o outro grupo. Eu fui democraticamente para a briga, perdi e me recolhi. Então, como deputado eu tive presente sim. Tanto é que os demagogos fizeram uma ação em cima de mim no Tribunal Federal e perderam, fui absolvido. Fui o mais presente deputado, trabalhei sábados, domingos, feriados, visitei o país, dei entrevistas no Estado inteiro, no país inteiro. Trabalhei 18 horas por dia. Agora a mim me parece só que seria melhor deputado que se em vez de oito projetos de lei tivesse feito 80, para isso os assessores fazem, fui um bom homem público em Brasília e podem ter absoluta certeza, eu peço até que a Folha, por favor, amanhã procure o Ministro Francisco Dornelles que esteve durante todo aquele tempão ao lado de Tancredo, que era o seu sobrinho, perguntar qual foi a importância da ética do Paulo Maluf naquela disputa. Se eu não tivesse ética, Tancredo não seria presidente.

Pergunta da platéia: Gostaria de saber a sua opinião sobre estupro é a mesma. Se está com desejo sexual, tudo bem, estupra mas não mata.

Paulo Maluf: Quem me conhece sabe que eu tenho uma mulher casada há 47 anos, duas noras e duas filhas, portanto cinco adultas na família. E oito netas, sabe do respeito que eu tenho pela mulher. E foi expresso exatamente naquela conferência de Belo Horizonte, onde eu disse e confirmo como o estupro é um crime hediondo e que o estupro seguido de morte merece prisão perpétua. Agora, quando alguém desonesto corta um pedaço da frase e quer me atribuir um sentido diferente, não, eu amanhã, se depender de mim o estuprador que matou vai para a prisão perpétua sim. Eu respeito as mulheres, eu tenho oito netas, duas filhas, duas noras e minha mulher para...

Fernando Canzian: Estamos chegando ao fim da sabatina.

Paulo Maluf: Por fim pode ficar mais um pouco.

Fernando Canzian: Ontem a candidato Alckmin esteve aqui a gente citou uma frase que o colunista Zé Simão costuma dizer sobre ele que é picolé de chuchu light. O Zé Simão costuma dizer que o senhor não deveria ser um político, ser um humorista, deveria se candidatar para o "Zorra Total".

Paulo Maluf: Veja, esse complemento da Folha de S.Paulo, de que eu sou leitor diário, o Rogério escreveu no Painel, que a chapa do Alckmin é a chapa do chuchu com o jiló. O chuchu que não tem gosto e o jiló que ninguém gosta. Não foi isso que você escreveu? Você colocou lá. Você colocou lá. Você colocou lá com prazer. Eu quero dizer o seguinte, que eu, pessoalmente, eu acho que o homem público tem que ser respeitado, seja o Alckmin, seja o Lula, seja o Ciro, seja o Garotinho, seja o Serra, quer dizer, eu acho que, o jornalismo não deve tentar ter circulação de jornais ou audiência nas rádios e televisão com desrespeito. Esse desrespeito de chamar o Alckmin como picolé de chuchu light porque é frio, sem gosto, eu protesto com o com o Zé Simão, eu acho que ele não deveria fazer isso, eu respeito o Alckmin como adversário.

Fernando Canzian: E quanto ao senhor se candidatar a um humorista?

Paulo Maluf: Ele pode ter certeza, o Zé Simão, se eu for governador, ele vai ter certeza que São Paulo vai mudar para melhor. Vou ser o melhor governador desse Estado e ele não tenha nenhuma dúvida disso.

Fernando Canzian: Queria agradecer a presença de todos. (aplausos).

Fernando Canzian: E enfim, dizer que amanhã nós temos a última sabatina com o candidato José Genoino e vou entregar aqui as perguntas para o senhor responder via assessoria ou pessoalmente, obrigado.

Paulo Maluf: Muito obrigado a todos.

Leia mais:
  • Íntegra da sabatina com Paulo Maluf


  • Veja também: o especial Eleições 2002
     

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