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28/08/2002
-
19h05
da Folha Online
O PT vai mudar de estratégia na disputa pelo governo de São Paulo. A partir de agora, o partido terá um alvo claro: o governador Geraldo Alckmin (PSDB). "O Alckmin tem culpa no cartório. Ele fez um péssimo governo e nós vamos mostrar isso", diz o presidente do diretório regional do PT, Paulo Frateschi.
O objetivo é fazer com que o petista José Genoino, que está em terceiro lugar na disputa, tome a segunda posição de Alckmin. Os petistas avaliam que Paulo Maluf (PPB) já está garantido no segundo turno, restando apenas um vaga em disputa.
Em entrevista à Folha Online Frateschi confirmou que a escolha do tucano como alvo foi pragmática. "Ele é o governador e está em segundo lugar. Neste momento, portanto, ele é o nosso adversário natural". O partido vai apostar suas fichas no horário eleitoral para atingir o tucano.
A estratégia será tentar mostrar que o discurso de Alckmin "não corresponde à realidade". "Muitas vezes o governador cita números sobre segurança e tenta passar a impressão de que a situação está ótima. Parece que ele está falando de outro Estado ou de outro país", ataca o líder petista.
"Não é possível que apesar do desemprego e da insegurança, o Alckmin apareça na TV fazendo pose, como se não tivesse nada com isso". Frateschi diz que o horário político do partido vai ficar "mais apimentado" a partir da semana que vem.
O presidente do PT paulista diz que não haverá acusações de caráter pessoal. "Não faremos nenhuma ofensa pessoal, mas vamos mostrar com mais ênfase os problemas da atual administração. O Alckmin aparece na TV dizendo que está tudo uma maravilha, e isso não é verdade".
A equipe de marketing do partido também deve preparar peças destacando a atuação de Alckmin à frente do programa estadual de desestatização. A idéia é cobrar do governador a responsabilidade pelo resultado das privatizações do Banespa e de empresas estatais do setor elétrico.
"Ele aparece na TV dizendo que só está no governo há um ano e sete meses. Bobagem. Já estava lá desde o início do governo Covas, há quase oito anos. Isso será mostrado claramente para a população em nosso programa. Vamos marcar as diferenças", diz Frateschi.
A necessidade da mudança foi notada em trabalho da equipe de marketing com vários grupos de discussão. Os eleitores consultados avaliaram que os programas do PT e do PSDB estavam muito parecidos, fazendo apenas a apresentação de propostas. Os petistas acreditam que por meio dos ataques, vão conseguir se "diferenciar" dos tucanos.
Ataques mais pesados a Maluf, considerado "adversário histórico" do PT de São Paulo, por enquanto não serão tratados como prioridade. O pepebista só deve receber atenção especial em um eventual segundo turno.
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Veja também o especial Eleições 2002
PT vai atacar Alckmin para fazer Genoino "decolar" em São Paulo
FÁBIO PORTELAda Folha Online
O PT vai mudar de estratégia na disputa pelo governo de São Paulo. A partir de agora, o partido terá um alvo claro: o governador Geraldo Alckmin (PSDB). "O Alckmin tem culpa no cartório. Ele fez um péssimo governo e nós vamos mostrar isso", diz o presidente do diretório regional do PT, Paulo Frateschi.
O objetivo é fazer com que o petista José Genoino, que está em terceiro lugar na disputa, tome a segunda posição de Alckmin. Os petistas avaliam que Paulo Maluf (PPB) já está garantido no segundo turno, restando apenas um vaga em disputa.
Em entrevista à Folha Online Frateschi confirmou que a escolha do tucano como alvo foi pragmática. "Ele é o governador e está em segundo lugar. Neste momento, portanto, ele é o nosso adversário natural". O partido vai apostar suas fichas no horário eleitoral para atingir o tucano.
A estratégia será tentar mostrar que o discurso de Alckmin "não corresponde à realidade". "Muitas vezes o governador cita números sobre segurança e tenta passar a impressão de que a situação está ótima. Parece que ele está falando de outro Estado ou de outro país", ataca o líder petista.
"Não é possível que apesar do desemprego e da insegurança, o Alckmin apareça na TV fazendo pose, como se não tivesse nada com isso". Frateschi diz que o horário político do partido vai ficar "mais apimentado" a partir da semana que vem.
O presidente do PT paulista diz que não haverá acusações de caráter pessoal. "Não faremos nenhuma ofensa pessoal, mas vamos mostrar com mais ênfase os problemas da atual administração. O Alckmin aparece na TV dizendo que está tudo uma maravilha, e isso não é verdade".
A equipe de marketing do partido também deve preparar peças destacando a atuação de Alckmin à frente do programa estadual de desestatização. A idéia é cobrar do governador a responsabilidade pelo resultado das privatizações do Banespa e de empresas estatais do setor elétrico.
"Ele aparece na TV dizendo que só está no governo há um ano e sete meses. Bobagem. Já estava lá desde o início do governo Covas, há quase oito anos. Isso será mostrado claramente para a população em nosso programa. Vamos marcar as diferenças", diz Frateschi.
A necessidade da mudança foi notada em trabalho da equipe de marketing com vários grupos de discussão. Os eleitores consultados avaliaram que os programas do PT e do PSDB estavam muito parecidos, fazendo apenas a apresentação de propostas. Os petistas acreditam que por meio dos ataques, vão conseguir se "diferenciar" dos tucanos.
Ataques mais pesados a Maluf, considerado "adversário histórico" do PT de São Paulo, por enquanto não serão tratados como prioridade. O pepebista só deve receber atenção especial em um eventual segundo turno.
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