Publicidade
Publicidade
29/08/2002
-
10h20
da Folha de S.Paulo
O embaixador Richard Haass, diretor do Escritório de Planejamento de Políticas do Departamento de Estado dos EUA, crê que o Brasil (independentemente da orientação política de seu próximo presidente) deva ter uma participação mais ativa na resolução de problemas geopolíticos regionais, como os existentes na Colômbia e na Venezuela.
"Conversei com o governo brasileiro e disse que o país deve incentivar o diálogo entre Chávez e a oposição", afirmou Haass, referindo-se ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, em entrevista coletiva realizada ontem em São Paulo. "As diferenças têm de ser resolvidas constitucionalmente e pacificamente", salientou.
Para o embaixador, que escreveu vários livros sobre a política externa dos EUA, não há solução militar para a guerra civil colombiana. Contudo o "componente militar" é necessário para "proteger a população" e para pressionar os guerrilheiros, ainda segundo ele.
"Não falamos de enviar soldados brasileiros à Colômbia", ressaltou, acrescentando que o Brasil terá de contribuir para a resolução do conflito colombiano.
Quanto ao processo eleitoral brasileiro, Haass, que se encontrou com assessores dos três principais candidatos a presidente, foi diplomaticamente entusiasta e evasivo.
"É impressionante ver a democracia funcionando", disse em alusão à agitação política atual. Mas, quando questionado sobre as preferências de seu governo, sorriu e respondeu: "Não nasci ontem. Os EUA respeitarão a escolha dos brasileiros".
Reconhecendo que Washington ainda aplica restrições comerciais que dificultam o livre comércio -porém enfatizando que os EUA são o país mais aberto do planeta-, o embaixador defendeu a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e argumentou que a livre circulação de mercadorias deveria "beneficiar todos os países" do continente americano.
"Caberá ao governo de cada país estabelecer os mecanismos de segurança necessários para proteger as pessoas ou as empresas que puderem ser prejudicadas. Porém trata-se de uma época de excelentes oportunidades para o comércio", declarou Haass.
Veja também o especial Eleições 2002
Embaixador dos EUA pede mais ação do Brasil na América do Sul
MÁRCIO SENNE DE MORAESda Folha de S.Paulo
O embaixador Richard Haass, diretor do Escritório de Planejamento de Políticas do Departamento de Estado dos EUA, crê que o Brasil (independentemente da orientação política de seu próximo presidente) deva ter uma participação mais ativa na resolução de problemas geopolíticos regionais, como os existentes na Colômbia e na Venezuela.
"Conversei com o governo brasileiro e disse que o país deve incentivar o diálogo entre Chávez e a oposição", afirmou Haass, referindo-se ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, em entrevista coletiva realizada ontem em São Paulo. "As diferenças têm de ser resolvidas constitucionalmente e pacificamente", salientou.
Para o embaixador, que escreveu vários livros sobre a política externa dos EUA, não há solução militar para a guerra civil colombiana. Contudo o "componente militar" é necessário para "proteger a população" e para pressionar os guerrilheiros, ainda segundo ele.
"Não falamos de enviar soldados brasileiros à Colômbia", ressaltou, acrescentando que o Brasil terá de contribuir para a resolução do conflito colombiano.
Quanto ao processo eleitoral brasileiro, Haass, que se encontrou com assessores dos três principais candidatos a presidente, foi diplomaticamente entusiasta e evasivo.
"É impressionante ver a democracia funcionando", disse em alusão à agitação política atual. Mas, quando questionado sobre as preferências de seu governo, sorriu e respondeu: "Não nasci ontem. Os EUA respeitarão a escolha dos brasileiros".
Reconhecendo que Washington ainda aplica restrições comerciais que dificultam o livre comércio -porém enfatizando que os EUA são o país mais aberto do planeta-, o embaixador defendeu a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e argumentou que a livre circulação de mercadorias deveria "beneficiar todos os países" do continente americano.
"Caberá ao governo de cada país estabelecer os mecanismos de segurança necessários para proteger as pessoas ou as empresas que puderem ser prejudicadas. Porém trata-se de uma época de excelentes oportunidades para o comércio", declarou Haass.
Veja também o especial Eleições 2002
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice