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31/08/2002
-
15h44
da Folha Online
Morreu em São Paulo na madrugada deste sábado o presidente de honra do PPS, Salomão Malina. Aos 80 anos, ele estava com a saúde debilitada e vinha lutando contra o câncer.
Seu corpo está sendo velado na Assembléia Legislativa do Estado. O corpo deverá ser enterrado no domingo no Cemitério Israelita de São Paulo.
No próximo dia 2 de setembro ele receberia a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo. A solenidade ocorreria na Câmara Municipal.
Nos últimos tempos, apesar de enfrentar o câncer, Malina havia lançado o livro autobiográfico "O último secretário", em referência ao cargo de secretário-geral que ocupou no antigo PCB (Partido Socialista Brasileiro).
História
Malina era um dos últimos "comunistas históricos" do país. Ele militou no PCB ao lado de Luiz Carlos Prestes, quando o partido ainda estava na ilegalidade.
Ele também participou da 2ª Guerra Mundial e recebeu entre a Cruz de Combate de Primeira Classe, a maior condecoração de guerra do Exército brasileiro.
Em 1962, sofreu um acidente com uma granada e perdeu a mão direita. Na ocasião, ele estava testando explosivos que seriam usadas para proteger membros do PCB, que se preparavam para realizar um congresso clandestino.
No início dos anos 90, após a queda do Muro de Berlim, Malina comandou a cisão do PCB. Ele e o senador Roberto Freire, de Pernambuco, criaram então o PPS, Partido Popular Socialista, do qual ele se tornou presidente honorário.
Nos últimos tempos, ele vinha se posicionando favoravelmente à candidatura presidencial de Ciro Gomes, apesar de a disputa eleitoral ter atraído para junto do PPS nomes que sempre combateram a ideologia do antigo PCB, como o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), um dos maiores defensores do regime militar.
Morre o comunista Salomão Malina, presidente de honra do PPS
FÁBIO PORTELAda Folha Online
Morreu em São Paulo na madrugada deste sábado o presidente de honra do PPS, Salomão Malina. Aos 80 anos, ele estava com a saúde debilitada e vinha lutando contra o câncer.
Seu corpo está sendo velado na Assembléia Legislativa do Estado. O corpo deverá ser enterrado no domingo no Cemitério Israelita de São Paulo.
No próximo dia 2 de setembro ele receberia a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo. A solenidade ocorreria na Câmara Municipal.
Nos últimos tempos, apesar de enfrentar o câncer, Malina havia lançado o livro autobiográfico "O último secretário", em referência ao cargo de secretário-geral que ocupou no antigo PCB (Partido Socialista Brasileiro).
História
Malina era um dos últimos "comunistas históricos" do país. Ele militou no PCB ao lado de Luiz Carlos Prestes, quando o partido ainda estava na ilegalidade.
Ele também participou da 2ª Guerra Mundial e recebeu entre a Cruz de Combate de Primeira Classe, a maior condecoração de guerra do Exército brasileiro.
Em 1962, sofreu um acidente com uma granada e perdeu a mão direita. Na ocasião, ele estava testando explosivos que seriam usadas para proteger membros do PCB, que se preparavam para realizar um congresso clandestino.
No início dos anos 90, após a queda do Muro de Berlim, Malina comandou a cisão do PCB. Ele e o senador Roberto Freire, de Pernambuco, criaram então o PPS, Partido Popular Socialista, do qual ele se tornou presidente honorário.
Nos últimos tempos, ele vinha se posicionando favoravelmente à candidatura presidencial de Ciro Gomes, apesar de a disputa eleitoral ter atraído para junto do PPS nomes que sempre combateram a ideologia do antigo PCB, como o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), um dos maiores defensores do regime militar.
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