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Oposição inicia campanha por assinaturas para CPI mista dos cartões
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
A oposição definiu uma estratégia para contra-atacar a CPI dos Cartões Corporativos, protocolada ontem à noite no Senado, pelo líder do governo na casa, Romero Jucá (PMDB-RR). Juntos, DEM, PSDB, PSB, PV e PSOL designaram parlamentares que serão os responsáveis por obter o maior número possível de assinaturas para a instauração de uma CPI mista, reunindo deputados e senadores, no Congresso.
Para a instauração de uma CPI mista são necessárias 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores. A idéia dos oposicionistas é fechar os números até segunda-feira, quando os partidos farão reuniões.
"A iniciativa do governo não muda em nada a nossa intenção de investigar os cartões. O objetivo é aprofundar as investigações e garantir a participação da Câmara nas apurações", disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) --autor do requerimento da CPI mista.
Em busca de apoio pela CPI mista, os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e José Agripino Maia (DEM-RN), ambos líderes de seus partidos no Senado, encabeçam a campanha por assinaturas na Casa. Na Câmara, os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ), Luiz Erundina (PSB-SP), Júlio Delgado (PSB-MG), Raul Jungmann (PPS-PE) e Fernando Gabeira (PV-RJ) foram incumbidos de colher assinaturas.
Os oposicionistas querem protocolar o pedido de abertura de investigações, reunindo deputados e senadores, até a próxima quarta-feira. O objetivo, segundo eles, é mostrar que o esforço do governo é para evitar as investigações e impedir que mais dados sejam revelados à sociedade.
"Com uma CPI controlada pela base aliada não há aprovação de requerimentos que possam desagradar ao governo", disse Sampaio.
Investigação
De acordo com Sampaio, o requerimento da CPI mista tem fatos determinados definidos: a investigação realizada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) no uso de cartões e o episódio envolvendo a ex-ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) --acusada de gastar R$ 171 mil com o cartão.
Para o deputado, a CPI do Senado, defendida por Jucá e governistas, tem "uma falha grave". Segundo Sampaio, o requerimento não aponta um fato determinado, o que é exigido para instauração de comissões parlamentares de inquérito. "Investigar os últimos dez anos, incluindo cheques e cartões corporativos, mas não trata de um fato determinado. Isso pode ser questionado", disse.
A CPI do Senado, apoiada pelos governistas, estabelece que as investigações devem ser feitas a partir de 1998, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, até 2008.
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Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
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Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
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