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03/09/2002
-
15h59
da Folha Online
O candidato à Presidência Anthony Garotinho (PSB), que participou hoje do plebiscito sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) na estação Barra Funda do Metrô, em São Paulo, criticou adversários, a imprensa e o acordo, previsto para ser implementado em 2005.
"A Alca é péssima para o Brasil", disse Garotinho, que, acompanhado da filha Clarissa, votou "não" às três perguntas formuladas na cédula, que eram "O governo brasileiro deve assinar o tratado da Alca?", "O governo brasileiro deve continuar participando das negociações da Alca?" e "O governo brasileiro deve entregar uma parte de nosso território _a Base de Alcântara_ para controle militar dos EUA?"
O "não" às negociações da Alca se choca com opinião mais moderada do candidato emitida anteriormente. Garotinho dizia que a Alca, nas bases em que estava colocada, era ruim para o Brasil, mas não excluía sua negociação.
Debate
Ao comentar o debate promovido ontem pela Record, Garotinho avaliou que eventos como aquele são "benéficos" e disparou sua primeira crítica a José Serra (PSDB).
"Os debates servem para mostrar como o Serra faltou com a verdade com os outdoors que espalhou pelo Brasil [referência à alegação de que o tucano teria criado o seguro-desemprego e os genéricos, presente em suas peças publicitárias] e como é o candidato dos bancos. Servem também para eu falar o que vocês não permitem que eu diga", disse ele, criticando a imprensa por "editar" o que ele diz e só usar o que interessa.
Em seguida, Garotinho ironizou a briga de Serra e de Ciro Gomes (PSB). "Isso é problema deles, eu apenas fiz questão de mostrar ao candidato do governo que ele tem de se portar como tal", afirmou o pessebista.
Questionado sobre o que achava da disputa entre os dois, o candidato foi novamente ácido. "Acho que os dois têm razão sobre o que dizem um do outro." Ciro já chamou Serra de "covarde", enquanto o tucano chamou o pepessista de "mentiroso".
O presidenciável do PT também não escapou. Segundo Garotinho, "Lula está fugindo do debate".
"Tem coisas que ele não tem como explicar, como o apoio do Sarney e o tratamento que ele vem recebendo da Fiesp e dos banqueiros. Ele vai no Amapá e mete o pau na oligarquia que tem lá para depois receber o Sarney, que é da oligarquia que controla o Maranhão. Oligarquia boa é só a que apóia o PT?", concluiu o candidato antes de deixar a estação Barra Funda com direção ao aeroporto de Congonhas, de onde se dirigirá ao Rio de Janeiro.
Antes de ir embora em um Jeep Cherokee preto com o adesivo "Deus é maior", Garotinho, que vinha recebendo o apoio das pessoas que encontrava no caminho, ouviu de um vendedor ambulante, gritando: "Quando você chegar lá você não vai roubar?". Sem graça, o candidato deu passagem a sua filha, entrou no carro depois dela e saiu sem responder.
Leia mais:
Troca de ofensas entre Ciro e Serra domina debate na Record
Veja também o especial Eleições 2002
Garotinho vota contra a Alca, critica acordo e acusa adversários
GUSTAVO HENRIQUE RUFFOda Folha Online
O candidato à Presidência Anthony Garotinho (PSB), que participou hoje do plebiscito sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) na estação Barra Funda do Metrô, em São Paulo, criticou adversários, a imprensa e o acordo, previsto para ser implementado em 2005.
"A Alca é péssima para o Brasil", disse Garotinho, que, acompanhado da filha Clarissa, votou "não" às três perguntas formuladas na cédula, que eram "O governo brasileiro deve assinar o tratado da Alca?", "O governo brasileiro deve continuar participando das negociações da Alca?" e "O governo brasileiro deve entregar uma parte de nosso território _a Base de Alcântara_ para controle militar dos EUA?"
O "não" às negociações da Alca se choca com opinião mais moderada do candidato emitida anteriormente. Garotinho dizia que a Alca, nas bases em que estava colocada, era ruim para o Brasil, mas não excluía sua negociação.
Debate
Ao comentar o debate promovido ontem pela Record, Garotinho avaliou que eventos como aquele são "benéficos" e disparou sua primeira crítica a José Serra (PSDB).
"Os debates servem para mostrar como o Serra faltou com a verdade com os outdoors que espalhou pelo Brasil [referência à alegação de que o tucano teria criado o seguro-desemprego e os genéricos, presente em suas peças publicitárias] e como é o candidato dos bancos. Servem também para eu falar o que vocês não permitem que eu diga", disse ele, criticando a imprensa por "editar" o que ele diz e só usar o que interessa.
Em seguida, Garotinho ironizou a briga de Serra e de Ciro Gomes (PSB). "Isso é problema deles, eu apenas fiz questão de mostrar ao candidato do governo que ele tem de se portar como tal", afirmou o pessebista.
Questionado sobre o que achava da disputa entre os dois, o candidato foi novamente ácido. "Acho que os dois têm razão sobre o que dizem um do outro." Ciro já chamou Serra de "covarde", enquanto o tucano chamou o pepessista de "mentiroso".
O presidenciável do PT também não escapou. Segundo Garotinho, "Lula está fugindo do debate".
"Tem coisas que ele não tem como explicar, como o apoio do Sarney e o tratamento que ele vem recebendo da Fiesp e dos banqueiros. Ele vai no Amapá e mete o pau na oligarquia que tem lá para depois receber o Sarney, que é da oligarquia que controla o Maranhão. Oligarquia boa é só a que apóia o PT?", concluiu o candidato antes de deixar a estação Barra Funda com direção ao aeroporto de Congonhas, de onde se dirigirá ao Rio de Janeiro.
Antes de ir embora em um Jeep Cherokee preto com o adesivo "Deus é maior", Garotinho, que vinha recebendo o apoio das pessoas que encontrava no caminho, ouviu de um vendedor ambulante, gritando: "Quando você chegar lá você não vai roubar?". Sem graça, o candidato deu passagem a sua filha, entrou no carro depois dela e saiu sem responder.
Leia mais:
Veja também o especial Eleições 2002
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