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14/02/2008 - 10h00

Henrique Pizzolato depõe à Justiça no Rio sobre caso mensalão

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da Folha Online

O juiz Marcello Ferreira de Souza Granado, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, vai ouvir nesta quinta-feira, a partir das 13h30, o depoimento do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.

Ele é réu no processo do mensalão --esquema denunciado pela Procuradoria-Geral da República que financiava parlamentares do PT e da base aliada em troca de apoio político.

Pizzolato foi acusado pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O STF (Supremo Tribunal Federal) acatou a denúncia contra todos os 40 acusados pelo procurador-geral Antonio Fernando de Souza de envolvimento com o esquema.

Entre eles estão os ex-ministros José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Comunicação do Governo) e Anderson Adauto (Transportes), o empresário Marcos Valério, e os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP).

A Justiça já tomou o depoimento de 23 réus no processo: Pedro Corrêa (PP-PE), João Paulo Cunha, José Genoino, Pedro Henry (PP-MT), Valdemar da Costa Neto (PR-SP), Paulo Rocha (PT-PA), Duda Mendonça, Zilmar Fernandes, José Luiz Alves, Geiza Dias, Anderson Adauto, João Magno (PT-MG), Breno Fischberg, Delúbio Soares, José Dirceu, Enivaldo Quadrado, Emerson Eloy Palmieri, Kátia Rabello, Vinicius Samarane, Carlos Alberto Quaglia, Marcos Valério, Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Bispo Rodrigues.

Depoimento

Em depoimento ontem à Justiça Federal do Rio, o ex-deputado Bispo Rodrigues (RJ), na época do PL, negou a existência do esquema do mensalão e afirmou ter deixado a vida pública.

"A vida de um parlamentar é muito ruim, um sacrifício. Chega de manhã e sai à noite. Se você vai a um casamento, tem que abraçar 100 pessoas que você não conhece. Se você está em casa com a família, tem que atender a um pedido político ou até mesmo ir a um enterro de eleitor. É um sacrifício pessoal", afirmou.

Ao negar a existência do esquema, Bispo Rodrigues afirmou que o PL sempre votou contra o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, junto com o PT, e que não teria lógica o partido receber dinheiro para votar a favor dos projetos do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele reconheceu ter recebido dinheiro do PT, mas afirmou que a verba era referente à dívida de campanha do presidente Lula em 2002. Bispo Rodrigues disse que apoiou Lula no segundo turno da eleição e que o PL bancou as despesas de campanha no Rio de Janeiro. A dívida, no entanto, segundo ele, só teria sido paga um ano depois da campanha.

O ex-deputado, no entanto, não soube precisar o valor recebido pelo PT, mas, segundo o processo, seria R$ 150 mil. "Nunca imaginei que o dinheiro do PT tivesse origem nebulosa. O PT era o guardião da ética, e da probidade no meio político. O PT sempre fez discursos de que tudo que fazia era correto. Até hoje não entendo essa fonte [do dinheiro]", afirmou.

Ele ainda negou conhecer o empresário Marcos Valério e afirmou que nunca tinha ouvido falar dele antes do escândalo.

Comentários dos leitores
Francisco Silva (358) 20/01/2010 18h45
Francisco Silva (358) 20/01/2010 18h45
Rui,
Mau Político é um Pleonasmo Vicioso. Algo como subir para cima, entrar para dentro ou sair para fora...
sem opinião
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Rui Ruz Caputi Caputi (1912) 19/01/2010 16h41
Rui Ruz Caputi Caputi (1912) 19/01/2010 16h41
Nossos maus politicos são como animais carniceiros comendo nossa carcaça, enquanto não restarem apenas nossos ossos não largarão a mamata. 2 opiniões
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Francisco Silva (358) 19/01/2010 14h19
Francisco Silva (358) 19/01/2010 14h19
Não vi na notícia do mensalão referência ao Gov. José Serra, mas sim ao PT, ao José DIRCEU, Luiz Gushiken, etc.
Eu vejo os desesperados PeTófilos quererem associar tudo de ruim ao nome de Serra, das chuvas (o dobro da média para o período) às mortes pelas chuvas (muito menos do que no Rio de Janeiro - Angra dos Reis e Ilha grande, cidades e estado governados pelo PMDB, aliados do PT), à enchente no Jardim Pantanal, instalado lá há quase 40 anos, ou seja passou por Abreu Sodré, Maluf, Pitta, Jânio, Erundina, Marta, Serra e Kassab (não nesta ordem), em área de invasão, notadamente em cota mais baixa que o rio Tietê. Agora a culpa é do Serra...
Daqui mais um pouco vamos ler comentários afirmando que o terremoto no Haiti foi culpa do Serra...
É cômico o desespero desse pessoal.
10 opiniões
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