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07/09/2002
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09h54
O presidente Fernando Henrique Cardoso vai aproveitar o coquetel que oferece hoje aos oficiais das Forças Armadas, logo após o desfile de Sete de Setembro, para mais uma vez pedir a compreensão dos militares em relação aos cortes de verbas.
FHC dirá aos oficiais que a pequena margem de manobra do governo no Orçamento limita sua ação e deixa pouca opção ao contingenciamento de verbas.
Além de prestigiar os militares no coquetel, ele vai lembrar que, apesar do corte de cerca de R$ 3 bilhões no Orçamento deste ano das Forças Armadas, o governo iniciou o programa FX, que vai reaparelhar a Força Aérea Brasileira com novos caças, no valor de US$ 700 milhões, e também começou a operar o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia).
Não será a primeira vez que FHC reconhece as dificuldades que têm sido impostas às Forças Armadas. No início de agosto, na apresentação dos oficiais-generais, no Planalto, FHC disse que "como presidente, naturalmente, tenho consciência -e como dói- das dificuldades que tudo isso acarreta a todos nós e às Forças Armadas, em particular".
Segundo o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, por ser o último Sete de Setembro como presidente da República, FHC decidiu oferecer um coquetel em homenagem às Forças.
Porém, o objetivo do evento é conter a insatisfação dos oficiais com a redução da verba, que já causou a dispensa antecipada de 44 mil recrutas, horário de expediente reduzido, suspensão da manutenção de equipamentos e atraso em investimentos.
O coquetel custará R$ 8.000 e, de acordo com o cerimonial da Presidência, será apenas um "vinho de honra", que contará com a presença de cerca de 300 convidados, entre ministros, embaixadores e representantes do Judiciário.
Outro assunto que permeará o coquetel será a sucessão presidencial. A aproximação de oficiais de alta patente da reserva, com bom trânsito entre integrantes da ativa, à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem causado certo receio em setores do governo.
FHC e integrantes do governo que estarão no coquetel vão reiterar aos oficiais que as dificuldades orçamentárias são momentâneas. Também pretendem dissipar possíveis temores de que em um eventual governo de José Serra os militares seriam desprestigiados.
O desfile será enxuto e pela primeira vez em muitos anos não terá a presença dos caças Mirage da FAB. Em 2001, 20 aeronaves participaram do desfile. Em 2000, foram 33 aviões. O efetivo previsto para o evento é de 4.750 militares e de 240 veículos.
FHC aproveita Sete de Setembro para explicar corte de verbas
da Folha de S.Paulo, em BrasíliaO presidente Fernando Henrique Cardoso vai aproveitar o coquetel que oferece hoje aos oficiais das Forças Armadas, logo após o desfile de Sete de Setembro, para mais uma vez pedir a compreensão dos militares em relação aos cortes de verbas.
FHC dirá aos oficiais que a pequena margem de manobra do governo no Orçamento limita sua ação e deixa pouca opção ao contingenciamento de verbas.
Além de prestigiar os militares no coquetel, ele vai lembrar que, apesar do corte de cerca de R$ 3 bilhões no Orçamento deste ano das Forças Armadas, o governo iniciou o programa FX, que vai reaparelhar a Força Aérea Brasileira com novos caças, no valor de US$ 700 milhões, e também começou a operar o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia).
Não será a primeira vez que FHC reconhece as dificuldades que têm sido impostas às Forças Armadas. No início de agosto, na apresentação dos oficiais-generais, no Planalto, FHC disse que "como presidente, naturalmente, tenho consciência -e como dói- das dificuldades que tudo isso acarreta a todos nós e às Forças Armadas, em particular".
Segundo o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, por ser o último Sete de Setembro como presidente da República, FHC decidiu oferecer um coquetel em homenagem às Forças.
Porém, o objetivo do evento é conter a insatisfação dos oficiais com a redução da verba, que já causou a dispensa antecipada de 44 mil recrutas, horário de expediente reduzido, suspensão da manutenção de equipamentos e atraso em investimentos.
O coquetel custará R$ 8.000 e, de acordo com o cerimonial da Presidência, será apenas um "vinho de honra", que contará com a presença de cerca de 300 convidados, entre ministros, embaixadores e representantes do Judiciário.
Outro assunto que permeará o coquetel será a sucessão presidencial. A aproximação de oficiais de alta patente da reserva, com bom trânsito entre integrantes da ativa, à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem causado certo receio em setores do governo.
FHC e integrantes do governo que estarão no coquetel vão reiterar aos oficiais que as dificuldades orçamentárias são momentâneas. Também pretendem dissipar possíveis temores de que em um eventual governo de José Serra os militares seriam desprestigiados.
O desfile será enxuto e pela primeira vez em muitos anos não terá a presença dos caças Mirage da FAB. Em 2001, 20 aeronaves participaram do desfile. Em 2000, foram 33 aviões. O efetivo previsto para o evento é de 4.750 militares e de 240 veículos.
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