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07/09/2002
-
14h30
Em meio à insatisfação com os cortes orçamentários do atual governo, as Forças Armadas saem hoje às ruas para comemorar a Independência com um olho nas eleições que ocorrem em 29 dias.
É das urnas que vem a maior esperança de reaver as verbas que perderam, já que os quatro principais candidatos à Presidência são uníssonos ao acenar com melhores dias para o caixa militar.
A Folha enviou questionários para inquirir os quatro presidenciáveis sobre seus planos para as Forças Armadas.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Anthony Garotinho (PSB) criticam o orçamento atual para o setor. O programa de Ciro Gomes (PPS) fala em rever a atual situação. José Serra (PSDB) diz que, "com toda certeza", novos investimentos na área serão possíveis a partir do crescimento da economia e da arrecadação do governo.
Afora a promessa de mais dinheiro para as Forças Armadas, todos os quatro falam em ter como prioridade a defesa do território nacional, mas nenhum entra em detalhes sobre para onde iriam as eventuais novas verbas.
Os quatro candidatos também coincidiram sobre o futuro do Ministério da Defesa, criação de Fernando Henrique Cardoso. Todos se dizem favoráveis à sua manutenção; Lula e Garotinho sinalizam com uma maior integração entre civis e militares.
Todos, também, posicionam-se favoravelmente ao Sivam, com diferentes graus de adesão à idéia.
As concordâncias, de qualquer forma, acabam aí.
Por um lado, Serra e Garotinho se dizem favoráveis ao serviço militar obrigatório. "É importante para a democracia que toda a cidadania tenha um compromisso com a defesa nacional", diz Serra. Já Lula fala em substituir o serviço militar, após a profissionalização das Forças Armadas, por um "serviço civil voluntário". Ciro é contrário à obrigação.
Há dissenso, também, em relação ao uso das Forças Armadas contra o crime organizado. O programa de Lula é assertivamente contra a participação militar no assunto, a não ser para dar apoio logístico e sustentação às polícias estaduais. Para Ciro, "o Exército é para inimigos externos".
Já Serra defende uma reflexão sobre o assunto, argumentando que "o narcotráfico e a defesa do meio ambiente fazem parte hoje das preocupações estratégicas dos militares americanos". Já Garotinho diz ser contra atribuir funções policiais às Forças Armadas, mas ressalta que a "questão fronteiriça terá de ser enfrentada por medidas de natureza tanto policial como militar".
Serra e Garotinho são favoráveis ao submarino nuclear da Marinha. Os programas de Lula e Ciro não têm posição sobre o assunto.
Veja também o especial Eleições 2002
Candidatos querem mais verbas para Forças Armadas
da Folha de S.PauloEm meio à insatisfação com os cortes orçamentários do atual governo, as Forças Armadas saem hoje às ruas para comemorar a Independência com um olho nas eleições que ocorrem em 29 dias.
É das urnas que vem a maior esperança de reaver as verbas que perderam, já que os quatro principais candidatos à Presidência são uníssonos ao acenar com melhores dias para o caixa militar.
A Folha enviou questionários para inquirir os quatro presidenciáveis sobre seus planos para as Forças Armadas.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Anthony Garotinho (PSB) criticam o orçamento atual para o setor. O programa de Ciro Gomes (PPS) fala em rever a atual situação. José Serra (PSDB) diz que, "com toda certeza", novos investimentos na área serão possíveis a partir do crescimento da economia e da arrecadação do governo.
Afora a promessa de mais dinheiro para as Forças Armadas, todos os quatro falam em ter como prioridade a defesa do território nacional, mas nenhum entra em detalhes sobre para onde iriam as eventuais novas verbas.
Os quatro candidatos também coincidiram sobre o futuro do Ministério da Defesa, criação de Fernando Henrique Cardoso. Todos se dizem favoráveis à sua manutenção; Lula e Garotinho sinalizam com uma maior integração entre civis e militares.
Todos, também, posicionam-se favoravelmente ao Sivam, com diferentes graus de adesão à idéia.
As concordâncias, de qualquer forma, acabam aí.
Por um lado, Serra e Garotinho se dizem favoráveis ao serviço militar obrigatório. "É importante para a democracia que toda a cidadania tenha um compromisso com a defesa nacional", diz Serra. Já Lula fala em substituir o serviço militar, após a profissionalização das Forças Armadas, por um "serviço civil voluntário". Ciro é contrário à obrigação.
Há dissenso, também, em relação ao uso das Forças Armadas contra o crime organizado. O programa de Lula é assertivamente contra a participação militar no assunto, a não ser para dar apoio logístico e sustentação às polícias estaduais. Para Ciro, "o Exército é para inimigos externos".
Já Serra defende uma reflexão sobre o assunto, argumentando que "o narcotráfico e a defesa do meio ambiente fazem parte hoje das preocupações estratégicas dos militares americanos". Já Garotinho diz ser contra atribuir funções policiais às Forças Armadas, mas ressalta que a "questão fronteiriça terá de ser enfrentada por medidas de natureza tanto policial como militar".
Serra e Garotinho são favoráveis ao submarino nuclear da Marinha. Os programas de Lula e Ciro não têm posição sobre o assunto.
Veja também o especial Eleições 2002
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