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Madeireiros fecham rodovia e entram em confronto com PM no Pará
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JOSÉ EDUARDO RONDON
da Agência Folha
Madeireiros e policiais militares entraram em confronto hoje no município de Tailândia, no sudeste do Pará, durante série de protestos contra uma operação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para a apreensão de madeira ilegal na região.
O conflito ocorreu perto de uma ponte da rodovia PA-150, que foi interditada pelos manifestantes com pneus e toras de madeira. Cerca de 1.000 pessoas participaram do protesto na rodovia, segundo a Secretaria da Segurança Pública do Pará. A PM foi deslocada para o local.
"A tropa de choque foi agredida com pedras e revidou com munição de borracha", disse o tenente-coronel Luís Barbosa, da Polícia Militar do Pará. Segundo ele, até as 17h não havia informações sobre feridos. Ninguém foi preso.
Barbosa disse que, com a interdição da ponte na rodovia, a cidade está "isolada". "Eles colocaram toras de madeira e pneus e atearam fogo. A cidade está isolada. Ninguém consegue entrar nem sair", afirmou o tenente-coronel.
Além da interdição da rodovia, os madeireiros e parte da população realizaram outras manifestações na cidade.
Uma equipe de seis fiscais dos governos federal e estadual foi retida em uma serraria pela manhã. O Ibama, em nota, afirmou que cerca de 2.000 pessoas impediram que o grupo saísse do local.
A equipe deixou a serraria, pelos fundos, após a chegada da Polícia Militar. O Ibama informou que houve tiros no local. A informação não foi confirmada pela PM.
Parte do grupo que estava em frente à serraria tentou invadir o local para atear fogo a um caminhão que retirava madeira apreendida na operação.
Os fiscais davam continuidade à Operação Guardiões da Amazônia, iniciada na semana passada na região. Desde então, 13 mil metros cúbicos de madeira foram apreendidos. Em torno de R$ 1,5 milhão foram aplicados em multas.
A Secretaria de Meio Ambiente do Pará disse, via assessoria de imprensa, que os madeireiros querem, com os protestos, impedir que a madeira apreendida seja retirada do município. A reportagem não conseguiu contato com representantes dos madeireiros.
A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), disse à Folha que o governo irá manter a retirada da madeira ilegal apreendida no município. "Pode demorar 15, 40, 60 dias, mas vamos retirar." Segundo ela, as ações dos madeireiros "não irão intimidar o governo".
Aulas suspensas
Com os protestos dos madeireiros, as aulas foram suspensas na rede municipal, informou a secretária da Educação de Tailândia, Silvana Vieira.
A Secretaria da Segurança Pública do Pará disse que foi enviado reforço de policiamento para a cidade na manhã de hoje em razão dos protestos. O número de policiais enviado não foi divulgado pela pasta por questões de segurança.
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Assim, não se vai a lugar,algum.
Enquanto o Governo,tratar o assunto, de forma "política, para o Inglês, ver",não passaremos do desmatamento desordenado, e exploração dos recursos,concentração de rendas, etc...,ficará por aí.
A Amazônia e seu processo de desmatamento,requer, a meu ver, a constituição de uma COMISSÃO de notáveis, nas areas de infraestrutura,energia,agricultura,recursos naturais,engenharia de obras,e desenvolvimento sustentável,urbanismo e implantação de cidades e PESSOAS.
Estes, selecionados , reunidos e remunerados, para tal, elaborariam um PROJETO COMPLETO, incluindo o Gerenciamento do mesmo - um plano Marshall Tupiniquim - para Desenvolvimento, da região de abrangência, integrado, a fim de ocupação racional, autosustentável e harmonico.
" FOCO e Desenvolvimento TOTAL "
Teriamos aí, sim o maior PAC , do MUNDO , por 20 anos, futuros.
Até que poderia ocorrer,por osmose, o envolvimento
dos países vizinhos, que margeiam o rio Amazonas.
Dinheiro, pelo visto, não FALTA.Basta organizar e mandar " BALA ".
Aposto neste MEGA PROJETO, como Vitorioso.
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Existem diversas areas desmatadas que agora estão com pastagem degradada.
Grande parte dos ruralistas querem mesmo é vender madeira e lucrar muito. Depois vendem a terra aos pequenos produtores rurais (isto aconteceu e acontece em todo o Brasil).
Outra coisa, se o solo da amazonia não mudou, quando desmatarem aquilo-lá, vai tudo virar deserto.
O solo dos EUA e EUROPA é diferente daqui, possui quantidade de argila diferente e capacidade de armazenamento de água diferente, não dá para comparar.
Decisão técnica e não política.
Muitas ONGs são honestas mais que os políticos de plantão.
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