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10/09/2002 - 21h40

Lula lembra 11 de setembro e volta às origens para criticar economia

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, abriu o programa eleitoral desta noite homenageando as vítimas do World Trade Center, que morreram no atentado terrorista cometido em 11 de setembro do ano passado. Amanhã, faz um ano que os Estados Unidos sofreram os atentados terroristas.

O programa também homenageou todas as vítimas das guerras e violência. A homenagem foi motivada pelo aniversário de um ano de morte do prefeito de Campinas, Toninho do PT, completado hoje. Ao som da música "A Paz", de Gilberto Gil, o programa mostrou imagens de líderes pacifistas como Nelson Mandella, Martin Luther King, Madre Teresa de Calcutá, John Lennon e Chico Mendes.

Também foi mostrada a imagem dos prefeitos assassinados Toninho do PT (Campinas) e Celso Daniel (Santo André), vítimas da violência. "Diga não à violência. Diga sim à paz", concluia uma narração.

No programa de hoje, Lula voltou às suas origens _metalúrgico da indústria automobilística, que despontou para a vida política depois de liderar as grandes greves do final dos anos 70_, e de dentro da linha de produção da Volkswagen mostrou uma fábrica parada. "Hoje é sexta-feira. São 10h da manhã. A fábrica está parada. A mesma linha de produção que antes funcionava noite e dia e não dava conta do trabalho, hoje funciona só quatro dias por semana."

Lula responsabiliza a crise da indústria automotiva ao que está "acontecendo lá fora". Segundo ele, existem 150 mil carros em estoque, reflexo da crise econômica, da queda na venda de veículos. "O empregado de hoje pode ser o desempregado de amanhã", sentencia Lula em seu programa.

O programa do PT contou a história do metalúrgico desempregado José Francisco da Silva, mais uma vítima da política econômica atual, que provocou a redução da venda de veículos e acabou desacelerando a produção de automóveis e demitindo trabalhadores.

Lula também aproveita o programa para explicar como a indústria automotiva é afetada pela atual política econômica, que diminui o crédito em circulação e aumenta as incertezas dos consumidores, que preferem adiar suas compras, temendo um futuro sem emprego.

Para finalizar e mostrar que nem tudo está perdido, Lula cita o exemplo do presidente do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, candidato a vice-governador pelo PT de São Paulo, que negociou no final do ano passado um acordo que garantiu o emprego dos funcionários da Volkswagen por cinco anos.

Além de garantir os empregos da fábrica de São Bernardo, no ABC paulista, a primeira montadora do país, Marinho conseguiu modernizar a planta que era chamada de a mais "obsoleta do mundo" e evitou a demissão de 3.000 trabalhadores num acordo fechado com a direção mundial da Volkswagen, na Alemanha.

Segundo Lula, exemplos como esse, da aliança entre trabalhadores e empresários, podem vencer o círculo vicioso que provoca desemprego e reduz a atividade da indústria brasileira. Lula disse que empresa e trabalhador têm de se entender. "É assim que pretendo governar o Brasil."

Leia mais no especial Eleições 2002
 

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