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03/08/2000 - 03h03

Nota de apoio a FHC é de empresários ligados ao Planalto

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DANIELA NAHASS, da Folha de S.Paulo

A nota de apoio do empresariado brasileiro ao presidente Fernando Henrique Cardoso divulgada anteontem foi articulada por um grupo de empresários ligados ao Palácio do Planalto.

Eles estariam preocupados com os rumores no mercado internacional sobre a estabilidade da economia do país.

Um empresário, que preferiu não se identificar, disse que investidores estrangeiros estariam preocupados com os rumos da economia brasileira depois da divulgação das denúncias envolvendo o ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira na construção do Fórum Trabalhista de São Paulo, obra superfaturada do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo.

A pressa levou esse grupo a incluir nomes de empresários que não assinaram a nota, como o presidente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), Clésio Andrade.

Ontem o empresário divulgou uma nota negando sua assinatura no "Manifesto à nação", publicado nos jornais.

O presidente da CNT afirmou que não discorda do conteúdo da nota, mas da forma "afobada" como ela foi divulgada.

"A nota foi feita às pressas e acabou dividindo o empresariado. O tiro saiu pela culatra", afirmou Andrade.

Na nota, os empresários dizem que "o presidente Fernando Henrique Cardoso é um político forjado na resistência ao autoritarismo" e que "um presidente com esse perfil, que conquistou o respeito em todo o mundo, elevando a imagem do nosso país no cenário internacional, merece a confiança e o respeito de todos."

Clésio Andrade disse que recebeu por fax a primeira cópia do documento às 11h30 da manhã de anteontem. Como a cópia não estava clara, ele pediu um novo fax que só chegou às 14h30.

"Falei com eles (os organizadores) que teria de conversar com meus companheiros antes de assinar a nota e não dei resposta. Fui surpreendido com a publicação do meu nome", afirmou o presidente da CNT.

Andrade disse que apóia o presidente Fernando Henrique Cardoso e o seu governo e que não vê motivos para a divulgação de um manifesto de apoio porque até agora não ficou provada a participação do presidente em nenhum ato de corrupção dentro do governo.

"A CNT não precisa de notas oficiais para manifestar seu apoio ao programa de estabilidade econômica e ao governo. A CNT não aceita notas pré-redigidas e ao receber o documento optou pela cautela", diz a nota da entidade.

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