Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/09/2002 - 12h31

Serra diz que investigação do MP faz parte de "jogada eleitoral"

ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio

O presidenciável José Serra (PSDB) tentou desqualificar hoje algumas acusações levantadas contra ele neste final de semana dizendo que está sendo vítima de uma "jogada eleitoral" que tem como objetivo abalar sua candidatura.

A maior parte das críticas feitas por Serra teve como alvo o procurador da República Luiz Francisco de Souza, que promete entrar ainda hoje com uma ação de improbidade administrativa contra pessoas ligadas ao tucano.

Segundo Serra, a investigação de Luiz Francisco não pode ser levada a sério. "Esse procurador é ligado ao PT, é militante do PT e agora está fazendo jogada eleitoral. Ele é uma pessoa parcial em seu trabalho".

Luiz Francisco investiga denúncia contra Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra, e Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do banco do Brasil que já trabalhou como arrecadador de dinheiro para várias campanhas do PSDB.

Segundo o procurador, há suspeitas de que Oliveira tenha usado sua influência no Banco do Brasil realizando operações "heterodoxas" para beneficiar Marin, que em 95 teria obtido desconto de R$ 75 milhões em sua dívidas com a instituição.

Imposto de Renda
Serra também foi acusado neta semana de vender um imóvel localizado no Morumbi, bairro nobre de São Paulo, por um preço abaixo do valor de mercado para pagar menos impostos à Receita Federal.

"Sobre as declarações de imposto de renda, não há rigorosamente nada. Se isso continuar sendo divulgado, nós vamos processar. Eu me admiro que isso não seja claramente percebido", disse o tucano.

José Serra também afirmou que não irá fazer nenhum tipo de retificação nas suas declarações de IR. "Meu imposto de renda foi aprovado e não há incorreção alguma de natureza alguma."

ACM e o painel
O procurador Luiz francisco de Souza, que promete entrar com a ação de improbidade administrativa contra Oliveira e Preciado, é um dos mais polêmicos membros do Ministério Público Federal.

Apesar de trabalhar no serviço público, ele já foi militante do PT e chegou a ser filiado ao partido durante cerca de oito anos.

No ano passado, gravou uma conversa que teve com o ex-senador Antonio Carlos Magalhães sobre a violação do sigilo do painel do Senado Federal. O episódio resultou na renúncia de ACM.

Veja também o especial Eleições 2002
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade