Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/09/2002 - 18h02

Serra rebate acusação e diz que procurador foi filiado ao PT

EDUARDO CUCOLO
da Folha Online

O candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) colocou hoje sob suspeita a atuação do procurador Luiz Francisco de Souza, por ter sido filiado ao PT durante quatro anos. O procurador apresenta amanhã denúncia à 1ª Vara da Justiça Federal contra pessoas ligadas a Serra.

"Meu Imposto de Renda foi aprovado, não há problema algum. Isso é apenas um rumor eleitoral para beneficiar o candidato do PT. Luiz Francisco é um militante que foi durante quatro anos filiado de carteirinha. É parcial no seu trabalho e admiro que se dê credibilidade a isso", afirmou o tucano na chegada em São Paulo.

Ontem, Serra já havia afirmado que o PT estava "requentando acusações" contra ele e estava orientando Luiz Francisco a apresentar a denúncia. No sábado (14), a Folha publicou reportagem que mostra que o tucano omitiu em suas declarações à Justiça Eleitoral de 1994, 1996 e 2002 a propriedade de uma empresa.

Luiz Francisco pretende denunciar os empresários Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha do tucano em 1994 e ex-diretor do Banco do Brasil -acusado de cobrar propina durante o processo de privatização da companhia Vale do Rio Doce-, e Gregório Marin Preciado, marido de uma prima de Serra, que teria sido beneficiado na renegociação de uma dívida com o BB, intermediada por Ricardo Sérgio.

Comunidade judaica
O presidenciável do PSDB visitou hoje a comunidade judaica do Rio de Janeiro pela manhã e participa neste momento das comemorações do Iom Kipur (Dia do Perdão).

"Que este ano seja de muito trabalho. Avoda, avoda", disse Serra, utilizando a palavra que em hebraico significa trabalho, durante discurso na associação A Hebraica, em São Paulo.

Serra aproveitou para pedir paz em Israel e disse apostar em uma solução para o conflito. Ele afirmou já ter visitado o país por três vezes, mas não quis comentar a polêmica sobre a declaração do vice-candidato à Presidência na chapa do PT, José Alencar (PL), que afirmou em entrevista ao jornalista Boris Casoy, da Rede Record, que a solução para o conflito árabe-israelense estaria em uma mudança de Israel para outra região.

O tucano evitou comentários sobre política durante a visita à comunidade judaica. Ele terminou seu discurso onde falou sobre paz e emprego utilizando as palavras "hatima tova", uma expressão utilizada pelos judeus para pedir que algo de bom se realize, que significa "que seja inscrito no livro da vida".


Veja também o especial Eleições 2002
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade