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17/09/2002
-
02h38
da Agência Folha, em Salvador
O corpo do cardeal d. Lucas Moreira Neves, 76, foi enterrado no início da noite de ontem, na Catedral Basílica de Salvador (no centro histórico), nove dias após sua morte, na clínica Pio 11, em Roma.
Entre as 19h de anteontem e 17h30 de ontem _quando o caixão com o corpo do cardeal percorreu as ruas do centro histórico, antes de ser enterrado_, cerca de 15 mil pessoas participaram do velório do ex-presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), de acordo com a Arquidiocese de Salvador.
O caixão entrou na Catedral Basílica ao som do "Hino do Senhor do Bonfim" e, às 18h, desceu à sepultura. A última missa de corpo presente em homenagem ao arcebispo -que por 11 anos (1987-98) ficou à frente da primeira arquidiocese brasileira- reuniu cerca de 400 religiosos, entre os quais os cardeais d. Cláudio Hummes, d. Eugênio Sales, d. Aloísio Lorscheider, d. José Freire Falcão, d. Serafim Fernandes e d. Geraldo Majella Agnelo.
Na homilia, d. Geraldo Majella, seu sucessor em Salvador, disse que d. Lucas dedicou a sua vida aos mais pobres e à fraternidade. "Perdemos um grande homem. Deus ganhou um grande fiel."
Homenagem
Durante todo o dia de ontem _quando o cardeal completaria 77 anos_ d. Lucas Moreira Neves recebeu homenagens de padres estrangeiros e de irmandades religiosas da Bahia. Não houve presença de autoridades federais.
Integrante da ala conservadora da Igreja Católica, d. Lucas Moreira Neves foi um dos mais próximos colaboradores do papa João Paulo 2º. Nos últimos dois anos, o seu nome foi cotado como um dos prováveis sucessores do papa.
D. Lucas foi enterrado nas imediações do altar principal do tempo, ao lado do túmulo do cardeal d. Avellar Brandão Vilela. A cerimônia foi restrita à família do cardeal e às autoridades.
O corpo de d. Lucas chegou a Salvador no sábado à noite. Em cima de um carro do Corpo de Bombeiros, foi transportado para a Catedral Basílica. Na madrugada de anteontem, o corpo foi transportado para São João del Rey (MG), sua cidade natal.
Somente anteontem à noite é que, finalmente, o caixão lacrado em Roma chegou definitivamente a Salvador. Novamente, em cima de um carro do Corpo de Bombeiros, o corpo foi levado para a igreja. Até as 2h de ontem, foram realizadas quatro missas em homenagem ao cardeal.
Às 6h de ontem, a igreja foi novamente reaberta, e as missas recomeçaram. Durante a manhã, cerca de 4.000 pessoas, segundo a PM, compareceram à igreja. O movimento maior aconteceu a partir das 14h. Para que os fiéis pudessem acompanhar a missa, a Arquidiocese de Salvador instalou um telão no Terreiro de Jesus.
As solenidades de despedida foram acompanhadas pelo governador Otto Alencar (PL), pelo senador Paulo Souto (PFL) e pelo ex-presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL). ACM foi ao velório após acompanhar o aniversário da mãe de Caetano Veloso, dona Canô, em Santo Amaro da Purificação -ontem seria aniversário de d. Lucas, e o ex-senador geralmente não comparecia a homenagens ao religioso por uma antiga rivalidade, segundo o jornalista Fernando Morais, biógrafo do político.
Velório de dom Lucas atrai 15 mil em Salvador
LUIZ FRANCISCOda Agência Folha, em Salvador
O corpo do cardeal d. Lucas Moreira Neves, 76, foi enterrado no início da noite de ontem, na Catedral Basílica de Salvador (no centro histórico), nove dias após sua morte, na clínica Pio 11, em Roma.
Entre as 19h de anteontem e 17h30 de ontem _quando o caixão com o corpo do cardeal percorreu as ruas do centro histórico, antes de ser enterrado_, cerca de 15 mil pessoas participaram do velório do ex-presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), de acordo com a Arquidiocese de Salvador.
O caixão entrou na Catedral Basílica ao som do "Hino do Senhor do Bonfim" e, às 18h, desceu à sepultura. A última missa de corpo presente em homenagem ao arcebispo -que por 11 anos (1987-98) ficou à frente da primeira arquidiocese brasileira- reuniu cerca de 400 religiosos, entre os quais os cardeais d. Cláudio Hummes, d. Eugênio Sales, d. Aloísio Lorscheider, d. José Freire Falcão, d. Serafim Fernandes e d. Geraldo Majella Agnelo.
Na homilia, d. Geraldo Majella, seu sucessor em Salvador, disse que d. Lucas dedicou a sua vida aos mais pobres e à fraternidade. "Perdemos um grande homem. Deus ganhou um grande fiel."
Homenagem
Durante todo o dia de ontem _quando o cardeal completaria 77 anos_ d. Lucas Moreira Neves recebeu homenagens de padres estrangeiros e de irmandades religiosas da Bahia. Não houve presença de autoridades federais.
Integrante da ala conservadora da Igreja Católica, d. Lucas Moreira Neves foi um dos mais próximos colaboradores do papa João Paulo 2º. Nos últimos dois anos, o seu nome foi cotado como um dos prováveis sucessores do papa.
D. Lucas foi enterrado nas imediações do altar principal do tempo, ao lado do túmulo do cardeal d. Avellar Brandão Vilela. A cerimônia foi restrita à família do cardeal e às autoridades.
O corpo de d. Lucas chegou a Salvador no sábado à noite. Em cima de um carro do Corpo de Bombeiros, foi transportado para a Catedral Basílica. Na madrugada de anteontem, o corpo foi transportado para São João del Rey (MG), sua cidade natal.
Somente anteontem à noite é que, finalmente, o caixão lacrado em Roma chegou definitivamente a Salvador. Novamente, em cima de um carro do Corpo de Bombeiros, o corpo foi levado para a igreja. Até as 2h de ontem, foram realizadas quatro missas em homenagem ao cardeal.
Às 6h de ontem, a igreja foi novamente reaberta, e as missas recomeçaram. Durante a manhã, cerca de 4.000 pessoas, segundo a PM, compareceram à igreja. O movimento maior aconteceu a partir das 14h. Para que os fiéis pudessem acompanhar a missa, a Arquidiocese de Salvador instalou um telão no Terreiro de Jesus.
As solenidades de despedida foram acompanhadas pelo governador Otto Alencar (PL), pelo senador Paulo Souto (PFL) e pelo ex-presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL). ACM foi ao velório após acompanhar o aniversário da mãe de Caetano Veloso, dona Canô, em Santo Amaro da Purificação -ontem seria aniversário de d. Lucas, e o ex-senador geralmente não comparecia a homenagens ao religioso por uma antiga rivalidade, segundo o jornalista Fernando Morais, biógrafo do político.
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