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17/09/2002
-
18h39
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
O Ministério Público Federal deu entrada no final da tarde de hoje à ação cautelar de improvidade contra 18 réus, supostamente envolvidos num perdão irregular de um empréstimo do Banco do Brasil, e numa suspeita de cobrança de propina nas privatizações da Companhia Vale do Rio Doce e do Sistema Telebrás.
O presidenciável José Serra (PSDB) é citado mais de 40 vezes no texto inicial da ação, com 96 páginas. No entanto, Serra não foi citado como réu. O procurador federal Luiz Francisco de Souza vai aguardar o envio pelo Banco do Brasil da documentação relativa ao empréstimo para decidir se vai indiciar o tucano ou não.
Entre os réus estão Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, Gregório Marin Preciado, empresário casado com uma prima de Serra, Paulo César Ximenes, ex-presidente do Banco do Brasil, e três empresas do empresário Carlos Jereissati.
Todos os réus tiveram o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal anexado à ação, além de requeridos balancetes das empresas citadas.
Os procuradores anexaram 1.500 páginas contendo provas contra os réus à ação. Entre as provas estão declarações de bens, documentos que comprovariam enriquecimento ilícito de Ricardo Sérgio e o relatórios do TCU (Tribunal de Contas da União) e da Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência apontando indícios de irregularidades do processo de privatização da Telebrás e da Vale.
Além de Luiz Francisco, assinam a ação os procuradores Celso Antônio Tres e Alexandre Camanho de Assis.
Luiz Francisco voltou a rebater críticas feitas ontem por José Serra e outros tucanas à sua atuação no Ministério Público.
"Nenhum candidato ou político vai ter favor do Ministério Público seja ele de qualquer naipe. A gente não espera as eleições terminarem para entrar com ação. Quem me critica usa as mesmas palavras de Hildebrando Pascoal, ACM, Jader Barbalho e Luiz Estevão. Se agente errou em alguma coisa, nos processe, prove que a gente errou. A ligação partidária que eu apontaria que existe dentro da procuradoria é na cúpula que é indicada pelo Palácio do Planalto", disse.
Veja também o especial Eleições 2002
Serra ainda pode ser indiciado em ação do Ministério Público
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da Folha Online, em Brasília
O Ministério Público Federal deu entrada no final da tarde de hoje à ação cautelar de improvidade contra 18 réus, supostamente envolvidos num perdão irregular de um empréstimo do Banco do Brasil, e numa suspeita de cobrança de propina nas privatizações da Companhia Vale do Rio Doce e do Sistema Telebrás.
O presidenciável José Serra (PSDB) é citado mais de 40 vezes no texto inicial da ação, com 96 páginas. No entanto, Serra não foi citado como réu. O procurador federal Luiz Francisco de Souza vai aguardar o envio pelo Banco do Brasil da documentação relativa ao empréstimo para decidir se vai indiciar o tucano ou não.
Entre os réus estão Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, Gregório Marin Preciado, empresário casado com uma prima de Serra, Paulo César Ximenes, ex-presidente do Banco do Brasil, e três empresas do empresário Carlos Jereissati.
Todos os réus tiveram o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal anexado à ação, além de requeridos balancetes das empresas citadas.
Os procuradores anexaram 1.500 páginas contendo provas contra os réus à ação. Entre as provas estão declarações de bens, documentos que comprovariam enriquecimento ilícito de Ricardo Sérgio e o relatórios do TCU (Tribunal de Contas da União) e da Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência apontando indícios de irregularidades do processo de privatização da Telebrás e da Vale.
Além de Luiz Francisco, assinam a ação os procuradores Celso Antônio Tres e Alexandre Camanho de Assis.
Luiz Francisco voltou a rebater críticas feitas ontem por José Serra e outros tucanas à sua atuação no Ministério Público.
"Nenhum candidato ou político vai ter favor do Ministério Público seja ele de qualquer naipe. A gente não espera as eleições terminarem para entrar com ação. Quem me critica usa as mesmas palavras de Hildebrando Pascoal, ACM, Jader Barbalho e Luiz Estevão. Se agente errou em alguma coisa, nos processe, prove que a gente errou. A ligação partidária que eu apontaria que existe dentro da procuradoria é na cúpula que é indicada pelo Palácio do Planalto", disse.
Veja também o especial Eleições 2002
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