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23/09/2002 - 21h24

FHC confirma telefonema do PT para falar sobre dólar

SANDRO LIMA
da Folha de S. Paulo, em Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso confirmou hoje, por meio de seu porta-voz, Alexandre Parola, que recebeu um telefonema do presidente nacional do PT, deputado José Dirceu, no último sábado e que a conversa foi exclusivamente sobre as declarações do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a alta do dólar.

Lula disse na semana passada que pediria explicações a FHC sobre a recente instabilidade no mercado financeiro, que causou a alta do dólar e o aumento do risco-país. A declaração gerou a expectativa de que poderia haver uma nova reunião entre ambos.

"Do ponto de vista do governo a esse propósito já foi esclarecido pelo presidente do Banco Central [Armínio Fraga]. Dessa forma não parece haver necessidade, seja de esclarecimentos adicionais, seja de novas reuniões com candidatos à Presidência conforme anunciado em alguns órgãos da imprensa", disse Parola.

Na semana passada, Fraga disse que o Brasil vive um momento de exagero cambial que não é justificado pelas perspectivas da economia no médio prazo, que o câmbio flutuante está cumprindo o seu papel e que o sistema financeiro não dá sinais de fragilidade.

No final de semana, o candidato tucano à Presidência, José Serra, criticou o telefonema de Dirceu a FHC. Segundo ele, o telefonema foi "publicitário" e teve como objetivo chamar a atenção e gerar notícia na imprensa.

FHC também confirmou que está disposto a convidar o presidente eleito para acompanhá-lo em viagens internacionais no final do ano. "O presidente entende que, se for julgado de proveito, e, caso o presidente eleito esteja de acordo, não haveria razão para que isso não ocorresse", disse o porta-voz.

Quanto ao tiroteio que ocorreu anteontem à noite no Rio de Janeiro, em área próxima ao local onde o presidente esteve hospedado ontem, Parola disse que FHC tomou conhecimento do incidente pela sua assessoria de imprensa quando chegou ao hotel, cerca de uma hora depois do ocorrido.

Veja também o especial Eleições 2002
 

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