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25/09/2002
-
03h48
A juíza Lília Botelho Neiva, substituta da 4ª Vara Federal de Brasília, considerou haver "graves indícios de irregularidades" nas reduções de dívidas obtidas no Banco do Brasil pelo empresário Gregorio Marin Preciado, contraparente do presidenciável José Serra (PSDB-PMDB).
Entretanto, em despacho divulgado ontem, a juíza optou por pedir mais informações ao Banco do Brasil e ao Banco Central sobre as operações, antes de decidir se determina ou não a quebra dos sigilos bancário e fiscal de 18 pessoas físicas e jurídicas supostamente envolvidas na operação.
A juíza também isentou Serra das eventuais irregularidades a serem apuradas.
Segundo ela, o processo está baseado em notícias de jornal, "não havendo restado caracterizado o liame entre tais fatos e qualquer ato do senhor José Serra, tão citado na petição inaugural". Apesar de não ter acusação contra ele, Serra é citado pelo menos 40 vezes na ação.
O procurador da República Luiz Francisco de Souza, um dos autores da ação, comemorou a decisão da juíza. "Ela foi equilibrada e cautelosa", disse.
Reportagem da Folha publicada em maio mostrou que duas empresas de Preciado, a Gremafer e a Aceto, foram beneficiadas no Banco do Brasil por uma redução de dívida de R$ 73,7 milhões. A decisão, tomada pela diretoria colegiada do banco, contou com o voto favorável de Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil e ex-tesoureiro de campanha de Serra.
À época, Gregorio Marin Preciado enviou uma carta ao jornal na qual negou ter sido beneficiado em redução de dívida. Segundo ele, a dívida aumentou devido às "draconianas regras do sistema bancário".
Ricardo Sérgio diz que todas as decisões tomadas no período em que esteve no Banco do Brasil tiveram "caráter corporativo, ou seja, colegiado".
A juíza Lília Botelho Neiva criticou a "forma confusa e dissociada" com que o procurador relacionou empréstimos obtidos pelas empresas de Gregorio Marin Preciado no Banco do Brasil e no Banespa e recursos levantados na Previ para a formação de um consórcio destinado a leilões de privatização de estatais estaduais de energia elétrica.
Juíza pede relatório sobre Preciado
da Folha de S.Paulo, em BrasíliaA juíza Lília Botelho Neiva, substituta da 4ª Vara Federal de Brasília, considerou haver "graves indícios de irregularidades" nas reduções de dívidas obtidas no Banco do Brasil pelo empresário Gregorio Marin Preciado, contraparente do presidenciável José Serra (PSDB-PMDB).
Entretanto, em despacho divulgado ontem, a juíza optou por pedir mais informações ao Banco do Brasil e ao Banco Central sobre as operações, antes de decidir se determina ou não a quebra dos sigilos bancário e fiscal de 18 pessoas físicas e jurídicas supostamente envolvidas na operação.
A juíza também isentou Serra das eventuais irregularidades a serem apuradas.
Segundo ela, o processo está baseado em notícias de jornal, "não havendo restado caracterizado o liame entre tais fatos e qualquer ato do senhor José Serra, tão citado na petição inaugural". Apesar de não ter acusação contra ele, Serra é citado pelo menos 40 vezes na ação.
O procurador da República Luiz Francisco de Souza, um dos autores da ação, comemorou a decisão da juíza. "Ela foi equilibrada e cautelosa", disse.
Reportagem da Folha publicada em maio mostrou que duas empresas de Preciado, a Gremafer e a Aceto, foram beneficiadas no Banco do Brasil por uma redução de dívida de R$ 73,7 milhões. A decisão, tomada pela diretoria colegiada do banco, contou com o voto favorável de Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil e ex-tesoureiro de campanha de Serra.
À época, Gregorio Marin Preciado enviou uma carta ao jornal na qual negou ter sido beneficiado em redução de dívida. Segundo ele, a dívida aumentou devido às "draconianas regras do sistema bancário".
Ricardo Sérgio diz que todas as decisões tomadas no período em que esteve no Banco do Brasil tiveram "caráter corporativo, ou seja, colegiado".
A juíza Lília Botelho Neiva criticou a "forma confusa e dissociada" com que o procurador relacionou empréstimos obtidos pelas empresas de Gregorio Marin Preciado no Banco do Brasil e no Banespa e recursos levantados na Previ para a formação de um consórcio destinado a leilões de privatização de estatais estaduais de energia elétrica.
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