Publicidade
Publicidade
25/09/2002
-
18h21
da Agência Folha, em Salvador
Pela primeira vez desde que começou a fazer campanha para o presidenciável Ciro Gomes (Frente Trabalhista), o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), 75, admitiu nesta quarta-feira que "dificilmente" o ex-governador do Ceará tem chances de disputar o segundo turno da sucessão presidencial.
"O Ciro somente vai para o segundo turno se houver um fato de grande repercussão nacional", disse ACM, um dos principais aliados do candidato. Ele disse também que "tem dúvidas" em relação à realização de um eventual segundo turno.
"Pelo que as pesquisas estão demonstrando, Lula [Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT] tem amplas possibilidades de liquidar o jogo no primeiro tempo."
ACM não quis comentar os erros que teriam levado o candidato Ciro Gomes a despencar nas pesquisas de intenções de voto.
"Quando o Ciro estava bem em todo o país, ele também estava muito bem na Bahia", disse ACM. Segundo o ex-senador, há pouco mais de um mês, Ciro tinha 36% das intenções de votos no Estado, contra 41% de Lula.
Na mais recente pesquisa Ibope, Ciro ficou com 10% _percentual abaixo de sua média nacional_ na Bahia. Pelos números da pesquisa, Ciro Gomes teria pouco mais de 800 mil votos no Estado _no início da campanha, o "staff" carlista prometera 3 milhões de votos para o presidenciável.
Segundo ACM, Ciro Gomes sempre soube da força eleitoral de Lula na Bahia. "Eu falei para o Ciro que a eleição aqui seria muito difícil, já que o Lula sempre teve eleitores fiéis."
Candidato ao Senado, com a vitória quase assegurada segundo as pesquisas, ACM brinca com o problema da transferência de votos. ''Eu e o Lula formamos uma dobradinha praticamente invencível na Bahia. Lula não consegue transferir votos para os petistas do Estado e eu não transfiro votos para o Ciro. Conclusão: eu e o Lula temos os mesmos eleitores.''
A dificuldade não acontece em relação à sucessão estadual. O senador Paulo Souto (PFL), que tem o apoio do grupo carlista, conta com 53% das preferências dos eleitores, de acordo com o Ibope. Em segundo lugar, bem distante de Souto, aparece o deputado federal Jacques Wagner, com 18%.
ACM disse também que vai intensificar pedidos de votos para Ciro Gomes até o final da campanha. "O Ciro sabe que sou fiel e que estarei com ele até o final", disse, reafirmando que vota em Lula num segundo turno que exclua Ciro.
Veja também o especial Eleições 2002
ACM diz que dificilmente Ciro Gomes disputa o segundo turno
LUIZ FRANCISCOda Agência Folha, em Salvador
Pela primeira vez desde que começou a fazer campanha para o presidenciável Ciro Gomes (Frente Trabalhista), o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), 75, admitiu nesta quarta-feira que "dificilmente" o ex-governador do Ceará tem chances de disputar o segundo turno da sucessão presidencial.
"O Ciro somente vai para o segundo turno se houver um fato de grande repercussão nacional", disse ACM, um dos principais aliados do candidato. Ele disse também que "tem dúvidas" em relação à realização de um eventual segundo turno.
"Pelo que as pesquisas estão demonstrando, Lula [Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT] tem amplas possibilidades de liquidar o jogo no primeiro tempo."
ACM não quis comentar os erros que teriam levado o candidato Ciro Gomes a despencar nas pesquisas de intenções de voto.
"Quando o Ciro estava bem em todo o país, ele também estava muito bem na Bahia", disse ACM. Segundo o ex-senador, há pouco mais de um mês, Ciro tinha 36% das intenções de votos no Estado, contra 41% de Lula.
Na mais recente pesquisa Ibope, Ciro ficou com 10% _percentual abaixo de sua média nacional_ na Bahia. Pelos números da pesquisa, Ciro Gomes teria pouco mais de 800 mil votos no Estado _no início da campanha, o "staff" carlista prometera 3 milhões de votos para o presidenciável.
Segundo ACM, Ciro Gomes sempre soube da força eleitoral de Lula na Bahia. "Eu falei para o Ciro que a eleição aqui seria muito difícil, já que o Lula sempre teve eleitores fiéis."
Candidato ao Senado, com a vitória quase assegurada segundo as pesquisas, ACM brinca com o problema da transferência de votos. ''Eu e o Lula formamos uma dobradinha praticamente invencível na Bahia. Lula não consegue transferir votos para os petistas do Estado e eu não transfiro votos para o Ciro. Conclusão: eu e o Lula temos os mesmos eleitores.''
A dificuldade não acontece em relação à sucessão estadual. O senador Paulo Souto (PFL), que tem o apoio do grupo carlista, conta com 53% das preferências dos eleitores, de acordo com o Ibope. Em segundo lugar, bem distante de Souto, aparece o deputado federal Jacques Wagner, com 18%.
ACM disse também que vai intensificar pedidos de votos para Ciro Gomes até o final da campanha. "O Ciro sabe que sou fiel e que estarei com ele até o final", disse, reafirmando que vota em Lula num segundo turno que exclua Ciro.
Veja também o especial Eleições 2002
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice