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Pesquisa mostra que 82% consideram aprovação da reforma tributária importante
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira mostra que 82% dos brasileiros consideram importante a aprovação da reforma tributária pelo Congresso Nacional. Apenas 13% dos entrevistados consideram que o tema não é importante para o país, enquanto outros 5% não opinaram.
Entre os entrevistados, 31% consideram que os brasileiros vão pagar menos impostos caso a reforma seja aprovada pelo Congresso. Outros 32% avaliam que a carga tributária continuará a mesma apesar das mudanças, enquanto 25% acreditam que os brasileiros vão pagar mais impostos com a reforma.
A maioria dos brasileiros, segundo a pesquisa, considera que a economia vai permanecer como está mesmo que o Congresso aprove modificações no sistema tributário nacional. Já 32% dos entrevistados acreditam que haverá aceleração do crescimento econômico com a reforma, contra outros 14% que apostam na retração econômica com a reforma.
Na expectativa de impacto da aprovação da reforma tributária, 35% dos entrevistados afirmaram que as mudanças vão ampliar a geração de empregos no país. Outros 35% acreditam que tudo ficará como está, enquanto 18% apostam no aumento do desemprego se a reforma for aprovada no Congresso.
O consultor da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Amauri Teixeira, disse que o comportamento da população diante da reforma tributária também explica o índice de 60% de rejeição à política de impostos do governo federal registrado pela pesquisa --motivo que leva a maioria dos entrevistados a apoiar a aprovação da reforma pelo Congresso.
Expectativa
A pesquisa aponta, ainda, que a expectativa dos brasileiros para os próximos meses é de aumento da inflação. No total, 51% acreditam que a inflação vai estar mais alta nos próximos seis meses, enquanto 15% esperam a sua redução. Outros 27% apostam que o patamar inflacionário atual permanecerá estável.
Em relação ao desemprego, 42% dos entrevistados acreditam que os índices vão crescer nos próximos meses, contra 32% que apostam na redução do desemprego neste ano. Apesar do pessimismo, o índice de entrevistados que esperam o aumento do desemprego diminuiu em relação a dezembro do ano passado ---na última edição da pesquisa. Na ocasião, 46% dos entrevistados afirmaram que o desemprego cresceria nos próximos meses.
A expectativa em relação à renda pessoal dos brasileiros também cresceu. No total, 42% dos entrevistados acreditam que terão melhoria de renda nos próximos seis meses, contra 14% que esperam a sua redução. Outros 40% avaliam que ela se manterá inalterada.
No que diz respeito à renda geral da população, 39% dos entrevistados também não apostam em mudanças nos próximos seis meses, contra 35% que acreditam em melhorias e outros 21% que esperam a redução da renda dos brasileiros.
A pesquisa CNI/Ipobe ouviu 2002 pessoas entre os dias 19 e 23 de março, em 141 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais (para mais ou menos).
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