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28/09/2002 - 21h18

Lula mostra apoio de empresários e Serra faz promessas populares

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

O programa eleitoral de TV dos candidatos à Presidência da República desta noite mostrou mensagens dirigidas para os segmentos da população em que eles mais encontram dificuldade para conquistar votos. Esse é o caso dos programas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de José Serra (PSDB).

De acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada hoje, Lula tem 45% das intenções de voto do eleitorado, com chances de vencer as eleições de 2002 em fase única. Mas o petista ainda encontra resistência entre os empresários e representantes do setor financeiro, que temem as medidas econômicas de um eventual governo Lula.

Já o tucano José Serra permanece estagnado com 19% das intenções de voto, tecnicamente empatado com o candidato do PSB, Anthony Garotinho, que aparece com 15%. A margem de erro da pesquisa Datafolha é de dois pontos, para cima ou para baixo.

Para romper o medo do empresariado, Lula não só mostrou a imagem de um candidato negociador, mas a de um homem que mudou ao longo de sua vida. "Se você não mudar, o Brasil não muda", disse Lula, pedindo para os eleitores não elegerem os mesmos candidatos de sempre.

Em seguida, o programa do PT mostrou declarações do vice de Lula, o empresário José Alencar (PL), que pede para o setor confiar nas boas intenções do candidato petista.

O programa de Serra mostrou declarações de eleitores justificando por que votarão no tucano. Ele é chamado pelos adversários de representar o interesse dos banqueiros em detrimento da população e tem, entre seus pontos fracos, a fama de mal-humorado. "Eu confio em Serra e meu voto é dele", disse um dos entrevistados.

Gugu Liberato, apresentador do programa de Serra, também enumerou várias qualidades no candidato tucano além de alfinetar o "novo PT". "Ele (Serra) é ele, tem suas características. Com ele, você sabe que quem vai governar é ele e ninguém mais", disse Gugu, reforçando as acusações já feitas pelo PSDB de que quem vai governar o país numa eventual eleição de Lula será sua equipe e não o candidato. Os tucanos também acusam Lula de ter duas caras.

O programa tucano também mostrou as várias realizações feitas por Serra enquanto foi ministro da Saúde de Fernando Henrique Cardoso, como a criação do programa de medicamentos genérico, garantia de consultas de pré-natal, aumento do número de agentes comunitários, fim da fila para cirurgia de catarata e programa da saúde das mulheres. "Dito e feito", dizia o locutor do programa.

Em seguida Gugu aparece e diz que o eleitor pode acreditar que quando Serra promete que vai
aumentar número de empregos e elevar o valor do salário mínimo é porque o tucano concentrará todas seus esforços para honrar suas promessas.

O tucano aproveitou o programa para fazer promessas de criação de programas sociais, como ampliação do Bolsa-Escola, Bolsa-Alimentação, vale-gás e erradicação da mortalidade infantil.

"Quando criei bolsa-alimentação, sei o que isso representou na vida de milhares de famílias. É um dinheiro que vai comprar leite ou ajudar a pagar o transporte para procurar emprego. Para quem vive com dinheiro regrado, R$ 1 vale muito", disse Serra.

Ele voltou a prometer aumentar valor do salário mínimo para R$ 300. "É uma proposta concreta. Vamos chegar a R$ 300 por mês no meu governo. Daqui a quatro anos, o salário mínimo vai comprar o mesmo que os R$ 300 de hoje podem comprar. Tudo isso sem elevar a inflação."

A vice de Serra, Rita Camata, também participou do programa tucano, prometendo ampliar a rede de creches.

Leia mais no especial Eleições 2002
 

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