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01/10/2002
-
13h00
da Folha Online, em Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso criticou hoje os candidatos à Presidência que, na opinião dele, acreditam que todos os problemas do país - como a alta taxa de juros - podem ser resolvidos só com vontade política.
"Haja paciência", disse ao comentar discursos, segundo FHC, de quem imagina que tudo possa ser decidido no gabinete, "mesmo que respaldado por milhões de votos".
De acordo com o presidente, "esse simplismo voluntarista é muito confortável", mas tem uma marca "não democrática". Ele afirmou que esse voluntarismo seria "uma visão absolutamente tecnocrática do processo de mudança. Ou se entende que é um processo ou se tem a ilusão de que é um ato", afirmou ao destacar que é preciso legitimidade nas ações do presidente e que o grau de aceitação requer um debate democrático.
FHC destacou ainda que os votos obtidos numa eleição têm de ser renovados a cada dia e que a opinião pública é a única força capaz de promover mudanças.
Ao discursar durante solenidade de comemoração dos 38 anos do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Fernando Henrique disse que é preciso continuar a promover as reformas que foram iniciadas nos anos 90. Ele criticou ainda a defesa de uma "visão de Estado dominador", considerando-a um retrocesso.
Esse discurso seria uma "choradeira ptolomaica: como era verde o meu vale quando o governo mandava em tudo", ironizou.
Leia mais no especial Eleições 2002
FHC critica "voluntarismo" e "choradeira ptolomaica" de presidenciáveis
PATRÍCIA ZIMMERMANNda Folha Online, em Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso criticou hoje os candidatos à Presidência que, na opinião dele, acreditam que todos os problemas do país - como a alta taxa de juros - podem ser resolvidos só com vontade política.
"Haja paciência", disse ao comentar discursos, segundo FHC, de quem imagina que tudo possa ser decidido no gabinete, "mesmo que respaldado por milhões de votos".
De acordo com o presidente, "esse simplismo voluntarista é muito confortável", mas tem uma marca "não democrática". Ele afirmou que esse voluntarismo seria "uma visão absolutamente tecnocrática do processo de mudança. Ou se entende que é um processo ou se tem a ilusão de que é um ato", afirmou ao destacar que é preciso legitimidade nas ações do presidente e que o grau de aceitação requer um debate democrático.
FHC destacou ainda que os votos obtidos numa eleição têm de ser renovados a cada dia e que a opinião pública é a única força capaz de promover mudanças.
Ao discursar durante solenidade de comemoração dos 38 anos do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Fernando Henrique disse que é preciso continuar a promover as reformas que foram iniciadas nos anos 90. Ele criticou ainda a defesa de uma "visão de Estado dominador", considerando-a um retrocesso.
Esse discurso seria uma "choradeira ptolomaica: como era verde o meu vale quando o governo mandava em tudo", ironizou.
Leia mais no especial Eleições 2002
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