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03/10/2002
-
08h02
da Folha de S.Paulo, em Fortaleza
Criticado por seus aliados por ter dado poder em excesso a seus familiares na campanha, o candidato do PPS à Presidência, Ciro Gomes, pôde contar apenas com eles em seu último comício, anteontem à noite, em Fortaleza.
Sinal do isolamento vivido pelo presidenciável, pela segunda vez, em menos de uma semana, Ciro participou de uma atividade de campanha sem a presença das lideranças nacionais que o apóiam.
Ausentes, os presidentes dos três partidos da Frente Trabalhista _PDT, PPS e PTB_, Tasso Jereissati, padrinho político do candidato que praticamente rompeu com o PSDB para aderir à candidatura pepessista, e o vice da chapa, o sindicalista Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PTB).
Nem mesmo a família esteve completa, já que a ex-mulher do presidenciável, Patrícia Gomes (PPS), segundo a filha do casal, Lívia, estava em campanha pelo Senado em Juazeiro do Norte.
Majoritariamente defensores de que Ciro desista da disputa em favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), PTB e PDT não enviaram sequer representantes, como já havia ocorrido no lançamento do programa de governo da candidatura na última sexta-feira.
Diante da ausência dos políticos, coube à filha do pepessista um dos dois discursos da noite. Antes dela e do ex-governador, foram concedidos alguns poucos minutos a candidatos da região.
Lívia, 18, agradeceu aos presentes pelo "carinho" e pediu que não se deixassem render pelo "modelo que está aí".
Rodeado pela mãe, pela mulher, pelos irmãos e pelos filhos, Ciro criticou Lula e José Serra (PSDB) e insistiu na tese de que o voto no PT representa protesto. Com um discurso que mesclou o catastrofismo à autovitimização, também apelou a Deus, pedindo que iluminasse a população até a eleição.
O presidenciável não demonstrou o ânimo de comícios anteriores. Assim como no primeiro evento do gênero da campanha, o ato foi seguido por um show da banda "Asas de Águia".
O pepessista, entretanto, substituiu os passos de dança entusiasmados de julho por um leve balançar de pernas e aceitou cantar ao microfone apenas repetindo versos do vocalista.
Realizado em um reduto cirista na cidade, o Conjunto Ceará, na periferia de Fortaleza, o comício, anunciado como a "arrancada para o segundo turno", teve cenas explícitas de empolgação da platéia. Aos gritos, mulheres pediam beijos ao candidato e à sua mulher, a atriz Patrícia Pillar.
Segundo os organizadores, 80 mil pessoas estiveram no local. Procurada, a Polícia Militar informou que não saberia dizer o número de presentes.
Veja também o especial Eleições 2002
Ciro faz último comício apenas com a família
PATRICIA ZORZANda Folha de S.Paulo, em Fortaleza
Criticado por seus aliados por ter dado poder em excesso a seus familiares na campanha, o candidato do PPS à Presidência, Ciro Gomes, pôde contar apenas com eles em seu último comício, anteontem à noite, em Fortaleza.
Sinal do isolamento vivido pelo presidenciável, pela segunda vez, em menos de uma semana, Ciro participou de uma atividade de campanha sem a presença das lideranças nacionais que o apóiam.
Ausentes, os presidentes dos três partidos da Frente Trabalhista _PDT, PPS e PTB_, Tasso Jereissati, padrinho político do candidato que praticamente rompeu com o PSDB para aderir à candidatura pepessista, e o vice da chapa, o sindicalista Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PTB).
Nem mesmo a família esteve completa, já que a ex-mulher do presidenciável, Patrícia Gomes (PPS), segundo a filha do casal, Lívia, estava em campanha pelo Senado em Juazeiro do Norte.
Majoritariamente defensores de que Ciro desista da disputa em favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), PTB e PDT não enviaram sequer representantes, como já havia ocorrido no lançamento do programa de governo da candidatura na última sexta-feira.
Diante da ausência dos políticos, coube à filha do pepessista um dos dois discursos da noite. Antes dela e do ex-governador, foram concedidos alguns poucos minutos a candidatos da região.
Lívia, 18, agradeceu aos presentes pelo "carinho" e pediu que não se deixassem render pelo "modelo que está aí".
Rodeado pela mãe, pela mulher, pelos irmãos e pelos filhos, Ciro criticou Lula e José Serra (PSDB) e insistiu na tese de que o voto no PT representa protesto. Com um discurso que mesclou o catastrofismo à autovitimização, também apelou a Deus, pedindo que iluminasse a população até a eleição.
O presidenciável não demonstrou o ânimo de comícios anteriores. Assim como no primeiro evento do gênero da campanha, o ato foi seguido por um show da banda "Asas de Águia".
O pepessista, entretanto, substituiu os passos de dança entusiasmados de julho por um leve balançar de pernas e aceitou cantar ao microfone apenas repetindo versos do vocalista.
Realizado em um reduto cirista na cidade, o Conjunto Ceará, na periferia de Fortaleza, o comício, anunciado como a "arrancada para o segundo turno", teve cenas explícitas de empolgação da platéia. Aos gritos, mulheres pediam beijos ao candidato e à sua mulher, a atriz Patrícia Pillar.
Segundo os organizadores, 80 mil pessoas estiveram no local. Procurada, a Polícia Militar informou que não saberia dizer o número de presentes.
Veja também o especial Eleições 2002
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