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Oposição será minoria em 2ª CPI dos Cartões Corporativos
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Ao contrário do que argumenta a oposição, a nova CPI dos Cartões Corporativos do Senado não vai garantir ao DEM e ao PSDB equilíbrio de forças entre oposição e governistas. Das 11 vagas de senadores que vão integrar a CPI, apenas três serão destinadas a partidos de oposição.
Como os governistas são contrários à criação da CPI, a expectativa é a de que a base aliada indique parlamentares alinhados ao Palácio do Planalto para a composição da comissão, e não dissidentes, como espera a oposição.
"Eu não tenho bola de cristal e não posso saber se essa CPI vai ter o mesmo destino da outra. As duas vão ser irmãs gêmeas. Se uma padecer de um mal, por que a outra não vai padecer também?", questionou o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN).
As vagas da CPI serão divididas de acordo com o tamanho das bancadas partidárias no Senado. O bloco governista (PT/PR/PSB/PC do B/PP e PRB) terá três vagas, enquanto o PMDB, outras três. Juntos, DEM e PSDB vão ter direito a indicar três integrantes, enquanto o PTB e PDT poderão indicar um integrante, cada um.
A correlação de forças na CPI poderá ficar mais equilibrada se o PDT e o PMDB indicarem senadores "independentes" para a comissão. Mas a Folha Online apurou que a ordem do Palácio do Planalto aos partidos aliados é indicar senadores que mantenham a postura de "blindagem" ao governo nas investigações.
Pela tradição do Senado, cabe ao partido com a maior bancada na Casa indicar o presidente da CPI, que é o PMDB. Depois de eleito pela maioria dos integrantes da comissão, o presidente indica o relator --o que na prática poderá garantir ao governo os dois cargos de comando da comissão.
O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), disse hoje que o partido não vai abrir mão de presidir a nova CPI. O peemedebista argumenta que o partido já cedeu a presidência da CPI mista (com deputados e senadores) dos Cartões Corporativos ao PSDB, mas a oposição não cumpriu a promessa de evitar que fossem instaladas duas comissões sobre o mesmo assunto.
"Se fizerem outra CPI, a base do governo vai colocar o presidente e o relator porque foi quebrado o acordo. E mais uma vez a CPI não vai produzir. Então eu pergunto: será que interessa ao Senado ficarmos trabalhando somente em investigação? Há outros órgãos para investigar, como a Polícia Federal, o Ministério da Justiça, o Tribunal de Contas da União", afirmou Raupp.
Apelo
Em almoço com líderes partidários, Garibaldi chegou a fazer um apelo para que os senadores não instalassem duas comissões para investigar o mesmo assunto. A oposição, no entanto, não abre mão da nova CPI porque argumenta que poderá recorrer ao plenário do Senado para aprovar requerimentos rejeitados por governistas.
No plenário, DEM e PSDB contam com a dissidência de senadores da base aliada para aprovarem os requerimentos.
Na opinião de Garibaldi, os governistas vão continuar ditando as regras da nova CPI. "São duas CPIs tratando do mesmo objeto. A primeira não obteve êxito, quem garante que essa nova vai ter sucesso? A correlação de forças leva a CPI a ter o mesmo desfecho da anterior", afirmou.
O senador disse esperar que a nova CPI não atrapalhe as votações da Casa Legislativa. "O Senado precisa cumprir sua função de investigar, mas também tem que votar matérias no plenário e nas comissões", defendeu
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Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
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Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
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