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05/10/2002
-
07h24
da Folha de S.Paulo, em Washington
Líderes ultraconservadores americanos, 12 deputados republicanos e um jornal de propriedade do reverendo Moon Sun Myung pressionam o governo dos EUA a abandonar sua atitude neutra nas eleições brasileiras.
Na quinta-feira, 12 deputados republicanos enviaram carta ao presidente George W. Bush, alertando-o que o candidato petista à Presidência do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, representa uma ameaça à segurança dos EUA e do Hemisfério Ocidental.
A carta faz menção a declarações de Lula contra o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares e à participação do PT no "Fórum de São Paulo", organização que reúne partidos de esquerda latino-americanos, incluindo o partido comunista cubano.
Os deputados que assinaram a carta são políticos bastante graduados no partido. Entre eles estão Cass Ballenger, Ed Royce e Illeana Ross-Lehtinen, da Comissão de Relações Exteriores.
Os parlamentares foram orientados a escrever a carta por Constantine Menges, articulista do jornal "Washington Times", de Moon, e integrante do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca no governo Reagan.
Menges já escreveu diversos artigos contra Lula no jornal de Moon. Neles, sustenta que uma eleição de Lula levaria o Brasil a compor, ao lado da Venezuela e de Cuba, uma nova versão do "eixo do mal" _ expressão usada por Bush para definir o Iraque, o Irã e a Coréia do Norte como patrocinadores do terrorismo.
O jornal cedeu espaço a outro artigo contra Lula, publicado por Faith Whittlesey, ex-embaixadora dos EUA na Suíça e ex-assessora de Reagan. Segundo o artigo, Lula seria uma espécie de Hugo Chávez, cuja proximidade do poder representaria uma bomba-relógio "fazendo tic-tac no hemisfério".
Negócios de Moon, fundador da "Associação das Famílias para a Unificação e Paz Mundial", estão sendo investigados no Brasil pela Polícia Federal. O reverendo comprou 56 mil hectares de terras em 43 municípios de Mato Grosso do Sul, sendo a maior parte delas terras de fronteira.
Veja também o especial Eleições 2002
Conservadores e Moon 'alertam' Bush sobre Lula
MARCIO AITHda Folha de S.Paulo, em Washington
Líderes ultraconservadores americanos, 12 deputados republicanos e um jornal de propriedade do reverendo Moon Sun Myung pressionam o governo dos EUA a abandonar sua atitude neutra nas eleições brasileiras.
Na quinta-feira, 12 deputados republicanos enviaram carta ao presidente George W. Bush, alertando-o que o candidato petista à Presidência do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, representa uma ameaça à segurança dos EUA e do Hemisfério Ocidental.
A carta faz menção a declarações de Lula contra o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares e à participação do PT no "Fórum de São Paulo", organização que reúne partidos de esquerda latino-americanos, incluindo o partido comunista cubano.
Os deputados que assinaram a carta são políticos bastante graduados no partido. Entre eles estão Cass Ballenger, Ed Royce e Illeana Ross-Lehtinen, da Comissão de Relações Exteriores.
Os parlamentares foram orientados a escrever a carta por Constantine Menges, articulista do jornal "Washington Times", de Moon, e integrante do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca no governo Reagan.
Menges já escreveu diversos artigos contra Lula no jornal de Moon. Neles, sustenta que uma eleição de Lula levaria o Brasil a compor, ao lado da Venezuela e de Cuba, uma nova versão do "eixo do mal" _ expressão usada por Bush para definir o Iraque, o Irã e a Coréia do Norte como patrocinadores do terrorismo.
O jornal cedeu espaço a outro artigo contra Lula, publicado por Faith Whittlesey, ex-embaixadora dos EUA na Suíça e ex-assessora de Reagan. Segundo o artigo, Lula seria uma espécie de Hugo Chávez, cuja proximidade do poder representaria uma bomba-relógio "fazendo tic-tac no hemisfério".
Negócios de Moon, fundador da "Associação das Famílias para a Unificação e Paz Mundial", estão sendo investigados no Brasil pela Polícia Federal. O reverendo comprou 56 mil hectares de terras em 43 municípios de Mato Grosso do Sul, sendo a maior parte delas terras de fronteira.
Veja também o especial Eleições 2002
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