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Garibaldi diz que não é coveiro mas articula fim da CPI dos Cartões no Senado
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Em meio às articulações do governo para que a nova CPI dos Cartões Corporativos exclusiva do Senado não seja instalada, o presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse nesta quinta-feira ser favorável ao funcionamento de apenas uma comissão para investigar o assunto. Bem-humorado, Garibaldi cobrou apenas que não seja responsabilizado pela "morte" da CPI.
"Eu não sou coveiro de CPI, pelo contrário. Eu acho que nascimento de CPI é salutar. Mas ela veio tratar do mesmo objeto da outra que já foi criada", afirmou. Segundo o senador, duas comissões para apurar temas semelhantes representam desgaste de trabalho para o Congresso.
A oposição já admite não instalar a nova CPI dos Cartões Corporativos no Senado se as investigações avançarem na comissão mista (com deputados e senadores) --depois do acordo firmado entre governo e oposição para que os integrantes da CPI tenham acesso aos gastos sigilosos da Presidência da República com os cartões.
A Folha Online apurou que a estratégia da oposição é deixar a CPI do Senado "adormecida", para que seja instalada somente se as investigações na comissão mista não tiverem andamento. Até agora, apenas o PMDB indicou oficialmente os integrantes da nova CPI. Para que seja instalada, todos os líderes partidários precisam encaminhar as indicações à Mesa Diretora do Senado.
O PSDB, que reivindica ao lado do DEM a instalação da nova CPI, não encaminhou até agora os nomes dos integrantes.
Garibaldi disse que pretende instalar a nova CPI somente depois das indicações partidárias, mas reconhece que os avanços das investigações na comissão mista poderão inviabilizar a instalação da nova CPI. "Isso contribuiu para a outra não ser acionada", afirmou.
Indicações
O DEM chegou a indicar os dois parlamentares do partido que vão compor a comissão como titulares, mas teve que retirar as indicações porque o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) já é titular de outra CPI na Casa Legislativa. Pelo regimento interno do Senado, um mesmo senador não pode ocupar como titular duas comissões de forma simultânea.
Sem as indicações da oposição, a base aliada do governo também não moveu esforços para escolher os senadores que vão integrar a nova comissão. O objetivo dos aliados é permitir que as investigações avancem na comissão mista, mesmo que proporcionalmente, para evitar o surgimento da CPI do Senado.
Os governistas reconhecem, nos bastidores, que a oposição tem menor poder de fogo na comissão mista do que em uma composta somente por senadores, com maior experiência política para investigar denúncias de mau uso dos cartões corporativos.
O esvaziamento da nova CPI foi uma das condições impostas pela base aliada para autorizar, na comissão mista, o acesso aos gastos sigilosos da Presidência da República que estão disponíveis para consulta no TCU (Tribunal de Contas da União).
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Pela lógica, as fichas para corrupção do PT vem da éra FHC ou Serra?
Uma equação um tanto estranha para justificar as falcatruas do PT.
A culpa é de Serra entao?
[]s
Eduardo.
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Ainda veremos muito tucano e demos pfl na cadeia e o povo paulista, mineiro, gaúcho pedindo desculpas por tamanha ignorância...!!!
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