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06/10/2002
-
07h02
Especial para a Folha de S.Paulo
Neste dia de eleições, convém pensar num Brasil de longo prazo. Os problemas do momento são tão graves que, com frequência, nos esquecemos do que podemos fazer neste grande país.
O presidente que assumir o comando da nação terá de agir com muita prudência e com grande competência para manter os compromissos de um povo civilizado e, ao mesmo tempo, buscar o rumo de um crescimento mais acelerado.
Essa tarefa seria impossível se não estivéssemos no Brasil. Vejam que país fascinante. No meio de tanta crise, que afeta até mesmo as nações mais ricas do mundo, o Brasil vai terminar o ano de 2002 com um superávit na balança comercial que esbarra na casa dos US$ 10 bilhões e, para 2003, espera-se um aumento de 50%, ou seja, podemos chegar perto dos US$ 15 bilhões.
Tudo isso é muito animador. É prova de que o Brasil pode resolver grande parte de seus problemas ao aumentar substancialmente as exportações. De 2001 para 2002, nossas vendas para a Índia crescerem em 120%; para Cingapura, 113%. Isso em apenas um ano! É um resultado fantástico!
Mais promissor ainda é saber que temos muita coisa para explorar. No mesmo período, o aumento de exportações para a Rússia _que está em franca recuperação econômica- foi de apenas 14%. Trata-se de um grande mercado, que pode ser bem trabalhado pelo Brasil.
Para a China, que é outro gigantesco mercado, o aumento das vendas brasileiras de 2001 para 2002 foi só de 16%. Não podemos esquecer que ali vive 1,3 bilhão de pessoas que precisam, sobretudo, de alimentos _in natura e processados_ que são o forte do Brasil.
A própria Coréia do Sul constitui um excelente mercado comprador, pois, dos Tigres Asiáticos, foi o primeiro a superar a crise por que passou em 1997. O mesmo ocorre com Taiwan e em Hong Kong, agora anexado à China.
A exploração dos novos mercados é um grande filão para o Brasil de hoje e de amanhã. Aquilo de que precisaremos, daqui para a frente, será manter nossa idoneidade moral perante os compromissos assumidos e, se algo tiver de ser feito, que seja negociado às claras e com a plena concordância dos interessados. Como se sabe, todo negócio é bom quando satisfaz as partes envolvidas, quando elas cedem um pouco e, às vezes, cedem bastante para não perder mais no caso da intransigência. É o que o mundo espera da nova administração do país.
Com isso, teremos assegurado o bom nome do Brasil e passaremos a atrair, novamente, os capitais estrangeiros para aqui investir em setores produtivos e de grandes perspectivas de vendas internas e externas.
Apesar do nervosismo existente na nação, é chegada a hora de aqueles que trabalham, mais do que nunca, acreditarem no Brasil, procurando expandir suas atividades, empregando mais e dizendo a uma só voz: "Avante, Brasil!".
Antônio Ermírio de Moraes escreve aos domingos nesta coluna.
Veja também o especial Eleições 2002
Antônio Ermírio de Moraes: Avante, Brasil!
ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAESEspecial para a Folha de S.Paulo
Neste dia de eleições, convém pensar num Brasil de longo prazo. Os problemas do momento são tão graves que, com frequência, nos esquecemos do que podemos fazer neste grande país.
O presidente que assumir o comando da nação terá de agir com muita prudência e com grande competência para manter os compromissos de um povo civilizado e, ao mesmo tempo, buscar o rumo de um crescimento mais acelerado.
Essa tarefa seria impossível se não estivéssemos no Brasil. Vejam que país fascinante. No meio de tanta crise, que afeta até mesmo as nações mais ricas do mundo, o Brasil vai terminar o ano de 2002 com um superávit na balança comercial que esbarra na casa dos US$ 10 bilhões e, para 2003, espera-se um aumento de 50%, ou seja, podemos chegar perto dos US$ 15 bilhões.
Tudo isso é muito animador. É prova de que o Brasil pode resolver grande parte de seus problemas ao aumentar substancialmente as exportações. De 2001 para 2002, nossas vendas para a Índia crescerem em 120%; para Cingapura, 113%. Isso em apenas um ano! É um resultado fantástico!
Mais promissor ainda é saber que temos muita coisa para explorar. No mesmo período, o aumento de exportações para a Rússia _que está em franca recuperação econômica- foi de apenas 14%. Trata-se de um grande mercado, que pode ser bem trabalhado pelo Brasil.
Para a China, que é outro gigantesco mercado, o aumento das vendas brasileiras de 2001 para 2002 foi só de 16%. Não podemos esquecer que ali vive 1,3 bilhão de pessoas que precisam, sobretudo, de alimentos _in natura e processados_ que são o forte do Brasil.
A própria Coréia do Sul constitui um excelente mercado comprador, pois, dos Tigres Asiáticos, foi o primeiro a superar a crise por que passou em 1997. O mesmo ocorre com Taiwan e em Hong Kong, agora anexado à China.
A exploração dos novos mercados é um grande filão para o Brasil de hoje e de amanhã. Aquilo de que precisaremos, daqui para a frente, será manter nossa idoneidade moral perante os compromissos assumidos e, se algo tiver de ser feito, que seja negociado às claras e com a plena concordância dos interessados. Como se sabe, todo negócio é bom quando satisfaz as partes envolvidas, quando elas cedem um pouco e, às vezes, cedem bastante para não perder mais no caso da intransigência. É o que o mundo espera da nova administração do país.
Com isso, teremos assegurado o bom nome do Brasil e passaremos a atrair, novamente, os capitais estrangeiros para aqui investir em setores produtivos e de grandes perspectivas de vendas internas e externas.
Apesar do nervosismo existente na nação, é chegada a hora de aqueles que trabalham, mais do que nunca, acreditarem no Brasil, procurando expandir suas atividades, empregando mais e dizendo a uma só voz: "Avante, Brasil!".
Antônio Ermírio de Moraes escreve aos domingos nesta coluna.
Veja também o especial Eleições 2002
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