Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
05/08/2000 - 03h23

Grossi reassume diretoria no BC

Publicidade

da Folha de S.Paulo

A diretora de Fiscalização do Banco Central, Tereza Grossi Togni, reassumiu ontem o cargo, um dia após ser cassada a liminar que havia determinado seu afastamento temporário da função.

Ontem pela manhã, o presidente do BC, Armínio Fraga, assinou uma portaria reconduzindo a diretora ao cargo, encerrando um afastamento de cerca de 72 horas.

Em seguida, Grossi retomou suas atividades normais no escritório do BC em Belo Horizonte. Às sextas, ela despacha nessa cidade, onde mora com a família.

A diretora do BC voltou às suas funções graças à decisão do juiz Amilcar Machado, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, que cassou liminar obtida por ação do Ministério Público.

Uma semana atrás, o juiz da 22ª Vara Federal em Brasília determinou o afastamento de Tereza Grossi, para evitar que ela coagisse duas testemunhas que trabalham sob suas ordens no BC.

Machado derrubou as liminares porque esses dois funcionários já depuseram como testemunhas de acusação em processo que corre no Rio. Para o juiz, nada indica que eles possam deixar de fazer o mesmo na ação por improbidade administrativa. O procurador da República Luiz Francisco Fernandes de Souza anunciou que entrará com recurso na semana que vem para tentar afastar novamente a diretora de Fiscalização.

O Ministério Público quer ouvir esses dois servidores em ação sobre suposta improbidade administrativa no socorro aos bancos Marka e FonteCindam, que deram um prejuízo de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos em 1999.

Na época, Grossi ocupava interinamente a chefia do Departamento de Fiscalização. No dia 13 janeiro, com a desvalorização do real, o dono do Banco Marka, Salvatore Cacciola, foi a Brasília pedir ajuda ao BC. Foi recebido por Grossi, que telefonou para a Bolsa de Mercadorias & Futuros para checar a situação do Marka, mas ouviu do superintendente que o banco não preocupava a BM&F.

Ela mandou fiscais ao Marka checar o caso. No dia 14, a diretoria do BC aprovou a ajuda, contrariando orientação do Departamento Jurídico. No dia 15, Grossi pediu à BM&F uma carta para justificar o socorro: ela chegou às 17h30 do dia 15, mas foi redigido um recibo com data do dia 14.
Grossi defendeu a operação e, como prêmio, foi indicada para ocupar efetivamente a diretoria de Fiscalização. Foi aprovada pelo Senado em 28 de março.

Leia mais notícias de política na Folha Online

Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página