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07/10/2002 - 01h28

Leia perfil de José Serra

da Folha Online

O ministro da Saúde José Serra ocupou pela segunda vez um ministério no governo de Fernando Henrique Cardoso, desta vez o da Saúde. Nascido em 19 de março de 1942, em São Paulo, é casado e tem dois filhos.

No exterior, após ter sido impedido de concluir o curso de engenharia na Politécnica, enveredou de vez para a economia.

Cursou a Escolatina (Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade do Chile) e lecionou matemática para economistas, num instituto da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), órgão da ONU.

Foi no Chile que Serra trabalhou ao lado do sociólogo Fernando Henrique Cardoso

Formado em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Serra começou sua vida pública como presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), em 1964. A militância estudantil levou Serra ao exílio no Chile, após o golpe militar daquele ano.

No exílio, obteve o mestrado em economia pela Universidade do Chile e o doutorado na Universidade de Cornell, nos EUA. Trabalhou ainda na Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe) e como professor da Universidade do Chile. Retornou ao Brasil em 1978 e hoje é professor licenciado da Unicamp (Universidade de Campinas).

A carreira política começou na década de 80. Entre 1983 e 1986, foi secretário de Planejamento de São Paulo, no governo de Franco Montoro (1983-1986). Nessa época, também coordenou o Copag, um grupo de trabalho encarregado de elaborar propostas para o programa de governo de Tancredo Neves, eleito presidente pelo Colégio Eleitoral em 1984.

Em 1986, Serra foi eleito deputado federal pelo PMDB paulista. Ajudou a fundar, em 1988, ao lado de Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas, entre outros, o PSDB. Em 1990 foi reeleito deputado federal.

Nas eleições de 1994, chegou ao Senado com mais de 6,5 milhões de votos. Foi ministro do Planejamento entre 1995 e 1996, antes de assumir a Saúde. Por cerca de um ano e cinco meses, Serra teve sob seu comando o Orçamento da União e a reforma do setor público.

Deixou o cargo em 1996, para concorrer à Prefeitura de São Paulo. Derrotado na eleição paulistana, retornou ao Senado, de onde se afastaria em 1998 para assumir o ministério da Saúde em substituição a Carlos César de Albuquerque.

Em sua passagem pelo ministério, Serra enfrentou uma condenação na Justiça Eleitoral paulista. O ministro foi condenado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) a pagar multa de cerca de R$ 97 mil por ter usado um avião da Cesp em viagem para participar de um encontro do PSDB. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no entanto, anulou a multa.

Dois episódios polêmicos também marcaram a gestão de Serra na Saúde. Em 1998, o ministro criticou publicamente o então técnico do Palmeiras (seu time de coração) e atual comandante da seleção brasileira de futebol, Luiz Felipe Scolari. Após uma derrota do time em São Paulo, que eliminou o Palmeiras do Campeonato Brasileiro daquele ano, Serra declarou que Felipão não era "apropriado" para dirigir o time. O técnico reagiu criticando a situação da saúde pública no Brasil.

No ano seguinte, nova polêmica. Serra afirmou que a "produção independente" da apresentadora Xuxa não seria um bom exemplo para adolescentes brasileiras e incentivaria a gravidez precoce. Xuxa respondeu que a declaração de Serra era "injusta e demagógica".

Em 2002, o tucano teve que vencer as divergências internas à base de sustentação de Fernando Henrique Cardoso, lançando-se oficialmente candidato em uma aliança apenas com o PMDB. O PTB e o PFL ficaram de fora da coligação, apoiando, em sua maioria, o adversário Ciro Gomes (PPS).

Durante a campanha, Serra enfrentou o dilema de ser governo e arcar com as críticas à gestão de FHC, e expor suas divergências com a equipe econômica e a condução da economia no país. Com um discurso de mudança, por diversos momentos teve que justificar suas posições aparentemente não alinhadas às políticas da era FHC.

Contando com uma estrutura de campanha e partidária em todo o país, além do maior tempo de TV -dois blocos de 10min23s (41,3% do total), comandado pelo publicitário Nizan Guanaes-, Serra conseguiu superar os obstáculos e chegar ao segundo turno.

Acompanhe a votação em tempo real

Veja também o especial Eleições 2002
 

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