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07/10/2002 - 01h30

Leia perfil de Luiz Inácio Lula da Silva

da Folha Online

Luiz Inácio Lula da Silva (o "Lula" foi acrescentado em cartório, em 1982) nasceu em Garanhuns (PE), a 27 de outubro de 1945. Seu pai, Aristides Inácio da Silva, deixou o filho recém-nascido com a esposa, Eurídice Ferreira de Melo, em Pernambuco, para trabalhar na estiva do porto de Santos.

Em 1952, Lula, sua mãe e seus irmãos viajaram 13 dias em um pau-de-arara para o litoral paulista, para depois, em 1956, mudarem-se para a capital. Em 1961, Lula iniciou o curso de torneiro mecânico no Senai (Serviço Nacional da Indústria), concluindo-o em 1963.

Foi seu irmão José Ferreira da Silva, quem o colocou em contato com sindicalismo pela primeira vez. José era ligado ao Partido Comunista e insistia para que Lula lesse os boletins clandestinos distribuídos dentro das fábricas.

Em 1967, Lula entrou pela primeira vez em um sindicato. Dois anos depois, integraria a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico de São Bernardo do Campo e Diadema. Em 1970, participou como 1º secretário e responsável pela área sindical. Em 1975, foi eleito presidente do sindicato.

Em 1978, organizou a primeira greve ocorrida no regime militar e, no ano seguinte, foi afastado por 60 dias do sindicato, por uma intervenção do Ministério do Trabalho.

Todo esse movimento de organização da classe trabalhista resultaria no Manifesto do Partido dos Trabalhadores, em 10 de fevereiro de 1980, em um encontro no Colégio Sion (São Paulo), que contou com a presença de mais de 2.000 simpatizantes.

Em 31 de maio e 1º de junho de 1980, o PT realizou um Encontro Nacional, que aprovou seu programa e seu estatuto. Lula foi eleito presidente do partido.

Em 1980, ao liderar uma nova greve de metalúrgicos, Lula foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional, permanecendo 30 dias preso no DOPS (Departamento de Ordem Política e Social). Pelo mesmo motivo, teve seu mandato de líder sindical cassado. A paralisação, que durou 41 dias e teve a participação de mais de 200 mil trabalhadores, levaria Lula à prisão.

Em 1982, candidatou-se a governador de São Paulo, ficando em 4º lugar. No ano seguinte, em 27 de novembro, liderou o primeiro comício para a campanha Diretas Já, em São Paulo.

Lula também foi uma das lideranças sindicais que, no início da década de 80, fundaram a CUT (Central única dos Trabalhadores). Em 1986, foi eleito deputado federal constituinte pelo PT - sua votação foi a maior do país: 650 mil votos.

Em 1989, candidatou-se a presidente e foi para o segundo turno, sendo derrotado por Fernando Collor de Mello.

Em 1993, lançou as "caravanas da cidadania" e no ano seguinte candidatou-se novamente à Presidência, sendo derrotado por FHC ainda no primeiro turno.

Deixou a presidência do PT, em 1995, e tornou-se presidente de honra do partido. Foi um dos líderes da "Marcha dos 100 Mil", realizada em agosto de 1999, a maior manifestação política contra o atual governo.

Em janeiro de 2001, participou do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, promovido por oito entidades que formam o fórum anti-Davos.

"Em 1989, depois das eleições presidenciais, fui convidado a ir para Harvard, mas recusei. Fiz a opção consciente de passar três meses no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, em vez de passar três meses em Harvard. O importante é conhecer o país que se quer governar", afirmou na ocasião.

Nas eleições de 2002, Lula contou com a maior estrutura de campanha de todas as disputas que participou, com mais de 200 pessoas em sua equipe e previsão de gastos de R$ 36 milhões. O petista costurou acordos com setores mais conservadores da sociedade, com uma guinada para o centro aliada aos oito anos de oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso.

Entre os nomes com os quais Lula conversou estão Orestes Quércia, José Sarney e o PL, que indicou José Alencar para vice em sua chapa.

A campanha na TV foi comandada pelo publicitário Duda Mendonça, que construiu uma imagem menos radical do petista e o colocou na condição de "negociador" e "estadista". A linha "paz e amor", de evitar confrontos diretos com adversários, deixou Lula em sua melhor condição de concorrer à Presidência desde 1989.

Acompanhe a votação em tempo real

Veja também o especial Eleições 2002
 

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