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10/10/2002
-
08h19
da Folha de S.Paulo
Erasmo Dias, 79, é vereador paulistano. Tentou voltar à Assembléia Legislativa, onde já havia exercido três mandatos de deputado. Mas ficou na 249ª colocação, com apenas 18.232 votos.
Na tentativa anterior, em 1998, seu nome foi lembrado por 38.428 eleitores. O que não bastou para que ele ficasse relegado a uma suplência do PPB de Paulo Maluf.
Elegeu-se vereador em 2000 com 23.860 votos. É um final de carreira esquisito para alguém que em 78 recebeu a terceira maior votação de deputado federal em todo o país.
Pelo jeito, o Brasil mudou bastante, e a imagem do coronel Erasmo se contraiu dentro dele.
Foi como secretário da Segurança Pública de São Paulo que ele se projetou. E por conta de um incidente. Na noite de 22 de setembro de 1977 ele comandou a invasão da PUC-SP, para evitar um encontro nacional de estudantes proibido pelo regime militar. Foram presos 900 alunos e professores. Cerca de 30 saíram feridos, três com queimaduras.
Ele disse ontem que o PT e o PSDB têm em comum o marxismo como fonte doutrinária e que ambos favorecem a luta de classe. Está pessimista com relação aos índices de criminalidade, porque essa visão de petistas e tucanos divide a sociedade entre opressor e oprimido, o que "faz do bandido uma vítima da opressão". "Na verdade bandido é bandido", diz.
Critica a Constituição de 1988, pelo fato de garantir também direitos aos prisioneiros. "Preso só tem direito a obedecer", afirma.
Com a eleição de domingo, a mesma que deixou Erasmo Dias fora, a Assembléia registra um forte movimento de renovação.
Foram substituídos 44 dos 94 deputados. Dos seus atuais integrantes, quatro não se candidataram a nenhum cargo, dez disputaram uma cadeira de deputado federal, enquanto 74 procuraram se reeleger -50 conseguiram.
No plano estadual também ocorreu algo equivalente ao "efeito Enéas". Havanir Tavares de Almeida obteve 681.991 votos, o que permitiu ao seu partido, o Prona, eleger três outros deputados.
Veja também o especial Eleições 2002
Erasmo Dias fica fora da Assembléia de SP
JOÃO BATISTA NATALIda Folha de S.Paulo
Erasmo Dias, 79, é vereador paulistano. Tentou voltar à Assembléia Legislativa, onde já havia exercido três mandatos de deputado. Mas ficou na 249ª colocação, com apenas 18.232 votos.
Na tentativa anterior, em 1998, seu nome foi lembrado por 38.428 eleitores. O que não bastou para que ele ficasse relegado a uma suplência do PPB de Paulo Maluf.
Elegeu-se vereador em 2000 com 23.860 votos. É um final de carreira esquisito para alguém que em 78 recebeu a terceira maior votação de deputado federal em todo o país.
Pelo jeito, o Brasil mudou bastante, e a imagem do coronel Erasmo se contraiu dentro dele.
Foi como secretário da Segurança Pública de São Paulo que ele se projetou. E por conta de um incidente. Na noite de 22 de setembro de 1977 ele comandou a invasão da PUC-SP, para evitar um encontro nacional de estudantes proibido pelo regime militar. Foram presos 900 alunos e professores. Cerca de 30 saíram feridos, três com queimaduras.
Ele disse ontem que o PT e o PSDB têm em comum o marxismo como fonte doutrinária e que ambos favorecem a luta de classe. Está pessimista com relação aos índices de criminalidade, porque essa visão de petistas e tucanos divide a sociedade entre opressor e oprimido, o que "faz do bandido uma vítima da opressão". "Na verdade bandido é bandido", diz.
Critica a Constituição de 1988, pelo fato de garantir também direitos aos prisioneiros. "Preso só tem direito a obedecer", afirma.
Com a eleição de domingo, a mesma que deixou Erasmo Dias fora, a Assembléia registra um forte movimento de renovação.
Foram substituídos 44 dos 94 deputados. Dos seus atuais integrantes, quatro não se candidataram a nenhum cargo, dez disputaram uma cadeira de deputado federal, enquanto 74 procuraram se reeleger -50 conseguiram.
No plano estadual também ocorreu algo equivalente ao "efeito Enéas". Havanir Tavares de Almeida obteve 681.991 votos, o que permitiu ao seu partido, o Prona, eleger três outros deputados.
Veja também o especial Eleições 2002
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