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11/10/2002
-
06h23
da Folha de S.Paulo, em Nova York
O jornal "The New York Times", o mais importante e prestigioso diário norte-americano, elogiou na edição de ontem, em seu segundo editorial em importância, o presidenciável petista Luiz Inácio Lula da Silva e criticou a atuação do candidato governista José Serra na campanha até agora.
Intitulado "Uma mensagem de descontentamento do Brasil", o texto diz que o petista é "carismático" e, ao contrário do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, "um democrata empenhado e que levou décadas construindo um partido político nacional".
Já sobre o tucano, afirma que sua campanha no primeiro turno foi "afundada pelo atual desempenho econômico medíocre do Brasil e por seu próprio estilo duro", apesar de elogiar FHC, dizendo que o presidente trabalhou para a aprovação de reformas econômicas necessárias.
O "NYT" diz ainda que, seja qual for o resultado do segundo turno, "Washington precisa prestar atenção à mensagem dada pelos eleitores brasileiros no domingo: para que as reformas de livre mercado prevaleçam na América Latina, mais esforço tem de ser feito para estender seus benefícios de uma pequena elite para as dezenas de milhões atraídas por Luiz Inácio Lula da Silva".
Diz que é essa mesma "maioria empobrecida" que colocou Hugo Chávez no poder na Venezuela e que provavelmente será uma grande força nas eleições presidenciais da Argentina no ano que vem. E conclui: "O Brasil é uma terra de grandes desigualdades, que o próximo presidente terá de despender mais esforços para combater. Um abandono radical das ortodoxias econômicas, no entanto, tem o risco de afugentar investidores, deixando os cidadãos mais pobres mergulhados ainda mais fundo na miséria".
O editorial do diário é um contraponto liberal ao tom conservador que vem adotando seu concorrente, o econômico "The Wall Street Journal", explicitado em texto do último dia 4, cujo título era: "As coisas podem piorar para os brasileiros? É claro que sim".
Nele, além de citar a amizade do petista com o ditador cubano Fidel Castro e Chávez, o editorial dizia que um governo Lula poderia "danificar as finanças do país".
Veja também o especial Eleições 2002
"NY Times" elogia Lula e critica Serra
SÉRGIO DÁVILAda Folha de S.Paulo, em Nova York
O jornal "The New York Times", o mais importante e prestigioso diário norte-americano, elogiou na edição de ontem, em seu segundo editorial em importância, o presidenciável petista Luiz Inácio Lula da Silva e criticou a atuação do candidato governista José Serra na campanha até agora.
Intitulado "Uma mensagem de descontentamento do Brasil", o texto diz que o petista é "carismático" e, ao contrário do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, "um democrata empenhado e que levou décadas construindo um partido político nacional".
Já sobre o tucano, afirma que sua campanha no primeiro turno foi "afundada pelo atual desempenho econômico medíocre do Brasil e por seu próprio estilo duro", apesar de elogiar FHC, dizendo que o presidente trabalhou para a aprovação de reformas econômicas necessárias.
O "NYT" diz ainda que, seja qual for o resultado do segundo turno, "Washington precisa prestar atenção à mensagem dada pelos eleitores brasileiros no domingo: para que as reformas de livre mercado prevaleçam na América Latina, mais esforço tem de ser feito para estender seus benefícios de uma pequena elite para as dezenas de milhões atraídas por Luiz Inácio Lula da Silva".
Diz que é essa mesma "maioria empobrecida" que colocou Hugo Chávez no poder na Venezuela e que provavelmente será uma grande força nas eleições presidenciais da Argentina no ano que vem. E conclui: "O Brasil é uma terra de grandes desigualdades, que o próximo presidente terá de despender mais esforços para combater. Um abandono radical das ortodoxias econômicas, no entanto, tem o risco de afugentar investidores, deixando os cidadãos mais pobres mergulhados ainda mais fundo na miséria".
O editorial do diário é um contraponto liberal ao tom conservador que vem adotando seu concorrente, o econômico "The Wall Street Journal", explicitado em texto do último dia 4, cujo título era: "As coisas podem piorar para os brasileiros? É claro que sim".
Nele, além de citar a amizade do petista com o ditador cubano Fidel Castro e Chávez, o editorial dizia que um governo Lula poderia "danificar as finanças do país".
Veja também o especial Eleições 2002
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