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11/10/2002
-
18h46
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Em sua passagem hoje por Belo Horizonte, José Serra (PSDB) recebeu o apoio de políticos e partidos mineiros que, no primeiro turno, estiveram ao lado de Ciro Gomes (PPS), como o deputado federal Roberto Brant (PFL), ex-ministro da Previdência, e parte do PTB, que integrava a Frente Trabalhista com PDT e PPS.
Serra estava contente com os apoios e, se dirigindo a jornalistas, destacava a presença do PFL no evento com o setor da construção civil, para o qual foi falar. "Tem o PFL", lembrava ele. "É muito positivo, mas não é uma surpresa. É uma posição até natural", disse depois.
O governador eleito de Minas, o tucano Aécio Neves, que apóia Serra, mas não se cansa de fazer elogios à "integridade" de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não esteve presente, assim como o senador eleito Eduardo Azeredo (PSDB). Os dois viajaram para descansar.
Serra, que na sua fala aos empresários citou Aécio e Azeredo como "aliados", comentou a ausência de Aécio: "O Aécio está de férias, e eu não vim aqui para ver o Aécio, vim falar para o setor da construção civil".
Os apoios recebidos por Serra são de partidos e lideranças que sustentaram a candidatura de Aécio, mas uma parte do PMDB -cuja direção regional formalizou anteontem apoio a Lula- também poderá seguir com o tucano.
O presidente regional do PTB, deputado estadual Dilzon Melo, anunciou o apoio do partido a Serra como se ele fosse unanime, mas algumas lideranças do partido ainda não se posicionaram, caso do senador Arlindo Porto, e outras tendem a seguir Ciro Gomes e apoiar Lula, como o deputado Walfrido dos Mares Guia.
Melo, no entanto, foi duro na crítica ao PTB nacional, que ontem recomendou o apoio a Lula: "O fato de o PTB nacional ter optado por Lula não quer dizer nada. O PTB nacional já fez muita bobagem ao longo do tempo e ficou arrependido depois. Não queremos que aconteça o mesmo com o regional".
Já dentro do carro que o levaria até o aeroporto, Serra fez questão de voltar para abraçar Roberto Brant, agradecendo-o pelo apoio.
Brant disse que o presidente do PFL mineiro, Clésio Andrade, eleito vice-governador na chapa de Aécio, está isolado no partido. Clésio defende a candidatura de Lula. "Neste caso ele está só."
Na próxima sexta, Serra voltará a Minas para um encontro com lideranças políticas e prefeitos do Estado, com a presença de Aécio.
Leia mais no especial Eleições 2002
Em Minas, Serra recebe apoio de aliados de Ciro
PAULO PEIXOTOda Agência Folha, em Belo Horizonte
Em sua passagem hoje por Belo Horizonte, José Serra (PSDB) recebeu o apoio de políticos e partidos mineiros que, no primeiro turno, estiveram ao lado de Ciro Gomes (PPS), como o deputado federal Roberto Brant (PFL), ex-ministro da Previdência, e parte do PTB, que integrava a Frente Trabalhista com PDT e PPS.
Serra estava contente com os apoios e, se dirigindo a jornalistas, destacava a presença do PFL no evento com o setor da construção civil, para o qual foi falar. "Tem o PFL", lembrava ele. "É muito positivo, mas não é uma surpresa. É uma posição até natural", disse depois.
O governador eleito de Minas, o tucano Aécio Neves, que apóia Serra, mas não se cansa de fazer elogios à "integridade" de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não esteve presente, assim como o senador eleito Eduardo Azeredo (PSDB). Os dois viajaram para descansar.
Serra, que na sua fala aos empresários citou Aécio e Azeredo como "aliados", comentou a ausência de Aécio: "O Aécio está de férias, e eu não vim aqui para ver o Aécio, vim falar para o setor da construção civil".
Os apoios recebidos por Serra são de partidos e lideranças que sustentaram a candidatura de Aécio, mas uma parte do PMDB -cuja direção regional formalizou anteontem apoio a Lula- também poderá seguir com o tucano.
O presidente regional do PTB, deputado estadual Dilzon Melo, anunciou o apoio do partido a Serra como se ele fosse unanime, mas algumas lideranças do partido ainda não se posicionaram, caso do senador Arlindo Porto, e outras tendem a seguir Ciro Gomes e apoiar Lula, como o deputado Walfrido dos Mares Guia.
Melo, no entanto, foi duro na crítica ao PTB nacional, que ontem recomendou o apoio a Lula: "O fato de o PTB nacional ter optado por Lula não quer dizer nada. O PTB nacional já fez muita bobagem ao longo do tempo e ficou arrependido depois. Não queremos que aconteça o mesmo com o regional".
Já dentro do carro que o levaria até o aeroporto, Serra fez questão de voltar para abraçar Roberto Brant, agradecendo-o pelo apoio.
Brant disse que o presidente do PFL mineiro, Clésio Andrade, eleito vice-governador na chapa de Aécio, está isolado no partido. Clésio defende a candidatura de Lula. "Neste caso ele está só."
Na próxima sexta, Serra voltará a Minas para um encontro com lideranças políticas e prefeitos do Estado, com a presença de Aécio.
Leia mais no especial Eleições 2002
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