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14/10/2002 - 09h11

Para empresários, Brasil é maior que qualquer candidato

CYNARA MENEZES
LIEGE ALBUQUERQUE
da Folha de S.Paulo

Quem declarou voto se disse eleitor de José Serra (PSDB), mas a possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se eleger não representaria risco para o país, segundo empresários ouvidos pela Folha na entrega do prêmio Valor Econômico, quinta à noite em São Paulo.

O sentimento comum pode se resumir em uma frase, dita por vários empresários: "O Brasil é maior do que qualquer candidato a presidente".

Houve até quem dissesse ver semelhanças entre Serra e Lula. "Ambos defendem a produção e dariam uma atenção maior ao setor industrial do que o atual governo, que se preocupou mais com a questão financeira. A diferença é mais filosófica", disse Arthur Whitaker de Carvalho, presidente da Carbocloro, líder no ramo químico.

Muitos empresários associam a alta do dólar à especulação, e não ao processo eleitoral.

"São três fatores", disse Rinaldo Campos Soares, presidente da Usiminas, do setor siderúrgico. "O primeiro são as incertezas no contexto mundial. Depois, tem a conjuntura política -é um momento de incerteza. E, por último, os especuladores, que se aproveitam do momento. Difícil dizer o que pesa mais." Ele não declarou voto, mas disse que o senador José Alencar (PL-MG), vice de Lula, "é de casa".

O vice-presidente da Copersucar, Hermelindo Ruete de Oliveira, se disse mais preocupado com o "poder de convencimento" que o futuro presidente deverá ter para aprovar no Congresso "medidas duras que certamente serão necessárias no início". Segundo ele, "o rolo compressor acabou".

Já o presidente da Souza Cruz, Flávio de Andrade, considera que, "principalmente no caso de Lula", seria interessante um anúncio antecipado da equipe econômica dos presidenciáveis. "Não tanto anunciar os ministros e o presidente do BC, mas mostrar os nomes e os currículos das alternativas que ele tem", disse.

"O perfil do Serra dá mais credibilidade, mas o Lula não é um risco", opinou Gilson Grazziotin, vice-presidente da Grazziotin, empresa gaúcha líder do setor varejista.

"Tivemos um governo petista no Rio Grande do Sul, com Olívio Dutra, e foi normal. Não foi brilhante, mas não foi muito opaco. Acho que o Lula será muito por aí."



 

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