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16/10/2002 - 07h35

Procurador investiga promessas de Joaquim Roriz

SANDRO LIMA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A promessa de distribuir cheques no valor de R$ 100 e vale-gás de R$ 30 para 130 mil famílias feita pelo governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), candidato à reeleição, no horário eleitoral gratuito, levou o Ministério Público a apurar o caso.

A promessa também tem sido feita por meio de panfletos. Com formato semelhante ao de um cheque, o panfleto traz a foto e o número do candidato e um texto: "No próximo governo do Roriz, além da cesta básica, você vai receber o cheque-família no valor de R$ 100 para você usar como quiser ou como precisar".

O procurador Franklin Rodrigues pediu à Polícia Federal para recolher alguns desses panfletos para serem utilizados como prova caso seja constatada a prática de troca de vantagens por votos.

Só com o cheque, o gasto mensal seria de mais de R$ 13 milhões e com o gás mais R$ 390 mil. Por ano, os dois benefícios custariam pouco mais de R$ 160 milhões.

De acordo com a propaganda no horário eleitoral, a medida equivale a 1% do Orçamento. A assessoria do governador informou que a proposta é factível.

A Procuradoria Eleitoral entrou com uma ação no TRE-DF contra Roriz por uso indevido da máquina do governo em favor da sua candidatura à reeleição.

Roriz teria prometido doar lotes a eleitores durante comício. Na semana passada, ele foi acusado de ter prometido lotes a um grupo de associações de sem-teto e a regularização de uma invasão.

Anteontem, a 2ª Vara de Fazenda Pública proibiu Roriz de continuar distribuindo lotes de terra. A proibição foi motivada por um pedido do Ministério Público. Roriz informou que vai recorrer.

Ontem, a Câmara Legislativa do DF instalou a CPI da Grilagem para apurar denúncias que envolvem tanto Roriz quanto Geraldo Magela (PT), que também disputa o segundo turno.

Roriz será investigado devido a supostas ligações que teria com o empresário Pedro Passos, eleito deputado distrital pelo PSD e acusado de grilar uma área em um bairro nobre de Brasília. Em uma fita gravada pela PF com autorização judicial, Passos pediu a Roriz que a Terracap (empresa que administra as terras públicas em Brasília) não interferisse na instalação do condomínio. Roriz nega.

A denúncia contra Magela envolve um ex-funcionário dele acusado de ter recebido R$ 330 mil em 1996 para ajudar a aprovar a regularização de um condomínio. Magela, que na época era presidente da Câmara, disse que a acusação é uma "armação".

Veja também o especial Eleições 2002
 

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