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18/10/2002
-
04h51
Editor do Caderno Ilustrada da Folha
A propaganda de José Serra insistia ontem para os brasileiros não levarem em conta as pesquisas, por não refletirem ainda os efeitos do horário eleitoral.
Bem, a mais recente, segundo o registro do Jornal Nacional, ouviu os eleitores "nos dias 14 e 15", já com horário eleitoral, e os números foram aqueles, nos votos válidos:
- Lula, 67%. Serra, 33%.
Cada vez mais sem intenções de voto, o presidenciável tucano também anda cada vez mais sem dinheiro.
Era o que reclamava Michel Temer na CBN, ontem, lamentando que os doadores costumeiros prefiram quem está na frente.
Se José Serra vai de mal a pior, FHC trata de cuidar do futuro -dele e de seus partidários, tucanos ou não.
Revelou-se dele, por exemplo, o questionamento da legitimidade da provável vitória de Lula, que qualificou como "estelionato eleitoral".
A retórica mais agressiva comandada por FHC, pelo que indicou Cristiana Lôbo, entre outras, visa ao menos fazer o petista chegar "menos robusto ao Palácio do Planalto".
Para tanto, FHC usa tudo o que ainda tem nas mãos. Nos telejornais, até o porta-voz da Presidência da República apareceu para atacar Lula:
- O presidente sublinha que é muito ruim a atitude de colocar sapato alto antes da hora, sobretudo para se falar de assuntos sobre os quais não se tem domínio pleno.
Também no JN, também em tom agressivo, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, ecoou o melhor que pôde o discurso tucano contra Lula.
Por outro lado, pelo que escapou da reunião de anteontem entre FHC e seus partidários, a prioridade do esforço "aliado" são Estados em que as chances são maiores -casos de Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Os três, com administrações estaduais ou municipais petistas, são cada vez mais questionados na propaganda federal tucana -que ontem acordou também para o Pará, onde o PSDB e o PT ainda disputam o segundo turno.
É nos Estados, no entender de Franklin Martins, que a eleição da semana que vem "promete ser emocionante", com "muitas surpresas".
Acontece que a campanha nos Estados se federaliza mais e mais, apesar da resistência de "aliados" tipo Geraldo Alckmin e Germano Rigotto -que vêm evitando FHC e Serra o mais que podem, nos debates desta semana.
Mais e mais, pode-se esperar que os programas de Lula e José Serra tratem de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará etc.
Veja também o especial Eleições 2002
Nelson de Sá: Ataque aliado
NELSON DE SÁEditor do Caderno Ilustrada da Folha
A propaganda de José Serra insistia ontem para os brasileiros não levarem em conta as pesquisas, por não refletirem ainda os efeitos do horário eleitoral.
Bem, a mais recente, segundo o registro do Jornal Nacional, ouviu os eleitores "nos dias 14 e 15", já com horário eleitoral, e os números foram aqueles, nos votos válidos:
- Lula, 67%. Serra, 33%.
Cada vez mais sem intenções de voto, o presidenciável tucano também anda cada vez mais sem dinheiro.
Era o que reclamava Michel Temer na CBN, ontem, lamentando que os doadores costumeiros prefiram quem está na frente.
Se José Serra vai de mal a pior, FHC trata de cuidar do futuro -dele e de seus partidários, tucanos ou não.
Revelou-se dele, por exemplo, o questionamento da legitimidade da provável vitória de Lula, que qualificou como "estelionato eleitoral".
A retórica mais agressiva comandada por FHC, pelo que indicou Cristiana Lôbo, entre outras, visa ao menos fazer o petista chegar "menos robusto ao Palácio do Planalto".
Para tanto, FHC usa tudo o que ainda tem nas mãos. Nos telejornais, até o porta-voz da Presidência da República apareceu para atacar Lula:
- O presidente sublinha que é muito ruim a atitude de colocar sapato alto antes da hora, sobretudo para se falar de assuntos sobre os quais não se tem domínio pleno.
Também no JN, também em tom agressivo, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, ecoou o melhor que pôde o discurso tucano contra Lula.
Por outro lado, pelo que escapou da reunião de anteontem entre FHC e seus partidários, a prioridade do esforço "aliado" são Estados em que as chances são maiores -casos de Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Os três, com administrações estaduais ou municipais petistas, são cada vez mais questionados na propaganda federal tucana -que ontem acordou também para o Pará, onde o PSDB e o PT ainda disputam o segundo turno.
É nos Estados, no entender de Franklin Martins, que a eleição da semana que vem "promete ser emocionante", com "muitas surpresas".
Acontece que a campanha nos Estados se federaliza mais e mais, apesar da resistência de "aliados" tipo Geraldo Alckmin e Germano Rigotto -que vêm evitando FHC e Serra o mais que podem, nos debates desta semana.
Mais e mais, pode-se esperar que os programas de Lula e José Serra tratem de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará etc.
Veja também o especial Eleições 2002
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