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19/10/2002
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07h18
O horário eleitoral de Serra, ontem à noite, mudou o tom que vinha sendo usado desde o início da campanha do segundo turno. Diminuiu a intensidade e o tempo dos ataques a Lula _que ocupavam quase a totalidade dos dez minutos do programa_ e dedicou a maior parte da propaganda a falar da importância da família e de "resgatar valores".
"Não é à toa que os bichos vivem em família", começou o locutor. Na tela, a imagem de uma leoa com seu filhote. "Se alguém toca no filho da leoa, a mamãe vira uma fera", continuou a narração, para acrescentar que, antes da televisão e da luz elétrica, "as famílias conversavam mais".
O programa, que começou com um pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular declarando seu apoio a Serra, teve ainda a participação de outro pastor e um padre.
Intercalando os depoimentos, a narração falava da "falta de valores da família" que teria levado jovens às drogas, da "sexualidade precoce a que crianças estão expostas" etc. Depois, entrou Serra: "Eu quero dar um choque de valores na nação".
Ontem à noite, o tucano encontrou-se, em São Paulo, com líderes evangélicos da Assembléia de Deus, que o apóia. No evento, leu uma passagem da Bíblia sobre um milagre do profeta Eliseu, que transformou a água da cidade de Jericó, causadora de doenças, em água pura, jogando sal na fonte de água. "Nós temos ouvido dizer que a igreja de Jesus Cristo é isso. Esse punhado de sal que traz a vida para sempre", disse Serra.
Na TV, os ataques a Lula, que antes tomavam quase todo o programa, ficaram apenas no final, com o depoimento de Beatriz Segall, e na abertura, quando um coral apareceu cantando o famoso jingle da campanha de Lula em 89, mas com o refrão trocado: em vez de "Lula-lá", "Serra-lá".
"Tão estranho como ver o Serra cantando a música do Lula é ver o Lula defendendo coisas que o PT critica", disse um apresentador.
O petista, que na TV dedicou o horário a defender o governo do Rio Grande do Sul, do PT, alvo de ataques dos tucanos, no rádio deu voz pela primeira vez aos ataques mais pesados contra Serra _antes, deixava as críticas fortes só para os locutores. Lula disse que Serra "não tem viagem pra fazer porque ninguém quer recebê-lo nos Estados. Então, fica em casa reclamando que não tem debate".
Veja também o especial Eleições 2002
Na TV, Serra muda o tom e fala de 'valores da família'
da Folha de S.PauloO horário eleitoral de Serra, ontem à noite, mudou o tom que vinha sendo usado desde o início da campanha do segundo turno. Diminuiu a intensidade e o tempo dos ataques a Lula _que ocupavam quase a totalidade dos dez minutos do programa_ e dedicou a maior parte da propaganda a falar da importância da família e de "resgatar valores".
"Não é à toa que os bichos vivem em família", começou o locutor. Na tela, a imagem de uma leoa com seu filhote. "Se alguém toca no filho da leoa, a mamãe vira uma fera", continuou a narração, para acrescentar que, antes da televisão e da luz elétrica, "as famílias conversavam mais".
O programa, que começou com um pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular declarando seu apoio a Serra, teve ainda a participação de outro pastor e um padre.
Intercalando os depoimentos, a narração falava da "falta de valores da família" que teria levado jovens às drogas, da "sexualidade precoce a que crianças estão expostas" etc. Depois, entrou Serra: "Eu quero dar um choque de valores na nação".
Ontem à noite, o tucano encontrou-se, em São Paulo, com líderes evangélicos da Assembléia de Deus, que o apóia. No evento, leu uma passagem da Bíblia sobre um milagre do profeta Eliseu, que transformou a água da cidade de Jericó, causadora de doenças, em água pura, jogando sal na fonte de água. "Nós temos ouvido dizer que a igreja de Jesus Cristo é isso. Esse punhado de sal que traz a vida para sempre", disse Serra.
Na TV, os ataques a Lula, que antes tomavam quase todo o programa, ficaram apenas no final, com o depoimento de Beatriz Segall, e na abertura, quando um coral apareceu cantando o famoso jingle da campanha de Lula em 89, mas com o refrão trocado: em vez de "Lula-lá", "Serra-lá".
"Tão estranho como ver o Serra cantando a música do Lula é ver o Lula defendendo coisas que o PT critica", disse um apresentador.
O petista, que na TV dedicou o horário a defender o governo do Rio Grande do Sul, do PT, alvo de ataques dos tucanos, no rádio deu voz pela primeira vez aos ataques mais pesados contra Serra _antes, deixava as críticas fortes só para os locutores. Lula disse que Serra "não tem viagem pra fazer porque ninguém quer recebê-lo nos Estados. Então, fica em casa reclamando que não tem debate".
Veja também o especial Eleições 2002
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