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19/10/2002
-
14h11
da Folha Online
O candidato José Serra (PSDB) adotou hoje em seu horário eleitoral um discurso conservador para tentar conquistar os votos dos evangélicos, católicos, e da população do interior e das periferias.
Serra mostrou o depoimento de padres e pastores que falaram sobre a importância da família e dos valores morais para combater o problema das drogas e de falta de perspectiva para os adolescentes.
"É preciso dar um verdadeiro choque de valores morais na nossa sociedade", disse o candidato tucano.
Ele afirmou que o governo deve dar o apoio para que valores como família e casamento voltem a ser respeitados, "como acontece hoje nas cidades do interior". "Cada pessoa tem que ser apoiada pela sua família e cada família tem que ser apoiada pelo seu governo", disse Serra.
O programa do PSDB começou com uma cena em que um grupo de militantes tucanos aparece cantando uma versão da música "Lula-lá", utilizada pelo candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva. "Serra-lá, brilha uma estrela, Serra-lá, meu primeiro voto", cantam os militantes.
Depois, um locutor aparece para explicar que, da mesma forma que "essa música não é a do Serra", as idéias que vem sendo defendidas no programa petista não são do Lula.
Outra cena, repetida duas vezes no programa, é a de atores que aparecem dizendo que votaram em Lula no primeiro turno, mas que agora estão indecisos.
O programa terminou com a participação da atriz Beatriz Segall, que defendeu a colega Regina Duarte e disse que também tem medo de Lula. A cena já havia ido ao ar ontem à noite.
"Eu tenho medo. Também estou com medo de não poder dizer que estou com medo, de ser ameaçada de processo por discordar. Tenho medo de alguém que recorre a ofensas pessoais. Não tenho medo das atrizes mais jovens, a quem sempre dou minha ajuda", disse Beatriz Segall, referindo-se às declarações dadas por Paloma Duarte no programa de Lula, criticando Regina.
Problemas na saúde
O programa de Lula foi totalmente dedicado ao tema da educação. O candidato falou sobre suas propostas para a área e respondeu a perguntas de pessoas que simulavam um debate no estúdio de gravação do programa petista.
Já o candidato ao governo de São Paulo José Genoino (PT) aproveitou seu horário para atacar o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição.
Genoino levou ao ar cenas de uma gravação feita pela equipe de TV do PT no Hospital Estadual de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Segundo ele, esse é "o hospital que o governador não mostra" em sua campanha na TV. Coincidentemente, Alckmin havia falado hoje sobre o tema da saúde em seu programa.
A gravação foi feita na última quarta-feira (16) e mostra cenas de pessoas pelos corredores, sem ser atendidas, problemas de instalações e setores do hospital que já foram inaugurados, mas ainda não estão funcionando.
O PT também mostrou supostos pacientes que falam sobre os problemas enfrentados para receber atendimento.
No resto do programa, Genoino aparece recebendo o apoio de Lula e do senador eleito por São Paulo, Aloisio Mercadante. Antes, Alckmin havia dito em seu programa que era o único candidato "que não precisava de muletas", em uma referência ao petista.
Apesar de ter falado sobre saúde em seu programa, Alckmin não citou Serra, que foi ministro nessa área no governo Fernando Henrique Cardoso.
Leia mais no especial Eleições 2002
Serra promete "choque de valores morais"; Genoino traz denúncia
EDUARDO CUCOLOda Folha Online
O candidato José Serra (PSDB) adotou hoje em seu horário eleitoral um discurso conservador para tentar conquistar os votos dos evangélicos, católicos, e da população do interior e das periferias.
Serra mostrou o depoimento de padres e pastores que falaram sobre a importância da família e dos valores morais para combater o problema das drogas e de falta de perspectiva para os adolescentes.
"É preciso dar um verdadeiro choque de valores morais na nossa sociedade", disse o candidato tucano.
Ele afirmou que o governo deve dar o apoio para que valores como família e casamento voltem a ser respeitados, "como acontece hoje nas cidades do interior". "Cada pessoa tem que ser apoiada pela sua família e cada família tem que ser apoiada pelo seu governo", disse Serra.
O programa do PSDB começou com uma cena em que um grupo de militantes tucanos aparece cantando uma versão da música "Lula-lá", utilizada pelo candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva. "Serra-lá, brilha uma estrela, Serra-lá, meu primeiro voto", cantam os militantes.
Depois, um locutor aparece para explicar que, da mesma forma que "essa música não é a do Serra", as idéias que vem sendo defendidas no programa petista não são do Lula.
Outra cena, repetida duas vezes no programa, é a de atores que aparecem dizendo que votaram em Lula no primeiro turno, mas que agora estão indecisos.
O programa terminou com a participação da atriz Beatriz Segall, que defendeu a colega Regina Duarte e disse que também tem medo de Lula. A cena já havia ido ao ar ontem à noite.
"Eu tenho medo. Também estou com medo de não poder dizer que estou com medo, de ser ameaçada de processo por discordar. Tenho medo de alguém que recorre a ofensas pessoais. Não tenho medo das atrizes mais jovens, a quem sempre dou minha ajuda", disse Beatriz Segall, referindo-se às declarações dadas por Paloma Duarte no programa de Lula, criticando Regina.
Problemas na saúde
O programa de Lula foi totalmente dedicado ao tema da educação. O candidato falou sobre suas propostas para a área e respondeu a perguntas de pessoas que simulavam um debate no estúdio de gravação do programa petista.
Já o candidato ao governo de São Paulo José Genoino (PT) aproveitou seu horário para atacar o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição.
Genoino levou ao ar cenas de uma gravação feita pela equipe de TV do PT no Hospital Estadual de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Segundo ele, esse é "o hospital que o governador não mostra" em sua campanha na TV. Coincidentemente, Alckmin havia falado hoje sobre o tema da saúde em seu programa.
A gravação foi feita na última quarta-feira (16) e mostra cenas de pessoas pelos corredores, sem ser atendidas, problemas de instalações e setores do hospital que já foram inaugurados, mas ainda não estão funcionando.
O PT também mostrou supostos pacientes que falam sobre os problemas enfrentados para receber atendimento.
No resto do programa, Genoino aparece recebendo o apoio de Lula e do senador eleito por São Paulo, Aloisio Mercadante. Antes, Alckmin havia dito em seu programa que era o único candidato "que não precisava de muletas", em uma referência ao petista.
Apesar de ter falado sobre saúde em seu programa, Alckmin não citou Serra, que foi ministro nessa área no governo Fernando Henrique Cardoso.
Leia mais no especial Eleições 2002
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