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22/10/2002
-
07h27
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A cúpula do PMDB, que apóia o projeto presidencial de José Serra desde o começo de 2001, avalia que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva é praticamente certa. Rachada, parte dela já fala com interlocutores de Lula sobre aliança no Congresso e no governo.
Apesar de ter um verdadeiro empenho pela eleição do tucano, a ala do PMDB majoritária no partido, que controla 70% da sigla, tende a aderir a Lula. Há uma fatia minoritária, capitaneada pelo líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), que está mais cautelosa por divergências nos Estados com aliados de Lula e por achar que o governo do PT pode ser um desastre.
A direção do PT sinalizou para a cúpula peemedebista que deseja aliança com o PMDB. O presidente do PT, José Dirceu, tem boa relação com o presidente do PMDB, Michel Temer. O peemedebista, porém, nega contatos recentes com Dirceu para tratar especificamente de aliança.
Temer diz que se encontrou ontem "por acaso" com Dirceu no aeroporto de Congonhas, em São Paulo: "Hoje [ontem], ele [Dirceu] disse que gostaria de conversar no futuro. Respondi que estava com Serra, mas que, na qualidade de presidente de partido, conversaria com outro presidente de partido após as eleições. Foi apenas isso. A outra conversa que tivemos também foi assim e aconteceu antes do primeiro turno".
Por uma questão de sobrevivência, a ala governista fecharia com o governo Lula. A maioria avalia que precisa continuar unida para não perder o partido. As bancadas no Congresso são o trunfo. Com 74 deputados federais e 19 senadores eleitos, o PMDB é cobiçado por Lula.
Nas contas do PT, a base de Lula na Câmara, se agregar o PMDB, terá 293 deputados federais. A coligação que apoiou Lula no primeiro turno (PT, PL, PC do B e PMN) elegeu 130 deputados. Outros partidos de oposição que poderão se juntar ao governista petista (PSB, PPS, PDT e PV) terão 63 deputados.
Veja também o especial Eleições 2002
PMDB vê vitória do PT e tenta recompor sigla
KENNEDY ALENCARda Folha de S.Paulo, em Brasília
A cúpula do PMDB, que apóia o projeto presidencial de José Serra desde o começo de 2001, avalia que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva é praticamente certa. Rachada, parte dela já fala com interlocutores de Lula sobre aliança no Congresso e no governo.
Apesar de ter um verdadeiro empenho pela eleição do tucano, a ala do PMDB majoritária no partido, que controla 70% da sigla, tende a aderir a Lula. Há uma fatia minoritária, capitaneada pelo líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), que está mais cautelosa por divergências nos Estados com aliados de Lula e por achar que o governo do PT pode ser um desastre.
A direção do PT sinalizou para a cúpula peemedebista que deseja aliança com o PMDB. O presidente do PT, José Dirceu, tem boa relação com o presidente do PMDB, Michel Temer. O peemedebista, porém, nega contatos recentes com Dirceu para tratar especificamente de aliança.
Temer diz que se encontrou ontem "por acaso" com Dirceu no aeroporto de Congonhas, em São Paulo: "Hoje [ontem], ele [Dirceu] disse que gostaria de conversar no futuro. Respondi que estava com Serra, mas que, na qualidade de presidente de partido, conversaria com outro presidente de partido após as eleições. Foi apenas isso. A outra conversa que tivemos também foi assim e aconteceu antes do primeiro turno".
Por uma questão de sobrevivência, a ala governista fecharia com o governo Lula. A maioria avalia que precisa continuar unida para não perder o partido. As bancadas no Congresso são o trunfo. Com 74 deputados federais e 19 senadores eleitos, o PMDB é cobiçado por Lula.
Nas contas do PT, a base de Lula na Câmara, se agregar o PMDB, terá 293 deputados federais. A coligação que apoiou Lula no primeiro turno (PT, PL, PC do B e PMN) elegeu 130 deputados. Outros partidos de oposição que poderão se juntar ao governista petista (PSB, PPS, PDT e PV) terão 63 deputados.
Veja também o especial Eleições 2002
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